Aliansce Sonae (ALSO3) vai às compras e monta bloco com 11% do capital da brMalls (BRML3). A fusão vai sair?
Após ver sua proposta de fusão rejeitada, a Aliansce Sonae (ALSO3) agora é dona direta de 5,05% da brMalls (BRML3). E agora?
A Aliansce Sonae (ALSO3) propôs uma fusão de iguais com a brMalls (BRML3) e ouviu um sonoro 'não' da rival. Mas isso não quer dizer que ela tenha desistido dos planos: no que parece ser uma nova investida, a companhia foi às compras e chegou a 5,05% do capital social da concorrente — um movimento que está sendo interpretado pelo mercado como uma espécie de "fechamento de cerco".
Ao que tudo indica, a Aliansce está lançando mão de uma velha estratégia do mercado de capitais. Ao montar uma posição relevante no capital da brMalls, ela pode se aliar a outros acionistas de peso e, com isso, fazer valer seus desejos nas assembleias da rival, incluindo eventuais reuniões para reavaliar a fusão rejeitada lá atrás.
E a Aliansce Sonae já tem pelo menos um aliado de peso, o fundo de pensão canadense CPPIB — um de seus acionistas majoritários. Segundo apuração do Seu Dinheiro, o CPPIB tem hoje pouco mais de 6% de participação direta na brMalls; as duas partes, assim, controlam cerca de 11% da rival.
Se esse for realmente o plano da Aliansce, ela estará indo por um caminho já trilhado por outras empresas: a Gafisa (GFSA3) fez o mesmo para tentar comprar a Tecnisa (TCSA3), mas a empreitada não deu certo; a Marfrig (MRFG3) construiu uma posição grande na BRF (BRFS3) e, embora não se fale abertamente numa junção dos negócios, a possibilidade ronda as empresas desde então.
Seja como for, tanto as ações da Aliansce Sonae quanto as da brMalls reagiram de maneira apenas tímida ao noticiário. Os papéis ALSO3 fecharam em queda de 4,60%, a R$ 21,80, enquanto BRML3 recuou 2,47%, a R$ 9,48.
Sacolas cheias
A posição montada pela Aliansce Sonae (ALSO3) dá continuidade a um movimento feito no fim de janeiro pelo fundo canadense CPPIB que, na ocasião, chegou a uma fatia de 5,76% na brMalls (BRML3) — o CPPIB é dono de 23% do capital da Aliansce.
Leia Também
Dito isso, havia uma dúvida no mercado: quanto da participação do CPPIB pertencia à Aliansce, e quanto era detida diretamente pelo fundo canadense? Ou, em outras palavras: quanto da brMalls agora está nas mãos dos rivais?
Segundo apuração do Seu Dinheiro, o CPPIB também foi às compras e chegou a uma fatia de 6,1% do capital da brMalls, em paralelo à fatia de 5,05% atingida pela Aliansce. Assim, em conjunto, as partes agora controlam pouco mais de 11% da companhia.
Agora, pairam outras duas questões referentes às movimentações na base acionária da brMalls:
- A Aliansce Sonae e o CPPIB vão continuar aumentando suas posições via aquisições no mercado?
- Os outros acionistas relevantes estão alinhados aos planos de fusão da Aliansce ou estão ao lado da diretoria da brMalls, que rejeitou a proposta?
O Seu Dinheiro entrou em contato com os demais detentores de participação acionária relevante da brMalls — Squadra, VELT Partners, Capital International Investors e Atmos —, mas não teve resposta até agora. Vamos atualizar o texto caso algumas das partes opte por se manifestar.
Aliansce Sonae x brMalls: jogo de xadrez
Ao propor a união com a brMalls (BRML3), a Aliansce (ALSO3) pretendia criar o maior conglomerado de shoppings centers da América Latina — vale lembrar que, em 2019, a empresa se fundiu com a Sonae Sierra, dando origem à companhia que conhecemos hoje.
A 'fusão de iguais', no entanto, não agradou à brMalls. Em menos de 24 horas, ela disse que a proposta da Aliansce "subavalia, consideravelmente, o valor econômico justo" da companhia e do seu portfólio de ativos. Ou seja, ela se coloca num patamar superior ao da rival, não tendo interesse nas condições igualitárias.
Portanto, temos um quadro bastante nítido: de um lado, a Aliansce se infiltra na base acionária da brMalls, tentando influenciar as decisões da rival e, quem sabe, fazendo valer sua proposta de combinação de negócios; de outro, a brMalls quer que a Aliansce suba a proposta, oferecendo termos mais vantajosos para dar continuidade à fusão.
E a própria brMalls está na ativa para impor o seu desejo: a Gafisa confirmou que está em tratativas para uma eventual combinação de negócios; a operadora de shoppings Ancar Ivanhoe é outra que também tem interesse na companhia, de acordo com notícias divulgadas na imprensa. É um recado para a Aliansce — se você não quer, outros querem.
ALSO3, BRML3 e os shoppings na bolsa
A possível consolidação do setor de shoppings centers ocorre num bom momento para as empresas na bolsa: em meio às prévias operacionais fortes do quarto trimestre, companhias como Multiplan (MULT3), Iguatemi (IGTI11) e as próprias Aliansce Sonae (ALSO3) e brMalls (BRML3) estão entre os destaques positivos na B3 em 2022.

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
