A alta do dólar está com os dias contados? Para a Guide, o câmbio deve relaxar no médio prazo
A corretora avalia que ainda é difícil quantificar a intensidade da desaceleração econômica dos EUA; a moeda americana deve perder força a partir do segundo semestre de 2023

Está cada dia mais difícil lembrar quando foi a última vez que o dólar foi cotado abaixo dos R$ 5. A moeda americana, que alcançou a paridade com o Euro e é considerada um ativo defensivo , ainda deve permanecer bastante volátil em relação ao real — mas não por muito tempo.
Com as expectativas de queda nos juros para 2023 e a diminuição de fluxos para títulos do Tesouro, o dólar pode estar entrando em uma fase de “exaustão da recente ascenção” em escala global, segundo relatório da Guide Investimentos.
Isso porque, em meio ao cenário de menor crescimento econômico e queda da inflação, tradicionalmente, o dólar ganha força. A moeda americana tende a valorizar entre 10% e 15% em ciclos de desaceleração nos EUA e diante de uma recessão à vista.
Mas, de acordo com o estrategista Alex Lima, que assina o relatório, parte desse movimento de alta já foi precificado: nos últimos 12 meses, o índice global do dólar (DXY) acumula valorização de cerca de 16%.
Contudo, com o Federal Reserve (Fed) — o banco central dos EUA — focado em conter a inflação, o mercado já começa a precificar o limite do ciclo de aperto monetário no país.
Dito isso, a expectativa é a de que os juros comecem a cair nos EUA a partir do segundo semestre de 2023 — e a direção da moeda americana pode mudar.
Leia Também
A desvalorização do dólar em relação ao real deve ser vista a partir de julho de 2023, segundo a Guide. Por enquanto, a moeda segue acima dos R$ 5 até o final de 2022, de acordo com o último Boletim Focus do Banco Central.
Quanto o dólar vai cair?
De acordo com o relatório, ainda é difícil qualificar a intensidade da desaceleração dos EUA à frente; consequentemente, o dólar pode ser precificado a partir de dois cenários futuros:
- Soft landing: a inflação desacelera, a curva de juros volta lentamente para um momento de maior inclinação e o dólar desvaloriza;
- Hard landing: maior volatilidade e grandes fluxos para os títulos do Tesouro, mas com uma queda nos juros e menor crescimento.
Sendo assim, “a evolução da inclinação da curva de juros será determinante na direção da moeda contra o seus pares globais”, avalia o relatório. O documento ainda considera que a inversão da trajetória seria algo em torno de 1 ponto porcentual (p.p.) negativo.
Ou seja: um cenário de hard landing que provocaria uma mudança rápida da política monetária e de pouco fôlego para a continuação da força global do dólar.
VEJA TAMBÉM — Moeda americana: você deveria estar comprando I HORA DE INVESTIR EM OURO?
Historicamente, a combinação de menor inclinação da curva de juros e aumento do juro real americano estimulou o carry trade — estratégia de tomar dinheiro emprestado em países com juros baixos e investi-lo em uma moeda mais valorizada —, com o dólar como moeda de carry, e a maioria das moedas de G-10 como funding.
“Por outro lado, a volatilidade causada pela reprecificação da taxa de juro americana trouxe consigo uma correlação forte com a alta do dólar dado o movimento de aversão ao risco. O dólar acaba sendo uma opção de redução de risco via melhor liquidez, e dado o pessimismo com outras moedas líquidas (euro, yen e libra).”
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda