Por que as ações do Inter (BIDI11) lideram as altas do Ibovespa, mas o Banco Pan (BPAN4) tem queda firme?
A movimentação das ações nesta terça-feira (01) está relacionada à uma atualização de perspectivas dos analistas para os papéis dos bancos digitais

O Inter (BIDI11) e o Banco Pan (BPAN4) podem até fazer parte do mesmo nicho de empresas, mas nesta tarde (1º) as companhias ocupam pontas distintas do Ibovespa.
Enquanto as ações de BIDI11 lideram os ganhos do dia, em alta de 6,20% por volta das 16h, a R$ 27,58, os papéis de BPAN4 ficam com o pior desempenho da sessão. No mesmo horário, a queda era de 5,67%, a R$ 10,31. Vale notar que no pregão de ontem, o Banco Pan registrou forte valorização.
Por trás do movimento, está a mudança de prognóstico para as companhias feitas por dois grandes bancos de investimentos. No caso do Banco Pan, o Bradesco BBI rebaixou a recomendação dos papéis de compra para neutra e revisou para baixo o preço-alvo das ações para R$ 12. Ainda assim, o valor embute um potencial de valorização de 9% com relação ao fechamento da última segunda-feira.
Já o banco Inter recebeu um upgrade. Os analistas do JP Morgan elevaram a recomendação de neutra para compra (overweight), com um preço-alvo de R$ 40 – 53% acima do último fechamento.
O que pensam os analistas
Em relatório divulgado nesta terça-feira (1), os analistas do Bradesco BBI Gustavo Schroden, Otavio Tanganelli e Eric Ito, apontam que a mudança de recomendação para o Banco Pan está ligada aos prognósticos de um ano complicado pela frente.
Na visão dos analistas, as despesas com provisões devem afetar negativamente os custos da companhia, elevando os riscos, mas esse não deve ser o único impacto negativo no balanço. Para continuar crescendo como um banco comercial, os custos operacionais também devem seguir elevados. A deterioração do cenário, no entanto, não é uma exclusividade do Pan, já que o ambiente macroeconômico se mostra mais desafiador com a elevação de juros, inflação e a queda da renda da população.
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Para o BBI, essas são razões que devem levar a um crescimento de receita de apenas 4,3% em 2022, contra um avanço de 31,5% em 2023 -- o principal motivo para a redução do preço-alvo pela instituição. Embora o ano vigente prometa ser mais desafiador, a visão de longo prazo ainda é otimista.
"Apesar da mudança de recomendação, ainda vemos o Banco Pan como um bom modelo de negócios focado em crescimento. No longo prazo, permanecemos otimistas e a empresa parece bem posicionada para melhorar a monetização da sua base de clientes".
Já o otimismo do JP Morgan com o Banco Inter e que levou à elevação da recomendação está na atualização das taxas cobradas pela instituição, que busca acompanhar o movimento visto globalmente.
Os analistas Yuri Fernandes, Domingos Falavina, Guilherme Grespan e Marlon Medina veem com bons olhos a medida, tendo em vista que nos últimos anos a empresa tem focado em oferecer aos clientes estratégias de geração de valor como cashbacks e taxas abaixo do cobrado pela concorrência.
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