Usiminas (USIM5) lucra R$ 1,8 bi no trimestre e fica abaixo das projeções de analistas; ações caem forte
Companhia trouxe resultados decepcionantes no trimestre, com forte compressão nas margens; suas ações ficaram entre as maiores baixas do Ibovespa no dia
Com a queda no preço do minério de ferro nos últimos meses, o mercado já projetava um resultado mais fraco para as mineradoras e siderúrgicas na comparação com o segundo trimestre. No entanto, os números da Usiminas (USIM5) mostraram um impacto ainda maior que o previsto: as principais linhas do balanço ficaram abaixo das estimativas dos analistas.
É verdade que, em relação ao terceiro trimestre de 2020, há uma evolução significativa nos números da companhia. Veja a receita líquida, por exemplo: os R$ 9 bilhões contabilizados entre julho e setembro deste ano representam mais que o dobro do visto há um ano. Ainda assim, esperava-se mais da Usiminas — a média das projeções de quatro casas de análise consultadas pelo Seu Dinheiro apontava para uma receita de R$ 9,3 bilhões.
Boa parte dessa frustração se deve, justamente, ao braço de mineração da empresa: com a forte desvalorização recente da commodity, essa divisão teve uma queda de mais de R$ 700 milhões na geração de receita em relação ao segundo trimestre.
O efeito negativo sobre a geração de receita acabou se propagando por todo o balanço: o Ebitda de R$ 2,9 bilhões ficou quase 10% abaixo das estimativas dos analistas; o lucro líquido de R$ 1,8 bilhão foi 4% menor que o esperado pelo mercado — ambos recuaram na comparação trimestral, mas tiveram forte expansão frente ao terceiro trimestre de 2020.
Outro fator que pesou sobre o balanço foi uma provisão extraordinária de R$ 408 milhões, relacionada à baixa de ativos na Usina de Cubatão — tanto a pouca visibilidade na demanda quanto a idade avançada das instalações levaram a Usiminas a promover essa medida. Com isso, a empresa fechou o trimestre com uma despesa operacional de quase R$ 1 bilhão, o que impactou ainda mais o Ebitda.

A valorização do dólar também trouxe más notícias para a companhia no front do resultado financeiro. Como a Usiminas tem uma parte da dívida denominada em moeda americana, a variação cambial acaba jogando para cima o saldo do endividamento em reais; com isso, a despesa financeira da empresa subiu para R$ 250 milhões.
Leia Também
Por fim, com o minério de ferro mais barato, a unidade de mineração da Usiminas não foi a única afetada: as divisões de siderurgia e transformação do aço também foram impactadas e reportaram uma compressão de margens em relação ao segundo trimestre. Veja a tabela abaixo:
| (R$ mi) | Mineração | Siderurgia | Transformação do Aço |
| Receita líquida | 1.362 | 7.933 | 2.358 |
| Variação (vs. 2T21) | -35% | +3% | -2% |
| Ebitda | 685 | 2.138 | 277 |
| Variação (vs. 2T21) | -54% | -47% | -35% |
| Margem Ebitda | 50,3% | 25,8% | 11,80% |
| Variação (vs. 2T21) | -21 p.p. | -19 p.p. | -6 p.p. |
Nesse contexto, as ações PNA da Usiminas (USIM5) fecharam a sessão desta sexta-feira (29) em queda de 7,40%, a R$ 13,27 — foi um dos piores desempenhos entre todos os papéis do Ibovespa; com essa baixa, os papéis praticamente zeraram os ganhos acumulados no ano.
Usiminas (USIM5): tranquilidade no endividamento
No lado positivo, a Usiminas continuou mostrando uma geração robusta de recursos no terceiro trimestre. A posição de caixa e equivalentes aumentou em R$ 1,2 bilhão nos últimos três meses, chegando a R$ 7,3 bilhões ao fim de setembro.
Como a dívida bruta da empresa era de R$ 6,1 bilhões, a Usiminas fechou o trimestre com um caixa líquido de R$ 1,2 bilhão — uma posição que dá tranquilidade à empresa num momento de instabilidade nos preços do minério.
Usiminas (USIM5): vendas aquecidas
A companhia também divulgou uma projeção para os três últimos meses do ano: as vendas de aço pela unidade de siderurgia devem oscilar na faixa entre 1,1 e 1,2 milhão de toneladas — um volume praticamente estável em relação ao que foi visto no terceiro trimestre e ligeiramente abaixo do 1,3 milhão de toneladas comercializado no segundo trimestre.
Por fim, falando em indústria, nós apresentamos no nosso Instagram uma análise de mercado sobre a Weg (WEGE3), vista por alguns analistas como uma das melhores ações da bolsa brasileira.
Confira abaixo e aproveite para nos seguir no Instagram (basta clicar aqui). Lá entregamos aos leitores análises de investimentos, notícias relevantes para o seu patrimônio, oportunidades de compra na bolsa, insights sobre carreira, empreendedorismo e muito mais.
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
