Quer investir em Itaú e XP? A Itaúsa (ITSA4) te dá exposição indireta — e está com preço descontado na bolsa
A Itaúsa (ITSA4) é uma holding de investimentos com posições relevantes no Itaú e na XP, mas que também tem fatias da Alpargatas e da Dexco
Se você deseja ser acionista da XP e acredita que suas ações têm espaço para continuar crescendo, há dois caminhos tradicionais: abrir uma conta numa corretora estrangeira e comprar os papéis negociados na Nasdaq ou adquirir os BDRs que são negociados na B3. Mas, se nenhuma dessas alternativas te agrada, há uma terceira saída — as ações PN da Itaúsa (ITSA4). No vídeo abaixo, nós explicamos um pouco mais sobre a tese de investimento nessa empresa:
A holding de investimentos, afinal, é dona de 559 milhões de ações da XP, o que equivale a 15,1% do capital social da empresa fundada por Guilherme Benchimol — uma fatia que, sozinha, vale mais de R$ 18 bilhões. Assim, comprar os papéis da Itaúsa oferece uma exposição indireta à XP e a muitas outras companhias.
E isso porque a Itaúsa possui participações relevantes em muitos outros negócios. O mais conhecido, naturalmente, é o Itaú (ITUB4) — ela é dona de 37,3% do banco. Mas a holding também possui investimentos relevantes em empresas como Dexco (DXCO3), Alpargatas (ALPA4) e Aegea Saneamento, apenas para citar alguns.
É um negócio semelhante ao que Warren Buffett conduz na Berkshire Hathaway: uma empresa que adquire participação em outras empresas, e vai administrando o seu portfólio de investimentos ao longo do tempo. Vendas de posição, compras de novas fatias, operações de fusão e aquisição — o sucesso depende da habilidade dos administradores para montar posição em empreendimentos bem-sucedidos.
E, de fato, as escolhas da Itaúsa têm sido certeiras. XP, Itaú, Alpargatas e Dexco tiveram resultados bastante fortes no terceiro trimestre deste ano, mostrando bastante resiliência num ambiente econômico turbulento; entre as empresas privadas, a Aegea destaca-se pelo rápido avanço no setor de saneamento.

Itaúsa (ITSA4): investindo numa holding
Se somarmos o valor de mercado de todos os investimentos da Itaúsa ao fim do terceiro trimestre, chegamos à cifra de R$ 118,4 bilhões. O valor de mercado da empresa ao fim de setembro, no entanto, era menor: cerca de R$ 93,6 bilhões. Por que ela não corresponde à soma das partes?
Leia Também
É o chamado desconto de holding: como é necessário ter toda uma estrutura operacional e administrativa para gerenciar esse tipo de negócio, suas ações e seu valor de mercado passam por uma correção negativa. Questões tributárias que incidem sobre a empresa também provocam esse efeito.
Outro ponto relevante do desconto é o risco associado a esse tipo de negócio. Holdings investem em várias empresas, e é de se esperar que alguns dos empreendimentos tenham desempenhos melhores que outros — no caso da Itaúsa, a NTS teve um trimestre particularmente fraco. Assim, o risco de que algum dos investimentos não vá tão bem acaba desencadeando um desconto adicional.
Comparando o valor de mercado da Itaúsa com a soma dos valores de suas participações, chegamos a uma taxa de desconto de 20,9% — quanto menor essa porcentagem, mais próximos estão os dois dados. A Itaúsa considera que essa taxa é excessivamente alta, embora ela estivesse ainda mais elevada no passado recente; ao fim do segundo trimestre, ela era de 23,9%.
ITSA4: ações descontadas
Dito isso, o desempenho das ações PN da Itaúsa (ITSA4) está bastante fraco: queda de 12,5% desde o começo do ano, abaixo do próprio Ibovespa, que recua pouco mais de 11%. O comportamento chama ainda mais a atenção porque Itaú PN (ITUB4), Alpargatas PN (ALPA4), Dexco ON (DEXC3) e XP estão todos com desempenhos melhores — ou possuem baixas menos intensas, ou acumulam ganhos em 2021.

Esse mau desempenho de ITSA4 é apontado por muitos analistas como um potencial ponto de entrada, dado o bom momento vivido pelas empresas em que ela tem investimento — seu lucro líquido cresceu 32,4% em um ano, chegando a R$ 2,4 bilhões ao fim do terceiro trimestre.
Em termos de valuation, ITSA4 é negociada abaixo de sua média de três anos, de acordo com dados do TradeMap:
- Preço/lucro: 6,7x atualmente, 8,7x projetado para 2022 (média de três anos de 10,9x);
- EV/Ebitda: 6,1x atualmente (média de três anos de 9,4x).
Ainda de acordo com o TradeMap, ITSA4 possui 8 recomendações de compra e 3 neutras, com preço-alvo médio de R$ 13,66 — o que representa um potencial de alta de 35% em relação às cotações atuais.
Para saber com mais detalhes sobre a tese de investimento em Itaúsa e a dinâmica de suas participações em outras empresas, basta dar play no vídeo abaixo:
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
