Reforma administrativa não sai antes das eleições, admite relator da proposta na Câmara
O deputado Arthur Maia afirmou que faltou empenho do executivo para garantir que o texto fosse aprovado no Congresso

Uma das grandes promessas o presidente Jair Bolsonaro não poderá ser cumprida antes das eleições de 2022, é o que diz o relator da reforma administrativa na Câmara, Arthur Maia (DEM-BA). O deputado admitiu ao Broadcast que não vê possibilidade de o texto ser aprovado durante o atual governo.
Maia afirma que a dificuldade está no "timing" para votação do projeto: matérias polêmicas como a reforma podem ter tramitação travada no Congresso ano eleitoral. A precaução é para evitar desgaste entre os parlamentares e suas bases.
"Toda reforma, por mexer em estruturas, tem resistências. Na medida em que vai se aproximando da eleição, temas como esse são mais difíceis de tramitar na Câmara", lamentou.
Ficou para escanteio
O deputado também criticou a falta de empenho do Executivo em fazer a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) andar no Congresso. Para ele, o desinteresse é fruto da inviabilidade de se aprovar o texto ainda no governo Bolsonaro.
O Executivo encaminhou. A Câmara cumpriu a parte que lhe cabe. Agora, para que ela seja aprovada no Plenário da Câmara e do Senado, é preciso que haja participação efetiva do Poder Executivo. E eu não sinto isso, infelizmente. A exceção do ministro Paulo Guedes, que realmente tem demonstrado interesse grande na aprovação da reforma, o Palácio do Planalto não tem se movimentado.
Arthur Maia
A proposta, que mexe com direitos do funcionalismo público, foi aprovada em comissão especial da Câmara em setembro e agora precisa passar pelo plenário da Casa e do Senado, com votações em dois turnos em ambas. A PEC, no entanto, enfrenta resistência de congressistas e pressões de funcionários públicos, mas é defendida por Guedes como essencial para redução de gastos públicos.
*Com informações do Broadcast
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