4 fatos que mexem com o Ibovespa na próxima semana — incluindo Copom e IPO do Nubank
O principal índice acionário brasileiro terá um calendário cheio de eventos e dados econômicos para digerir ao longo dos próximos dias
Após uma primeira semana de dezembro que terminou com ganhos - mas abaixo dos 105 mil pontos - o Ibovespa reinicia as negociações amanhã (6) com um calendário cheio de eventos e dados econômicos para digerir ao longo dos próximos dias.
Entre os destaques, está a última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) neste ano, a volta da PEC dos precatórios à Câmara dos Deputados, os dados sobre a inflação em novembro e a definição do preço por ação para o IPO do Nubank, um dos mais aguardados dos últimos anos.
Confira os detalhes de cada um dos eventos abaixo:
1. Reunião do Copom
A tensão pré-Copom não deve influenciar tanto o Ibovespa no início da semana. Isso porque, depois de alterar o plano de voo na última reunião, o BC deve manter a nova rota estabelecida para sua última decisão sobre a Selic neste ano.
O comitê elevou a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano, em outubro e "contratou" um aumento da mesma magnitude para o encontro dessa semana. Se confirmada na quarta-feira (8), essa será a sétima alta consecutiva da Selic, que terminará o ano em 9,25%, seu nível mais alto em quase quatro anos e meio.
E não deve parar por aí: com a inflação pressionando, o JP Morgan acredita que o Banco Central manterá o tom duro na comunicação pós-decisão e sinalizará outro ajuste de 1,5 p.p. na primeira reunião de 2022, marcada para fevereiro.
2. PEC dos precatórios de volta à Câmara
Custou a ir ao plenário, mas, depois de dois adiamentos, a PEC dos precatórios foi aprovada no Senado e volta à Câmara nesta semana. Os investidores ficarão atentos às reações dos deputados às mudanças propostas pelos colegas senadores.
O Ibovespa também deverá repercutir o ritmo adotado para a tramitação do texto na Casa. A proposta, que prevê o adiamento das dívidas judiciais da União para liberar espaço no Orçamento, precisa novamente de uma aprovação em dois turnos antes de seguir para a promulgação.
Não há perspectivas de que a PEC seja votada ainda na próxima semana, mas os investidores esperam, no mínimo, a definição de uma data para a ida ao plenário.
3. IPO do Nubank
O IPO (Oferta Pública Inicial, da sigla em inglês) mais badalado de 2021 chega a um ponto crucial na próxima quarta-feira (8): a fixação do preço por ação. Neste dia, os investidores descobrirão quanto é necessário para garantir um "pedacinho" do Nubank.
A faixa indicativa vai de US$ 8 a US$ 9 por ação ordinária classe A e R$ 7,45 a R$ 8,38 por BDR. Com isso, o banco digital pode captar entre US$ 2,3 bilhões e US$ 3,4 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 13 bilhões a R$ 18,9 bilhões, e chegar ao mercado valendo em torno de US$ 40 bilhões.
O período de reserva das ações vai termina na próxima terça-feira (7) e a negociação dos papéis na B3, sob o código NUBR33, começa na quinta-feira (9).
Ficou na dúvida se vale a pena ou não participar? Nesta matéria te contamos tudo o que você precisa saber sobre o IPO do Nubank e se vale a pena investir ou não.
4. Inflação em novembro
Passado o turbilhão do Copom e Nubank, os investidores conhecerão o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro na sexta-feira (10). Nos últimos meses, o indicador calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem surpreendendo e amargando o Ibovespa com altas acima do esperado pelos analistas.
E, segundo indica a prévia oficial do IBGE, essa será mais uma ocasião com números indigestos. O IPCA-15 registrou alta de 1,17% em novembro, é o maior para o mês desde 2002, quando avançou 2,08%. A alta já é de 9,57% em 2021, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses o índice sobe 10,73%.
Ainda na sexta-feira, o mercado também receberá dados sobre a alta dos preços nos Estados Unidos. Apesar de passar longe dos patamares brasileiros, a inflação também preocupa por lá. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, já até abandou o discurso de "inflação transitória" que vinha sustentando até agora.
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