Dirigente do Fed não descarta alta maior que 0,25 ponto percentual nos juros em março
Raphael Bostic, da distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed), diz que todas as reuniões deste ano são elegíveis a uma alta de 0,50 ponto

Presidente da distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Raphael Bostic defendeu que o BC dos Estados Unidos abandone a postura acomodatícia e suba a taxa de juros a um patamar "razoável". O dirigente defendeu um aumento de 25 pontos-base da taxa dos Fed Funds na reunião de março, mas deixou em aberto a possibilidade de uma alta de 50 pontos-base, caso a inflação siga "em níveis elevados" como os atuais.
Durante palestra a alunos da Universidade de Harvard nesta segunda-feira (28), Bostic ressaltou ser necessário que o Fed seja "enérgico" em relação ao seu objetivo de manter os preços sob controle. Segundo ele, todas as reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em 2022 podem ser consideradas para um aumento de 0,5 ponto porcentual do juro.
Ainda que a ampla pressão inflacionária tenha atingido as expectativas de curto prazo, ele disse que as projeções de longo prazo — de cinco a 10 anos — "não se moveram significativamente".
Bostic, que não tem direito a voto nas decisões monetárias do Fed este ano, explicou que o atual nível dos preços nos EUA é provocado por alguns fatores, como a demanda elevada de consumidores, problemas na cadeia de suprimentos que afetam a capacidade do setor privado de suprir a alta demanda, baixa oferta de mão de obra e a postura "massivamente acomodatícia" do Fed durante a crise do coronavírus.
Atualmente, os juros da economia americana estão na faixa de 0% a 0,25% ao ano — o Federal Reserve já deixou claro que a próxima reunião, em março, marcará o início do processo de alta das taxas. Embora não exista consenso, o mercado trabalha com cenários que vão de três a seis elevações de juros ao longo de 2022.
Os comentários de Bostic não provocaram grandes reações do mercado financeiro. Por volta de 14h45, as bolsas americanas operavam em baixa de cerca de 1%, mantendo o comportamento negativo visto desde o começo do dia, em meio à escalada das tensões militares na Europa. A cobertura completa do andamento dos mercados está aqui.
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*Com Estadão Conteúdo
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