STF não assusta a Câmara? Lira quer manter votação de PEC dos precatórios na terça-feira (9)
Para o presidente da Câmara, o placar de votação será ainda mais favorável que os 312 votos registrados na semana passada
					O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, em entrevista no Papo com Editor, do Broadcast Político, não acreditar que o Supremo Tribunal Federal (STF) vá paralisar a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos precatórios — o texto viabiliza o pagamento do Auxílio Brasil em 2022.
Aprovada em primeiro turno na semana passada, a proposta será submetida à apreciação dos parlamentares em segundo turno na terça-feira (9) de manhã, afirmou Lira. Para ele o placar de votação será ainda mais favorável que os 312 votos da semana passada.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o PDT, o secretário de projetos e ações do governo de São Paulo, Rodrigo Maia (sem partido- RJ), e os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Joyce Hasselman (PSL-SP), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) entraram com ações no STF com o pedido de liminar para barrar a tramitação da PEC em razão de manobras que teriam contribuído para aumentar o apoio ao texto.
A ministra Rosa Weber determinou que Lira e os demais membros da mesa diretora enviem à Corte informações sobre as mudanças regimentais adotadas de última hora para a votação. Em paralelo, ela suspendeu temporariamente os repasses feitos pelo governo Jair Bolsonaro a parlamentares da base aliada por meio do orçamento secreto. O caso deve ser julgado pelo plenário do STF nesta semana.
STF deve agir antes ou após a votação?
Para Lira, o STF pode se pronunciar sobre a constitucionalidade da PEC dos precatórios após sua votação, mas não impedir sua votação. "Interferir no âmbito de uma matéria eu nunca vi acontecer e espero que não aconteça, porque os poderes se respeitam e sabem das suas atribuições e competências."
O presidente da Câmara ressaltou, porém, ter um bom relacionamento com a Corte e lembrou ter atuado como "bombeiro" quando houve tensão entre o Judiciário e o presidente Jair Bolsonaro nos últimos meses. Destacou ainda que agiu da mesma forma ao longo dos protestos contra os ministros no feriado de 7 de Setembro, em que apoiadores do presidente ameaçavam invadir a sede do Supremo.
Leia Também
Lira disse lamentar o que considera a judicialização da política. "Não pode, o tempo todo, ganhar votações de um a 312, de um a 408, de um a 360. Necessariamente, tudo que estamos tratando é matéria interna corporis do poder legislativo", disse.
Cabo de guerra
Ele afirmou que a votação da PEC dos precatórios deixou de ser uma decisão técnica e se tornou um "cabo de guerra político", mas que os parlamentares não devem esquecer que a prioridade do texto é resolver o problema da fome no País.
"Quem não quer dar R$ 400 acha que isso vai influenciar no processo eleitoral e está levando isso além do aspecto socioeconômico muito forte, que é a fome. Existem 20 milhões de famílias brasileiras passando fome", afirmou.
"Se nós votamos no ano passado um auxílio de R$ 600, o que é que mudou que a Câmara não quer votar o de R$ 400, um programa temporário? Se for de um ano, dois anos, três anos, eu acredito que deveria ser um tempo até maior, porque se nós tivermos condições efetivas de aprovar um programa permanente, que esse seja cancelado e que fique o permanente. Mais do que uma decisão técnica, a PEC virou um cabo de guerra político."
Arthur Lira
Em resumo, a PEC abre espaço no Orçamento de 2022, ano de eleições, de R$ 91,6 bilhões, ao adiar o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e mudar a correção do teto de gastos, a regra que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação. Técnicos alertam que a folga também será usada para turbinar as emendas parlamentares.
Lira defendeu os parlamentares do PDT que votaram a favor da PEC e negociaram um acordo para priorizar o pagamento das dívidas do Fundef para professores, inclusive com apoio de governadores da oposição. "Tinha primeiro o discurso dos professores, vai dar um calote na educação, vai prejudicar os professores. Então a oposição se mobilizou toda para os professores. Maior injustiça se fez com os líderes do PDT, que mantiveram sua posição tranquila do começo até o final defendendo a categoria", afirmou.
"Essa costura no Legislativo deu conforto para dizer que a Educação não será atingida, muito embora a relação dos precatórios seja do governo federal com os governos estaduais e municipais. Não temos nenhuma relação com o que vai acontecer depois, mas mesmo assim a Câmara priorizou", disse.
Furo no teto
Lira afirmou que sempre defendeu a responsabilidade fiscal e lamentou que a cobrança do mercado e o apoio da sociedade às reformas tenham diminuído. Para ele, o ideal seria que o Congresso aprovasse um programa social permanente de apoio aos mais necessitados, em vez de um temporário.
Sobre o teto de gastos, dispositivo aprovado em 2016 que limitou o crescimento das despesas à variação da inflação, destacou que o próprio texto manteve os precatórios como despesas orçamentárias, embora eles configurem uma dívida, e que não caberia rever essa questão neste momento.
"Nós temos a situação de quem bolou o teto de gastos lá atrás. O senhor Henrique Meirelles (então ministro da Fazenda), na época o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido-RJ), os deputados votaram, os senadores votaram na PEC do teto de gastos, e nela se incluiu o precatório. Por que excepcionalizar agora, porque são R$ 90 bilhões quando não tinha previsão orçamentária para isso? E se no ano que vem vier com R$ 200 bilhões, com R$ 300 bilhões? Quem controla isso?", questionou.
Ele voltou a criticar o Senado por não ter apreciado a reforma do Imposto de Renda, que impunha uma taxação sobre dividendos que geraria os recursos necessários para o pagamento do Auxílio Brasil. "Não se pôde fazer o programa permanente, mais uma vez eu digo, porque não teve a fonte do dividendo do Imposto de Renda, mas deveria ter enfrentado", afirmou.
"No ano passado votamos a PEC da Guerra, o governo gastou mais de R$ 700 bilhões fora do teto e se manteve firme. Então neste ano se temos o problema da fome, do rebote econômico e financeiro da pandemia, e ele é mundial, nós teríamos que ter enfrentado. Não foi possível, se fez uma compensação do adiamento do teto e que causa essas discussões."
Convocação da Seleção Brasileira: veja onde assistir ao vivo à última lista de Ancelotti em 2025
A última convocação de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira acontece nesta segunda (3); veja o horário e onde assistir ao anúncio ao vivo
Receita coloca organizações criminosas na mira e passará a exigir o CPF de todos os cotistas de fundos de investimentos; entenda o que você precisa fazer
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa foi inspirada na Operação Carbono Oculto, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fundos de investimento
Sorteios das Loterias Caixa têm novo horário a partir de hoje (3); veja como ficam os sorteios da Mega-Sena e outros jogos
Mudança em horário de sorteio das loterias começa a valer nesta segunda-feira (3); prazos para apostas também foram atualizados
Maré baixa para fundos de infraestrutura isentos de IR, dados de PMI, e o que mais o investidor precisa saber hoje
Rentabilidade das debêntures incentivadas, isentas de IR, caiu levemente mês passado, mas gestores se preocupam com ondas de resgates antecipados; investidores também estão de olho em dados econômicos internacionais e na fala de dirigente do Fed
Decisão do Copom, balanço da Petrobras (PETR4) e mudança de horário das bolsas — confira a agenda econômica da semana
A temporada de resultados pega fogo aqui e lá fora, enquanto a política monetária também dá o tom dos mercados no exterior, com decisão na Inglaterra, discursos do BCE e ata do BoJ
Horário de verão na bolsa? B3 vai funcionar por uma hora a mais a partir desta segunda-feira (3); entenda a mudança
A Bolsa de Valores brasileira ajusta o pregão para manter sincronia com os mercados de Nova York, Londres e Frankfurt. Veja o novo horário completo
Mega-Sena começa novembro encalhada e prêmio acumulado já passa dos R$ 40 milhões
Se a Lotofácil e a Quina entraram em novembro com o pé direito, o mesmo não pode ser dito sobre a Mega-Sena, que acumulou pelo terceiro sorteio seguido
Quina desencanta e faz 19 milionários de uma vez só, mas um deles vai ficar bem mais rico que os outros
Depois de acumular por 14 sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio das loterias sorteadas pela Caixa na noite de sábado, 1º de novembro
Lotofácil entra em novembro com o pé direito a faz um novo milionário no Nordeste
Ganhador ou ganhadora Lotofácil 3528 poderá sacar o prêmio a partir de amanhã, quando vai mudar o horário dos sorteios das loterias da Caixa
De hacker a bilionário: o único não herdeiro na lista de ricaços brasileiro antes dos 30 da Forbes construiu seu patrimônio do zero
Aos 28 anos, Pedro Franceschi é o único bilionário brasileiro abaixo dos 30 que construiu sua fortuna do zero — e transformou linhas de código em um império avaliado em bilhões
Caixa abre apostas para a Mega da Virada 2025 — e não estranhe se o prêmio chegar a R$ 1 bilhão
Premiação histórica da Mega da Virada 2025 é estimada inicialmente em R$ 850 milhões, mas pode se aproximar de R$ 1 bilhão com mudanças nas regras e aumento na arrecadação
Quina acumula de novo e promete pagar mais que a Mega-Sena hoje — e a Timemania também
Além da Lotofácil e da Quina, a Caixa sorteou na noite de sexta-feira a Lotomania, a Dupla Sena e a Super Sete
Lotofácil fecha outubro com novos milionários em São Paulo e na Bahia
Cada um dos ganhadores da Lotofácil 3527 vai embolsar mais de R$ 2 milhões. Ambos recorreram a apostas simples, ao custo de R$ 3,50. Próximo sorteio ocorre hoje.
Na máxima histórica, Ibovespa é um dos melhores investimentos de outubro, logo atrás do ouro; veja o ranking completo
Principal índice da bolsa fechou em alta de 2,26% no mês, aos 149.540 pontos, mas metal precioso ainda teve ganho forte, mesmo com realização de ganhos mais para o fim do mês
Como é e quanto custa a diária na suíte do hotel de luxo a partir do qual foi executado o “roubo do século”
Usado por chefes de Estado e diplomatas, o Royal Tulip Brasília Alvorada entrou involuntariamente no radar da Operação Magna Fraus, que investiga um ataque hacker de R$ 813 milhões
Galípolo sob pressão: hora de baixar o tom ou manter a Selic nas alturas? Veja o que esperar da próxima reunião do Banco Central
Durante o podcast Touros e Ursos, Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, avalia quais caminhos o presidente do Banco Central deve tomar em meio à pressão do presidente Lula sobre os juros
A agonia acabou! Vai ter folga prolongada; veja os feriados de novembro
Os feriados de novembro prometem aliviar a rotina: serão três datas no calendário, mas apenas uma com chance de folga prolongada
Uma suíte de luxo perto do Palácio da Alvorada, fuga para o exterior e prisão inesperada: o que a investigação do ‘roubo do século’ revelou até agora
Quase quatro meses após o ataque hacker que raspou R$ 813 milhões de bancos e fintechs, a Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão
Essa combinação de dados garante um corte da Selic em dezembro e uma taxa de 11,25% em 2026, diz David Beker, do BofA
A combinação entre desaceleração da atividade e arrefecimento da inflação cria o ambiente necessário para o início do ciclo de afrouxamento monetário ainda este ano.
O último “boa noite” de William Bonner: relembre os momentos marcantes do apresentador no Jornal Nacional
Após 29 anos na bancada, William Bonner se despede do telejornal mais tradicional do país; César Tralli assume a partir de segunda-feira (3)