Ibovespa, dólar, ouro e petróleo reagem ao discurso de Biden e mercado limita aversão ao risco; Nasdaq opera em alta
A bolsa brasileira acompanha o movimento de aversão ao risco global com o início da invasão da Ucrânia
Os primeiros minutos desta quinta-feira (24) foram marcados pelo início do confronto militar entre Rússia e Ucrânia, após meses de tensão na fronteira. O envio de tropas russas não se limitou às regiões separatistas recentemente reconhecidas pelo país, jogando os mercados internacionais e o Ibovespa em uma forte onda de aversão ao risco.
No exterior, as bolsas de Nova York abriram o dia em queda de 2%, mas a resposta de Joe Biden ao ataque russo parece ter aliviado os investidores, dando forças para que o Nasdaq opere no positivo. As fortes sanções econômicas visam desestabilizar o sistema financeiro do Kremlin e miram cerca de 80% dos ativos bancários russos.
Ainda que as medidas anunciadas não tenham convencido completamente a imprensa presente na coletiva e organizações internacionais, o alívio visto em Nova York também atinge o Ibovespa.
Por volta das 16h40, o principal índice da bolsa brasileira, recuava 1,11%, aos 110.794 pontos, longe das mínimas do dia. O dólar à vista, que chegou a subir mais de 3% mais cedo, agora avança 1,81%, a R$ 5,0962. O ouro, tradicional reserva de valor em momentos de crise virou para o campo negativo e agora recua mais de 1%.
Na Rússia, os principais índices da bolsa de Moscou recuam quase 40%. Palco de um novo conflito armado, as principais praças europeias exibem queda superior a 4%.
Com o agravamento da situação, o preço do barril de petróleo voltou a disparar, com o Brent ultrapassando a casa dos US$ 100 pela primeira vez desde 2008. Biden, no entanto, anunciou que pode liberar as reservas americanas da commodity para garantir que o impacto no preço dos combustíveis seja menor. Depois de disparar mais de 8%, a cotação do WTI e do Brent avançam cerca de 1%.
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Para analistas da Ativa Investimentos, na bolsa brasileira o maior impacto deve ser em empresas que têm exposição às commodities no seu custo. Com as sanções econômicas aplicadas na Europa, petróleo, gás, grãos, metais e fertilizantes devem ser os ativos mais afetados.
Com o conflito e as possíveis implicações no escoamento de itens essenciais, os juros futuros voltaram a disparar, projetando uma atuação mais dura dos bancos centrais para conter a inflação. Confira:
| CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
| DI1F23 | DI jan/23 | 12,44% | 12,33% |
| DI1F25 | DI Jan/25 | 11,40% | 11,25% |
| DI1F26 | DI Jan/26 | 11,26% | 11,12% |
| DI1F27 | DI Jan/27 | 11,29% | 11,16% |
Rússia x Ucrânia: o início
As relações no leste europeu não foram criadas da noite para o dia e envolvem diversas especificidades locais que passam por um histórico extenso de conflitos entre os territórios que hoje compõem a Rússia e a Ucrânia.
O conflito atual, no entanto, tem uma razão bem clara e fácil de entender – o convite para que a Ucrânia ingresse na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança político-militar que atuou fortemente para conter o avanço da União Soviética durante a Guerra Fria.
Desde o início, a Rússia mostrou desconforto em ter um aliado do Ocidente localizado na fronteira e, com isso, a tensão entre os países vem se ampliando nos últimos meses, até culminar na ação militar inaugurada por Putin na noite de ontem.
Enquanto você dormia…
No início da manhã de quinta-feira no leste europeu (horário local), o presidente russo Vladimir Putin fez um pronunciamento que marcou o início do conflito armado em solo ucraniano, com o aviso claro de que qualquer interferência internacional resultaria em consequências graves.
O governo russo anunciou uma operação especial em Donbass, mas minutos após a declaração oficial de guerra, correspondentes de agências internacionais reportaram explosões em diversas cidades do país.
A Casa Branca divulgou uma declaração afirmando que irá aumentar as sanções já impostas à Rússia. A expectativa é que Joe Biden volte a se pronunciar nesta quinta-feira.
Mais cedo, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que as novas sanções terão como objetivo suprimir o crescimento econômico da Rússia, com aumento aos custos de empréstimo, inflação, saída de capital e corrosão da base industrial.
Sobe e desce do Ibovespa
A forte alta do petróleo impulsiona as petroleiras, mas o noticiário corporativo também tem outras notícias de impacto para repercutir.
A principal delas é a aquisição da SulAmérica pela Rede D’Or. Na noite de ontem, a rede de hospitais anunciou a fusão entre as companhias, surpreendendo o mercado. A operação foi fechada por um valor 49% maior do que o fechamento das ações da companhia de seguros na última sexta-feira.
Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| SULA11 | SulAmérica units | R$ 34,01 | 9,92% |
| RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 32,74 | 3,64% |
| PRIO3 | PetroRio ON | R$ 25,49 | 2,41% |
| BEEF3 | Minerva ON | R$ 10,28 | 1,88% |
| UGPA3 | Ultrapar ON | R$ 15,14 | 1,47% |
Enquanto SULA11 dispara, a Rede D’Or e a Qualicorp derretem. A rede de hospitais possui participação relevante no capital da operadora de saúde e o mercado teme um desmonte de posição após a nova aquisição. Confira também as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 13,99 | -13,91% |
| RDOR3 | Rede D'Or ON | R$ 50,65 | -8,74% |
| AZUL4 | Azul PN | R$ 25,56 | -7,66% |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 12,26 | -6,13% |
| BRFS3 | BRF ON | R$ 17,43 | -5,58% |
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