Esquenta dos mercados: Volta de Nova York encontra bolsas em queda após atividade econômica mais fraca; Ibovespa acompanha pacote de bondades mais ‘recheado’
Na agenda de indicadores do dia, o IBGE divulga a produção industrial nesta terça-feira
A volta das negociações nas bolsas de Nova York nesta terça-feira (05) não trouxe consigo bons ventos. Os investidores ainda seguem preocupados com o desempenho da economia global, com o medo da recessão virando um verdadeiro fantasma que assusta os mercados.
Começando pelo fechamento das bolsas na Ásia e Pacífico, os índices reagem aos novos dados da economia chinesa que trouxeram um novo alívio para os mercados.
O índice do gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços por lá subiu de 41,1 para 54,5 na passagem de maio para junho, indicando um ritmo de crescimento dos negócios mesmo após Pequim retirar medidas de isolamento social.
Já na Europa o cenário é diferente. Os mesmos indicadores da Zona do Euro mostram um encolhimento dos serviços no mesmo período — queda de 54,8 para 52 na passagem do mês — atingindo o menor nível em 16 meses.
Por último, os futuros de Wall Street voltam da pausa do feriado de ontem (04) em queda, reagindo aos PMIs globais e injetando ainda mais temores de recessão no mercado.
Enquanto o cenário externo não é favorável, o doméstico também não ajuda. O Ibovespa permaneceu pressionado no primeiro pregão da semana e fechou o dia em queda de 0,35%, aos 98.608 pontos. Já o dólar à vista teve alta de 0,08%,a R$ 5,3257.
Leia Também
No Brasil, os debates envolvendo a PEC dos Combustíveis — que já recebeu os nomes de PEC das Bondades e PEC Kamikaze — permanecem no radar. Os debates para o próximo passo da aprovação do texto são acompanhados de perto pelos investidores enquanto o rombo fiscal só aumenta.
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa hoje:
Bolsas lá fora acompanham a recessão técnica
A “recessão técnica” ocorre quando o PIB de um país cai por dois trimestres consecutivos e, de acordo com o indicador do Federal Reserve GDPNow, os Estados Unidos já se encaixam na regra.
Ainda que exista uma margem de erro e os EUA possam reverter essa tendência, os investidores começam a ajustar suas posições para esperar um momento ainda pior da economia norte-americana.
Agora, os investidores aguardam novos indicadores de encomendas à indústria nesta terça-feira enquanto esperam os dados do payroll na próxima sexta-feira (08). Todos esses dados servirão para responder a pergunta que ronda os mercados: grandes economias entrarão em recessão de fato?
China e EUA
A disputa comercial entre os dois países encontrou um ponto de inflexão com a proximidade de uma possível recessão. Ontem, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Tellen, encontrou-se virtualmente com Liu He, vice-premiê da China.
Enquanto os norte-americanos preferiram manter um canal aberto para comunicação com o país e fortalecer o desenvolvimento macroeconômico, os chineses expressaram preocupação com as tarifas adicionais do país por parte dos EUA. Além disso, Pequim questionou o tratamento diferenciado que as companhias de tecnologia chinesa recebem nos Estados Unidos.
No documento do encontro está dito que ambos concordaram em manter a estabilidade das cadeias globais de suprimento, além de indicar que as conversas foram “construtirvas”.
Me ajuda aí!
A colaboração entre as duas maiores economias mundiais pode se tornar uma bóia de salvação para os demais países do mundo. Entretanto, existem pontos de discordância que jogam um balde de água fria nessas relações.
A questão de Taiwan e da China continental, por exemplo, ainda é motivo de embate entre o Ocidente e o Gigante Asiático. Somado a isso, o país governado por Xi Jinping, presidente chinês, também tem estreitas relações com a Rússia, que está em guerra com a Ucrânia.
Esses fatores podem colocar em xeque o pragmatismo norte-americano para salvar a economia — ou servir de verdadeiro freio de mão para as negociações.
Ibovespa de olho nas”bondades”
Enquanto o exterior acompanha o xadrez geopolítico, por aqui a nossa partida coloca os gastos públicos sob ameaça.
A PEC dos Combustíveis passou a incluir uma série de bondades adicionais para além do preço da gasolina, óleo diesel, etanol, telecomunicações, entre outros. A proposta agora inclui um aumento do Auxílio Brasil, criação do bolsa-caminhoneiro e mais benefícios sociais que começam a encarecer a conta.
Na ponta do lápis
Nos cálculos do Conselho Monetário Nacional (CMN), considerando outras medidas que ainda estão em estudo, o custo global estimado deste “pacote de bondades” pode chegar a R$ 250,6 bilhões. Só os municípios paulistas teriam uma perda potencial de R$ 27 bilhões por ano.
O texto segue na Câmara dos Deputados e, se aprovado sem maiores ressalvas, instaura o estado de emergência no país até o final do ano. Confira aqui a composição dos gastos.
Agenda do dia
- Zona do Euro: PMI Composto e de serviços global (5h)
- OCDE: Índice de preços ao consumidor de maio (7h)
- IBGE: Produção industrial em maio (9h)
- Economia: PMI composto e de serviços em junho (10h)
- Banco Central: Diretor de Regulação do Banco Central, Otavio Damaso, profere palestra no Evento Open Banking 2022, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (10h)
- Estados Unidos: Encomendas à indústria em maio (11h)
- Caixa: Nova presidente da Caixa, Daniella Marques, deve tomar posse em evento na Caixa Cultural (16h)
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
