Ibovespa fecha em queda de 1% e dólar também recua com commodities e votação da PEC da Transição no Senado; Magazine Luiza (MGLU3) anota o maior tombo dia
A espera pelo veredito dos parlamentares não foi a única a dar o tom dos negócios hoje: a última reunião do Copom também gerou expectativa nos investidores
Se ontem o governo eleito superou seu primeiro desafio — a aprovação da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado —, agora é a vez de ele e o Ibovespa enfrentarem a prova de fogo: a votação na Casa, que deve ocorrer ainda nesta noite.
Mas a espera pelo veredito dos parlamentares não foi a única a dar o tom dos negócios nesta quarta-feira (07). A última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) também gerou expectativa nos investidores.
Isso porque os dois elementos devem se interligar no futuro, pois há a preocupação que o furo no teto de gastos para cumprir as promessas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) leve a um aquecimento da inflação.
No comunicado após o último encontro, em outubro, o Copom não havia descartado a possibilidade de novos aumentos na Selic caso os preços saíssem de controle. Dessa vez, os dirigentes citaram a “elevada” incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal como um dos riscos para a alta dos juros.
Por enquanto, porém, o BC confirmou a decisão que já era esperada pelo mercado: a taxa Selic foi mantida em 13,75% ao ano.
Se depender do Senado, um novo ciclo de aperto nos juros motivado pela PEC também pode não ser necessário. Durante a passagem pela CCJ, o gasto extra previsto para os próximos dois anos foi reduzido em R$ 30 bilhões e há expectativa de novas alterações na proposta até o final da votação.
Leia Também
Por enquanto, a desidratação de ontem, a esperança de mais reduções no rombo do teto de gastos e o acordo para que uma nova regra fiscal seja apresentada até agosto de 2023 já ajudaram a aliviar os juros futuros e o câmbio. O dólar encerrou a sessão de hoje em queda de 1,21%, cotado em R$ 5,2058.
O cenário também trouxe ganhos para ações de setores mais sensíveis ao combo, como o turismo e a construção civil.
O Ibovespa, porém, recuou 1,02%, aos 109.068 pontos. Pesou sobre o índice o desempenho negativo dos papéis da Vale (VALE3) e do petróleo. Este último provocou baixas nas ações de petroleiras, com destaque para a queda de mais de 5% da PRIO (PRIO3).
Sobe e desce do Ibovespa
Como antecipado no início do texto, as ações ligadas às commodities metálicas e ao petróleo definiram a ponta negativa do Ibovespa hoje.
Elas foram acompanhadas ainda por uma varejista. O segmento operou em compasso de espera por uma definição fiscal, e o Magazine Luiza (MGLU3) anotou a maior queda do dia. Veja abaixo:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 2,94 | -5,77% |
| PRIO3 | PetroRio ON | R$ 32,67 | -5,69% |
| PETZ3 | Petz ON | R$ 6,60 | -4,07% |
| VALE3 | Vale ON | R$ 84,84 | -3,56% |
| LWSA3 | Locaweb ON | R$ 7,92 | -3,41% |
Já as posições de maiores altas foram ocupadas pelos papéis de companhias aéreas, turismo e frigoríficos. Confira os cinco melhores desempenhos do Ibovespa no dia:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| BRFS3 | BRF ON | R$ 8,30 | 4,14% |
| AZUL4 | Azul PN | R$ 11,56 | 3,86% |
| JBSS3 | JBS ON | R$ 21,46 | 3,27% |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 4,79 | 3,46% |
| GOLL4 | Gol PN | R$ 8,07 | 2,54% |
China relaxa política de ‘covid zero’
No exterior, uma fonte de alívio para os negócios foi a notícia de que o governo chinês voltou a relaxar parte das rígidas medidas de restrição à mobilidade para conter a disseminação da covid-19.
O movimento ocorre na esteira de uma onda de protestos contra a estratégia de covid zero do governo da China.
A partir de agora, pacientes diagnosticados com o vírus que não apresentem sintomas ou tenham uma versão leve da enfermidade poderão cumprir quarentena em casa, não mais em instalações supervisionadas pelas autoridades.
Entre outras medidas, o órgão também eliminou a obrigatoriedade de realização de testes para acessar locais públicos, com exceção de hospitais, creches e escolas.
Mas os investidores ignoraram o afrouxamento da política de covid zero na China diante de números considerados preocupantes no saldo comercial chinês.
As exportações chinesas em novembro registraram o maior tombo anual desde o início da pandemia. Com isso, a bolsa de Xangai fechou em queda de 0,40%, enquanto o índice japonês Nikkei recuou 0,72%.
Biden amplia maioria no Senado
Já nos EUA o destaque foi a reeleição do democrata Raphael Warnock ao Senado dos Estados Unidos no segundo turno do pleito no Estado americano da Geórgia.
Ele derrotou o ex-jogador de futebol americano Herschel Walker, segundo projeções da imprensa local.
O resultado amplia a vantagem democrata no Senado. Antes da eleição, democratas e republicanos tinham 50 senadores cada. A vice-presidente Kamala Harris detinha voto de Minerva.
Agora, o partido do presidente Joe Biden terá 51 cadeiras na próxima legislatura, contra 49 da oposição republicana.
O pleito marca o fim de uma campanha eleitoral na qual a legenda do presidente Joe Biden teve desempenho melhor do que as pesquisas sugeriam.
Antes da votação, pesquisas indicavam que Biden perderia o controle do Senado e da Câmara.
No fim, o partido perdeu apenas o controle da Câmara dos Representantes, mas os republicanos terão uma maioria relativamente apertada de 222 deputados, contra 213 democratas.
Por lá os mercados operaram mistos, com o Dow Jones encerrando o dia estável e S&P 500 e Nasdaq registrando quedas de 0,19% e 0,51%, respectivamente.
3 surpresas que podem mexer com os mercados em 2026, segundo o Morgan Stanley
O banco projeta alta de 13% do S&P 500 no próximo ano, sustentada por lucros fortes e recuperação gradual da economia dos EUA. Ainda assim, riscos seguem no radar
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
