Esquenta dos mercados: exterior amanhece pressionado pelo caso de Evergrande e cautela deve predominar em semana de ‘Super Quarta’
A divulgação da taxa de juros aqui e nos Estados Unidos é o evento mais esperado da semana, marcada por um início conturbado

As bolsas pelo mundo já esperavam maiores desdobramentos do caso da gigante do setor imobiliário chinês, a Evergrande. O primeiro pregão da semana deve ser marcado pela cautela, antes da "Super Quarta", quando o Banco Central Brasileiro e o Federal Reserve divulgam a taxa de juros aqui no Brasil e nos Estados Unidos.
No pregão da última sexta-feira (17), o Ibovespa acumulou uma queda de 2,49% na semana e fechou com um recuo de 2,07%, aos 111.439 pontos. O dólar à vista chegou a avançar mais de 1,57%, mas fechou em alta de 0,32%, a R$ 5,2821.
Confira o que deve movimentar o pregão esta semana e nesta segunda-feira (20):
Caso Evergrande pressiona índices e Fed no radar
Na semana passada, a gigante do setor imobiliário chinês foi alvo das garras regulatórias do Gigante Asiático. De acordo com o governo da China, a incorporadora não deve conseguir rolar suas dívidas a partir desta segunda-feira (20).
O calote da dívida da segunda maior incorporadora do país deve pressionar o setor financeiro chinês e afetar a recuperação econômica, que já não tem tração o suficiente. A crise do setor imobiliário, vale lembrar, foi o que levou à quebra do banco Lehmann Brothers desencadeou a crise do crédito subprime nos Estados Unidos em 2008.
Com isso, a semana já começa com as principais bolsas pelo mundo em forte movimento de queda (leia mais abaixo), de olho no noticiário dos próximos dias. Na terça-feira (21), começa a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, com o discurso de abertura do presidente Jair Bolsonaro.
Leia Também
O tema da retomada econômica deve ficar em segundo plano, com desdobramentos políticos internacionais em foco. O próprio tom de ameaça do presidente Jair Bolsonaro contra os demais poderes da República deve ser pauta, além da questão da tomada do poder pelo Taleban no Afeganistão e a crise do coronavírus pelo mundo.
Mas é na quarta-feira (22) que acontece o evento mais importante da semana. A Super Quarta conta com a divulgação da taxa de juros do Banco Central americano, além da sempre esperada coletiva de imprensa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
O mercado espera que a autoridade monetária dos EUA mantenha a taxa de juros na faixa entre 0% e 0,25%.
Assembleia da ONU e IPCA-15
O cenário doméstico começa de olho no exterior. O caso de Evergrande deve pressionar o Ibovespa, que já não conta com maiores motivos para avançar. No pregão da última sexta-feira (17), a queda da bolsa brasileira chegou a mais de 2% no acumulado dos sete dias.
Os desdobramentos do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pegou todos desprevenidos. O risco de o governo federal extrapolar o teto de gastos para financiar programas que visam o aumento de popularidade, como aumento do Bolsa Família (Auxílio Brasil), e não resolver a crise fiscal também segue pressionando a bolsa brasileira como plano de fundo.
O discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, na Assembleia Geral da ONU deve chamar as atenções do investidor, mas o impacto da fala pode ser reduzido frente aos demais eventos da semana. A Super Quarta (22) deve contar com a divulgação da taxa básica de juros aqui no Brasil.
Na última edição do Boletim Focus, o mercado espera que a Selic suba para 8,0%, mas alguns entes já projetam que os juros podem ficar em até 10% até o final do ano.
E por mais uma sexta-feira (24) o investidor brasileiro não deve ter paz. A Aneel deve divulgar a bandeira tarifária para outubro deste ano, mas deve manter o preço a cada 100 kWh acima dos R$ 14,00, a chamada bandeira de escassez hídrica.
A alta na conta de luz deve impactar diretamente na inflação deste semestre, o que já deve refletir no IPCA-15, uma prévia da inflação oficial, divulgado no mesmo dia. Além da alta nos preços, a chance da volta dos apagões e da falta de água também deve ficar no radar e pressionar a retomada das atividades.
Bolsas pelo mundo
Os índices internacionais caem majoritariamente pelo mundo, à espera de desdobramentos do caso Evergrande, a gigante do setor imobiliário da China. Na Ásia, as principais praças da China e do Japão não abriram em virtude dos feriados locais, mas a bolsa de Hong Kong registrou queda de mais de 3% no pregão.
Na Europa, a cautela com a incorporadora chinesa se soma ao compasso de espera do anúncio da política de juros do Federal Reserve, nos Estados Unidos. Os principais índices recuam na manhã de hoje.
Por fim, os futuros de Nova York também operam no vermelho, com quedas acima de 1%.
Agenda da semana
Segunda-feira (20)
- Banco Central: Boletim Focus semanal (8h25)
- Estados Unidos: Índice de confiança das construtoras em setembro (11h)
- Economia: Balança comercial semanal (15h)
Terça-feira (21)
- França: OCDE divulga relatório para a perspectiva global (6h)
- Estados Unidos: Construção de moradias iniciadas em agosto (9h30)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (17h30)
- China: PBoC define taxas de referência para empréstimos (22h30)
- Abertura da Assembleia Geral da ONU, com discurso do presidente Jair Bolsonaro
Quarta-feira (22)
- Estados Unidos: Vendas de moradias usadas em agosto (11h)
- Estados Unidos: Fed divulga decisão de política monetária (15h)
- Estados Unidos: Jerome Powell, presidente do Fed, concede coletiva após decisão de política monetária (15h30)
- Brasil: Banco Central anuncia a taxa básica de juros, a Selic (18h30)
Quinta-feira (23)
- Brasil: FGV divulga IPC-S semanal (8h)
- Estados Unidos: Índice de atividade nacional de agosto e pedidos de auxílio desemprego (9h30)
- Estados Unidos: PMI composto preliminar de setembro (10h45)
Sexta-feira (24)
- Estados Unidos: Presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, discursa em evento da Liga dos Banqueiros de Ohio (9h45)
- FGV: Sondagem do consumidor de setembro e IPC-S das Capitais semanal (8h)
- IBGE: IPCA-15 de setembro (9h)
- Economia: Conta corrente e IDP de agosto (9h30)
- Aneel divulga bandeira tarifária de outubro
Ouro renova (de novo) as máximas históricas na véspera da decisão do Fed sobre juros dos EUA
A queda dos juros dos Treasurys e do dólar no exterior, assim como o clima de cautela em mercados acionários, contribuem para os ganhos do ouro hoje
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário