Esquenta dos mercados (15): Bolsas no exterior caem com surto de covid-19 na China e retomada das negociações entre Rússia e Ucrânia; Ibovespa segue pressionado por commodities
A cautela fica completa com a expectativa em torno da “Super Quarta”, que se aproxima com a decisão de juros do Fed e do BC brasileiro
A covid-19 volta a pressionar as bolsas pelo mundo após um novo surto da doença colocar uma cidade de 17 milhões de habitantes em lockdown. Os temores de que a pandemia volta a sair do controle fizeram as bolsas da Ásia fechar em queda nesta terça-feira (15).
Os temores de novos surtos da doença também voltam a pressionar as bolsas na Europa, que operam no vermelho durante a manhã. Além disso, ainda hoje Rússia e Ucrânia devem retomar as negociações de paz, consideradas “promissoras” até o momento.
Por fim, o clima de cautela antes da reunião do Federal Reserve sobre juros forma o clima perfeito para a aversão ao risco. Dessa maneira, os futuros de Nova York apontam para uma abertura no vermelho.
No pregão da última segunda-feira (14), o Ibovespa perdeu os 110 mil pontos, em um recuo de 1,60%, aos 109.928 pontos. O dólar à vista, por sua vez, registrou forte alta de 1,30%, a R$ 5,12.
Confira o que esperar da bolsa hoje:
Commodities seguem pressionadas — e bolsa sofre
As conversas entre Rússia e Ucrânia têm tom positivo, com a retomada das negociações marcada para hoje. O sentimento de alívio dos investidores se reflete na maior fraqueza do petróleo, que recua para a casa dos US$ 100 pela manhã.
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Assim sendo, o Brent, utilizado como referência internacional, recuava 5,81% por volta das 7h30, negociado a US$ 100,72 o barril.
Já o WTI rompeu a barreira dos US$ 100 e é negociado a US$ 96,89 o barril, em uma queda de 5,88% no mesmo horário.
Enquanto isso, combustíveis seguem em foco
O presidente da República Jair Bolsonaro trava uma verdadeira batalha para tentar manter o preço dos combustíveis controlado em meio a alta do petróleo.
Entretanto, a proposta de renúncia do PIS/Cofins da gasolina deve ter pouco impacto no combustível. A isenção reduziria o preço em apenas R$ 0,69, mas o impacto nos cofres públicos seria da ordem de R$ 30 bilhões.
Vale lembrar que o governo já isenta dos impostos federais o óleo diesel e o querosene, uma renúncia de outros R$ 20 bilhões.
Voltando a falar do Auxílio Brasil
O governo deve entrar em rota de colisão com as sucessivas isenções aos combustíveis e gás de cozinha em um orçamento federal já apertado. Somado a isso, o Palácio do Planalto voltou a cobrar uma solução para viabilizar o Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família.
A China surpreende mais uma vez
O país registrou alta de 7,5% na produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, superando — e muito — as estimativas do The Wall Street Journal de alta de 3,5%.
De maneira semelhante, as vendas no varejo subiram 6,7%, contra as projeções de 4,3%. Os dados vem na mesma semana em que a cidade de Shenzhen, ao norte de Hong Kong, anunciou um lockdown devido a um surto de covid-19.
A cidade com 17,5 milhões de habitantes também é a sede de empresas como Huawei e Foxconn, fornecedora da Apple.
E os balanços de ontem
- Magazine Luiza (MGLU3) tem prejuízo ajustado de R$ 79 milhões no 4T21, apesar de crescimento das vendas
Agenda do dia
- IBGE: Pesquisa industrial mensal regional de janeiro (9h)
- Estados Unidos: PPI e Núcleo do PPI de fevereiro (9h30)
- Ministério da Economia: Ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Economia, Paulo Guedes, se reúnem com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) para tratar da privatização da eletrobras (17h)
Balanços do dia
Você pode conferir o calendário completo aqui.
Após o fechamento do mercado:
- CVC
- Volkswagen
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