Esquenta dos mercados: incerteza sobre PEC dos precatórios deve movimentar a semana, que conta com dados de inflação aqui e nos EUA
Além disso, o feriado de Ação de Graças encurta as negociações por lá na semana, o que deve reduzir a liquidez nos mercados nos próximos dias
A semana começa de olho nos seres mitológicos mais temidos pelos heróis de ficção. O dragão da inflação deve mostrar suas garras tanto aqui quanto nos Estados Unidos, o que deve movimentar os negócios nos próximos dias. Aqui, ele se manifesta na forma do IPCA-15, enquanto por lá, é chamado de PCE, o dado preferido do Federal Reserve para decidir sobre sua política de juros.
No pregão da última sexta-feira (19), os investidores tiveram um certo alívio com a sugestão de um fatiamento da PEC dos precatórios. Nesse cenário, o Ibovespa avançou 0,60%, aos 103.035 pontos, reduzindo a queda semanal para 3,10%, enquanto o dólar subiu 0,70%,a R$ 5,6089 nesta sexta-feira, um avanço de 2,79% na semana.
Prepare-se para a semana e confira o que deve movimentar o pregão desta segunda-feira (22):
PEC dos precatórios
A indefinição da proposta que permite o parcelamento das dívidas do governo com o judiciário segue indefinida e limitando o bom humor do investidor local. Uma sugestão de fatiamento do texto chegou a animar os mercados por aqui na última sexta-feira (19), mas não deve ter maiores impactos nos próximos pregões.
Isso porque senadores favoráveis à proposta já se mostraram contra o fatiamento dos precatórios, o que deve atrasar ainda mais a negociação do texto na Casa.
Enquanto isso, o setor empresarial foca no projeto que reabre o programa de parcelamento de dívidas tributárias, o chamado Refis, que deve ir para Câmara ainda nesta semana. A proposta visa auxiliar empresários que tiveram queda na receita durante a pior fase da pandemia de covid-19, com um alongamento do pagamento dos débitos de 12 para 15 anos e “democratizar” o acesso à mais empresas.
Leia Também
Inflação por aqui
O calendário nacional conta com a divulgação do IPCA-15 de novembro na quinta-feira (25), que deve ser o dado mais importante da semana no panorama doméstico. A inflação deve acelerar ainda mais este mês, mesmo na leitura preliminar, o que deve piorar ainda mais o sentimento do investidor nacional.
Outro indicador importante da semana é o da geração de empregos do Caged, divulgado nesta quarta-feira (24).
Inflação por lá
A semana já começa de olho na manutenção das taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazo (LRPs, em inglês) da China, que somam 19 meses seguidos de manutenção. Apesar disso, a perspectiva é de que ocorra uma redução das LRPs até o final do ano e que o ritmo de cortes se mantenha até o final de 2022.
Somado a isso, o avanço da covid-19 na Europa é motivo de preocupação das autoridades. A região enfrenta uma nova onda da pandemia, enquanto a Áustria adota um lockdown para toda a população. Se a situação piorar, é esperado que demais países que também enfrentam uma nova alta nos casos sigam pelo mesmo caminho.
Por fim, o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos deve encurtar o período de negociação por lá, mas a semana menor não é sinônimo de descanso para o investidor. O presidente americano, Joe Biden, deve decidir sobre o sucessor da presidência do Federal Reserve nesta semana, o que deve injetar certa tensão nos mercados com o anúncio do tapering e aumento dos juros em 2022.
Os dados da semana no exterior
Sem a quinta-feira (25) e metade da sexta-feira (26) para as bolsas nos EUA, o índice de preços ao consumidor (PCE, em inglês), deve ser divulgado na quarta-feira (24). Esse é o indicador preferido do Banco Central americano para decidir sobre a política de juros e a retirada dos estímulos da economia.
Além disso, na quarta-feira ainda deve ser divulgada a segunda estimativa do PIB dos EUA, juntamente com a ata da última reunião do Fed, que deve trazer um panorama mais bem definido da política de juros norte-americana para o próximo ano.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta segunda-feira majoritariamente em alta, após a China manter as taxas de juros (LRPs, em inglês) estáveis pelo 19ª mês seguido.
Já as bolsas da Europa amanheceram sem sinal único nas primeiras horas do pregão, com a cautela predominando nos negócios após novas ondas de covid-19 na região.
E a semana mais curta para as bolsas americanas começa com os futuros de Nova York apontando para uma abertura de alta, antes de maiores dados sobre a economia americana.
Agenda da semana
Segunda-feira (22)
- China: Banco do Povo da China (PBoC) divulga as taxas de juros (domingo - 22h30)
- Banco Central: Boletim Focus semanal (8h)
- Estados Unidos: Índice de atividade nacional do Fed (10h30)
Terça-feira (23)
- FGV: IPC-S (8h)
- França: OCDE publica estatísticas do terceiro trimestre (8h)
- Estados Unidos: PMI industrial, composto e do setor de serviços (11h45)
Quarta-feira (24)
- Caged: Geração de empregos em outubro (8h)
- FGV: Confiança do consumidor em novembro (8h)
- Estados Unidos: 2ª estimativa do PIB do terceiro trimestre(10h30)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
- Estados Unidos: PCE do terceiro trimestre (10h30)
- Estados Unidos: PCE de outubro (12h)
- Estados Unidos: Divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (16h)
Quinta-feira (25)
- Feriado do dia de ação de graças mantém as bolsas fechadas nos Estados Unidos
- Economia: Investimento direto no país (IDP) de outubro (8h)
- IBGE: IPCA-15 de novembro (10h)
Sexta-feira (26)
- Mercado dos Treasuries fecha mais cedo após feriado de ação de graças
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
