Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB
As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional
Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. E mesmo que não seja comum encarar uma canja no café da manhã, a cautela já se faz presente logo cedo nos mercados financeiros nesta quinta-feira com os investidores dispostos a manter uma posição defensiva nas bolsas.
"Dispostos", porém não é exatamente o que acontece na manhã desta quinta-feira (15). As bolsas internacionais operam com leves ganhos — a busca por barganhas após as quedas recentes dos índices ajuda no leve desempenho positivo.
Há ainda quem não enxergue razões para que a turbulência tenha continuidade. Uma dessas pessoas é Jeff de Graaf, fundador da Renaissance Macro Research.
Ele não menospreza a gravidade da alta dos preços nos Estados Unidos, que recentemente registrou mais uma leve alta enquanto o mercado em geral esperava queda. Mesmo assim, ele acredita que a tendência de desaceleração da inflação nos Estados Unidos deve se manter nos próximos meses.
Seja como for, este é o cenário que se desenha nesta manhã. As bolsas de valores da Europa abriram em leve alta e os índices futuros de Nova York tentam avançar na direção positiva nas primeiras horas da manhã.
Os investidores aguardam uma bateria de indicadores nos Estados Unidos (leia mais abaixo).
Leia Também
Por aqui, a prévia do PIB é o grande dado local do dia. O IBC-Br de julho deve reforçar as expectativas do mercado de aumento da atividade econômica até o final do ano.
Vale ressaltar que no Boletim Focus, que dá um panorama do sentimento de analistas para dados macroeconômicos, o PIB é um dos indicadores que está em constante atualização para cima.
No fim do pregão de ontem (14), o Ibovespa teve as perdas limitadas pelo avanço do petróleo, mas ainda assim caiu 0,22%, os 110.646,67 pontos. O dólar à vista teve um dia de queda de 0,18%, a R$ 5,1782.
Veja o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta quinta-feira:
Indicadores nos EUA são o foco das bolsas
Hoje, os investidores precisam digerir um atacadão de indicadores econômicos esperados para hoje nos EUA.
Os números incluem dados de vendas no varejo, preços de importação, pedidos de auxílio-desemprego e dois importantes índices de atividade industrial: o Empire State e o do Fed da Filadélfia.
Ainda que individualmente esses indicadores não tenham potência o bastante para reverter a tendência das bolsas, combinados, eles devem dar o direcionamento do dia para os principais índices globais.
China e a injeção de dinheiro na economia
O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) deixou uma importante taxa de juros inalterada na manhã desta quinta-feira. Assim, os juros de um ano para sua linha de crédito de médio prazo ficaram em 2,75%.
O que motivou essa manutenção foi a injeção de 400 bilhões de yuans (US$ 57,45 bilhões) na economia chinesa por meio do instrumento financeiro. O BC chinês também injetou outros 2 bilhões de yuans em liquidez por meio de acordos de recompra reversa de sete dias.
Histórico do PBoC
Em agosto, o PBoC reduziu a taxa da linha de crédito de médio prazo, o que acabou levando a cortes também em suas principais taxas de juros de referência para empréstimos, chamadas LPRs.
A falta de ajuste nesta quinta significa que as LPRs deverão ficar inalteradas neste mês. O PBoC deve anunciar as LPRs na próxima terça-feira (20).
Outros ativos: criptomoedas descoladas da bolsa
No mercado de criptomoedas, os investidores acompanham as notícias referentes à conclusão da fusão da blockchain do ethereum.
Mas a maior atualização da história do mercado de criptomoedas não consegue animar os investidores nesta manhã. O próprio ethereum opera em queda de 0,35%, cotado a US$ 1,592,37. Já o bitcoin (BTC) recua 0,78%, negociado a US$ 20,198,32.
Atividade econômica mexe com o Ibovespa hoje
Por aqui, os participantes do mercado estão de olho nos números do IBC-Br de julho. A expectativa é de que o índice de atividade econômica medido pelo Banco Central comece a apontar para uma desaceleração da economia brasileira.
De acordo com a mediana da projeção dos especialistas ouvidos pelo Broadcast, a prévia do PIB deve avançar 0,50% na comparação mensal. Na base anual, em relação aos últimos 12 meses, o IBC-Br deve subir 2,75%.
Corrida eleitoral
Os investidores também monitoram os movimentos dos principais candidatos à Presidência da República. À noite, já depois do fechamento do mercado, serão conhecidos os números da nova rodada do Datafolha sobre as intenções de voto para 2 de outubro.
Enquanto isso, os principais candidatos e figuras públicas reagem ao ataque do deputado Douglas Garcia, do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Republicanos, à jornalista Vera Magalhães.
Bolsa hoje: agenda do dia
- Banco Central: IBC-Br de julho (9h)
- Ministério da Economia: Divulgação projeções de indicadores macroeconômicos, com estimativas para o PIB e inflação (9h)
- Ministério da Economia: Chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos, Rogério Boueri, e secretário de Política Econômica, Pedro Calhman, concedem coletiva sobre as novas projeções macroeconômicas (9h30)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Estados Unidos: Índice de atividade industrial Empire State (9h30)
- Estados Unidos: Vendas no varejo em agosto (9h30)
- Estados Unidos: Produção industrial do Fed em agosto (10h15)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, participa do 2022 Forbes Power Women Summit (14h)
- China: Produção industrial, vendas no varejo e investimento em ativos fixos (23h)
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
