Ibovespa tem nova queda de 2% enquanto investidores aguardam PEC; dólar vai a R$ 5,38
O Ibovespa recuou seguindo a preocupação do mercado com o cenário fiscal brasileiro
A alta das bolsas americanas e dos ativos brasileiros negociados no exterior ao longo do feriado não repercutiu no Ibovespa nesta quarta-feira (16). Isso porque os investidores locais estão com os pés bem colados no chão e não devem se arriscar até que se tenha informações concretas sobre os planos do governo eleito.
No exterior, o dia foi de cautela após números da economia mostrarem que o Federal Reserve pode seguir em um ritmo acelerado de alta de juros. Já na B3, a cautela mais uma vez veio de Brasília, com ruídos sobre a PEC de transição trazendo mal estar ao cenário fiscal.
Na prática, não há grandes novidades. O texto deve ser apresentado hoje pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, no Senado, mas não trará valores ou sinais de por quanto tempo os gastos acima do teto serão permitidos.
Na expectativa por clareza, o mercado agora espera que a equipe de transição deixe apenas o Bolsa Família dentro do projeto, limitando o texto a algo em torno dos R$ 175 bilhões.
Enquanto aguarda, o mercado optou por montar uma posição mais defensiva. Não ajudou no clima geral o comentário feito por Alckmin no início da tarde, em que afirmou que a nova âncora fiscal será debatida com calma — mas não agora.
Com uma forte pressão nos contratos de DI, o mercado de juros futuros disparou, levando o dólar à vista a fechar em alta de 1,55%, a R$ 5,3817. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 2,58%, aos 110.243 pontos.
Leia Também
Vai subir mais?
Um dia após o indicador de inflação ao produtor mostrar alívio, o mercado americano voltou a ser assombrado pela possibilidade de que o Federal Reserve continue atuando de forma dura no aumento de juros. Dessa vez, os dados de vendas do varejo mais fortes do que o esperado voltaram a apresentar espaço para que o Fed continue a escalada dos juros.
Assim, as bolsas em Nova York apagaram os ganhos da véspera e fecharam o dia no vermelho. Confira:
- Nasdaq: -1,54%
- S&P 500: -0,80%
- Dow Jones: -0,11%
Sobe e desce do Ibovespa:
Revertendo o movimento visto na última segunda-feira, as ações da Embraer (EMBR3) operaram em forte alta hoje. Os investidores repercutiram a aprovação de um financiamento de R$ 2,2 bilhões destinado à exportação de aviões por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 14,38 | 9,94% |
| BRAP4 | Bradespar PN | R$ 27,48 | 2,16% |
| CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 3,86 | 2,12% |
| GETT11 | Getnet units | R$ 4,70 | 1,51% |
| SUZB3 | Suzano ON | R$ 58,60 | 1,49% |
A forte valorização do dólar e a inclinação da curva de curva de juros pressionaram setores mais sensíveis — como tecnologia e consumo. Confira também as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| HAPV3 | Hapvida ON | R$ 5,70 | -10,94% |
| AMER3 | Americanas S.A | R$ 11,31 | -9,81% |
| BEEF3 | Minerva ON | R$ 13,51 | -9,27% |
| LWSA3 | Locaweb ON | R$ 7,72 | -8,10% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,33 | -8,01% |
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
