EUA: Temporada de balanços deve apontar queda de 12% nas receitas das empresas
Números seriam melhores do que os apresentados nos dois primeiros trimestres do ano, mas representam retração na comparação com o 3º trimestre
J.P. Morgan, Citi, e outros bancos americanos vão iniciar a temporada de balanços do quarto trimestre de 2020 na próxima semana, e a maioria dos resultados das empresas que compõem o índice S&P 500 vêm na sequência do mês de janeiro. O mercado espera mais um período de baixa, com receitas caindo 12% na comparação com 2019 e vendas caindo 6%.
Os números seriam melhores do que os apresentados nos dois primeiros trimestres do ano, quando as empresas enfrentaram a maior parte dos lockdowns resultantes da pandemia do novo coronavírus.
Mesmo assim é uma retração na comparação com o terceiro trimestre, quando as receitas caíram 8,6% e vendas, 3%. A segunda onda da covid-19 pode ser apontada como a principal razão para o recuo.
Apesar disso, um trimestre ruim não deve importar muito. O viés positivo do mercado deixa os investidores satisfeitos em ignorar os percalços no caminho e focar na recuperação do pós-pandemia. A atenção deles está em como as empresas vão gerir esse futuro. Enquanto o otimismo prevalecer, o mercado acionário não deve sentir efeitos dos resultados trimestrais.
Mais do que isso, esta temporada de balanços deve ser a última desafiadora. Com o início de 2021, as comparações anuais vão ficar mais suaves. As companhias vão apresentar crescimento, precisando apenas superar os baixos patamares de 2020.
O mercado espera até que as receitas e lucros das empresas do S&P 500 quebrem os patamares recordes de 2019, mas isso somente para o segundo semestre, uma vez que a vacinação contra a covid-19 avançar e a economia reabrir.
A vacina é tudo o que importa por meses. O forte rali das ações desde o segundo trimestre não vem sendo sustentado por uma análise de fundamentos, mas sim precificando o mundo pós-pandemia, com políticas fiscais e monetárias abrangentes que ajudam a fazer essa transição.
Por setor
Ações de empresas cíclicas e sensíveis à economia – como energia e indústria – vêm liderando o mercado desde o outono (primavera no Brasil), mas analistas esperam que as maiores quedas anuais aconteçam exatamente com as companhias energéticas, com 148% de queda nos lucros do setor no quarto trimestre, enquanto vendas podem cair 35%.
Os papéis do setor tiveram valorização de aproximadamente 30% nos últimos três meses, sustentadas por melhores preços no petróleo, que ainda acumula perda de 30% no último ano.
No setor industrial, a estimativa é de queda de 39% nos lucros e 14% nas receitas. Esses números seriam melhores que os dois trimestres anteriores, com a recuperação no setor manufatureiro global acelerando no fim do ano. Avanços sobre os baixos patamares podem ser vistos como uma vitória para as empresas do segmento.
Leia Também
Os lucros devem voltar ao campo positivo no primeiro trimestre de 2021, com as vendas subindo no período seguinte. Isso pode explicar o rali de 12% das empresas do setor no S&P 500 nos últimos três meses. Caterpillar avançou 23% no período. A General Electric tem alta de 71% desde o início de outubro.
Alguns dos melhores desempenhos baseados em fundamentos devem vir dos setores de saúde, consumo e serviços básicos - os clássicos segmentos defensivos. Lucros e vendas de saúde devem subir 13,7% e 5,5%, respectivamente.
Consumo deve ter avanço de 11% em lucros, em cima de receitas um pouco maiores, enquanto utilities devem ter um salto de 9,5% em vendas, mas queda de 4% em lucros. Mesmo assim, ações de utilities caem 2,3% nos últimos três meses, enquanto consumo subiu apenas 1,7%. Enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o Congresso mantiverem os estímulos, não espere uma corrida por ações defensivas.
As ações de empresas de tecnologia, que desde o fim do ano vêm com desempenho pior que as cíclicas, devem ter uma temporada dura de lucros. O setor cresceu em vendas e lucros nos primeiros nove meses de 2020, mas agora enfrentam uma comparação difícil com o mesmo período de 2019, que foi de recorde. A estimativa é de queda de 6% em lucros e 10% em vendas.
A pressão nos papéis de tecnologia com múltiplos altos devem aumentar se os resultados decepcionarem os investidores. Elas não vão receber o benefício da dúvida como indústria e energia. Já as ações cíclicas, o ajuste deve vir só depois da pandemia. Só aí os investidores vão avaliá-las por seus fundamentos novamente.
Fonte: Dow Jones Newswires
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva