Consumidores prestam atenção em pessoas e não em anúncios, diz sócio-fundador da Adventures
A agência criada há um ano para revolucionar não apenas o mercado publicitário, mas, com a própria forma como as companhias concebem e lançam novos produtos

Se você ou sua empresa ainda pensam que contratar uma celebridade para estrelar o “anúncio” de um novo produto é o ápice de qualquer campanha bem-sucedida de marketing, é bom prestarem atenção no que diz Ricardo Dias, ex-vice-presidente de marketing da AB InBev e sócio-fundador da Adventures, agência criada há um ano para revolucionar não apenas o mercado publicitário, mas, também, a própria forma como as companhias concebem e lançam novas linhas de produtos.
Dias não tem nenhuma dúvida de que o novo marketing exige que as pessoas sejam colocadas no centro de todo o processo. Ao participar da edição desta semana do RadioCash, podcast da Empiricus Research apresentado pela analista Larissa Quaresma e por Jojo Wachsmann sócio-fundador da Vitreo, o empreendedor afirmou que “as marcas do futuro serão lançadas, criadas e administradas por pessoas.”
Mas, de quais pessoas, ele está falando? O primeiro grupo é o das celebridades – artistas e esportistas que reúnem milhões de seguidores em suas redes sociais e que, portanto, influenciam o comportamento do mercado consumidor. O segundo grupo, claro, são os consumidores. No meio, estão as empresas que tentam tomar emprestadas a fama e a influência de uns para vender seus produtos para os outros. E é aí que a Adventures, fundada em sociedade com Rapha Avellar, enxerga inúmeras oportunidades.
Celebridades como alavanca
A primeira é desenvolver linhas de produtos em sociedade com as celebridades, mas de um modo muito mais profundo. Não se trata apenas de assessorar algum ex-BBB que deseja lançar uma grife de roupas. Trata-se de assumir o risco do negócio, captar recursos e empreender. Não é à toa que sua empresa foi batizada de Adventures – trata-se da junção de duas palavras que representam o cerne de seu negócio: advertising (publicidade) e venture (no sentido de empreender).
Na conversa com Larissa e Jojo, Dias cita vários exemplos bem-sucedidos de celebridades que se tornaram verdadeiras potências do mundo dos negócios, como as irmãs Kardashian e Cristiano Ronaldo. O jogador da Seleção de Portugal e do Manchester City, aliás, é apontado pelo empreendedor como um mestre na arte de transformar fama em vendas. “Ele dá uma aula de marketing para qualquer celebridade”, afirma Dias.
Em dezembro, a Adventures lançará sua primeira linha de produtos, em sociedade com uma celebridade. No modelo proposto pela empresa, a fatia do negócio que caberá ao famoso da vez está atrelada a diversos indicadores, como sua influência nas redes sociais, medida não apenas pela quantidade de seguidores, mas também pelo engajamento deles com as postagens. Mas, de uma coisa, a Adventures não abre mão – em todos os projetos, a agência terá o controle acionário.
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Dados preciosos
Ao explorar a força dos famosos nas redes sociais, Dias e seu sócio querem, também, inverter a hierarquia da mídia. “Começamos de baixo para cima: da comunidades, das redes sociais, até chegar à mídia tradicional, que é a que vai para os meios de comunicação”, explica. Essa estratégia tem, ainda, outra vantagem: conhecer em profundidade dos consumidores, algo difícil de se obter com as grandes mídias de massa.
Mais uma vez, Dias lembra de Cristiano Ronaldo. No site do craque português, as interações dos fãs não geram apenas comentários e visualizações de páginas, mas também vendas de artigos que vão de cuecas a acessórios. O mais precioso, contudo, é a informação gerada pelo rastreamento dos consumidores. “As grandes empresas dependem de intermediários para conhecer seus clientes, como os varejistas”, explica Dias. “E aí, faltam dados”.
Ao contar com a força das redes sociais e da internet para desenvolver marcas 100% nativas digitais, alavancadas pelo contingente de fãs de alguma celebridade, a Adventures amarra as pontas de seu modelo de negócios, reunindo preciosas informações para planejar seus próximos passos e se manter no mercado. “As empresas que não conhecem seus consumidores vão morrer”, sentencia o empresário. E, para usar uma expressão que Dias repetiu várias vezes no podcast: “tão simples, quanto isso”.
Ouça a seguir a íntegra do podcast RadioCash.
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