Dasa levanta R$ 3,8 bilhões em oferta de ações, mas montante frustra; entenda por quê
Vendo a competição se acirrar no setor de saúde, rede de medicina diagnóstica busca recursos para crescer, mas encontra mercado retraído
Buscando recursos para conseguir fazer frente no ambiente cada vez mais duro do mercado de saúde, a Diagnósticos da América (DASA3) captou R$ 3,8 bilhões por meio de uma oferta restrita de ações (voltada apenas a um grupo de investidores institucionais).
Mas a operação não saiu do jeito que a companhia esperava, a começar pelo preço das ações. Após consulta com investidores, no processo conhecido como bookbuilding, os papéis foram precificados em R$ 58,00.
Inicialmente, segundo reportagens que saíram na mídia, a Dasa esperava que o valor ficasse entre R$ 64,90 e R$ 84,50 por ação, mas a atual situação do mercado – que resultou no cancelamento ou adiamento de diversas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) – levou a uma redução no valor pedido.
O preço final em que as ações saíram também está bem abaixo do valor em que elas fecharam o pregão de terça-feira (6), de R$ 144,00 – neste caso, é preciso destacar que as ações da Dasa apresentam pouca liquidez (apenas 2,5% do seu capital social é negociado no mercado), estando sujeitas a intensa volatilidade.
Como resultado, as ações registraram queda forte de 50,01% no pregão de hoje, fechando a R$ 71,99.
Sem lote adicional
Por conta da diminuição do preço desejado, a Dasa decidiu não complementar a oferta de 57.010.786 ações com o lote de papéis adicionais, que representa 20% do total (9.320.521 ações ordinárias). O lote suplementar (destinado aos bancos coordenadores) de 8.551.617 ações acabou exercido.
Leia Também
Diante dos valores pouco atrativos, a companhia controlada pela família Bueno, fundadora da Amil, decidiu colocar R$ 500 milhões na oferta para não ser diluída nesse nível, segundo informações do site “Brazil Journal”.
Uma fonte disse à publicação que o objetivo era demonstrar “comprometimento de longo prazo” e que o fundamento da Dasa “é melhor que o mercado aceita pagar nesse momento”.
Os coordenadores da oferta foram Bradesco BBI, BTG Pactual, BofA, Credit Suisse, Morgan Stanley, Safra, Santander Brasil e Banco Itaú BBA.
Para não ficar para trás
Uma das principais redes de medicina diagnóstica do país, a Dasa foi em busca de novos recursos enquanto vê seus principais concorrentes se movimentando para adquirir novos hospitais e clínicas, de olho na liderança do setor de saúde brasileiro.
A Rede D’Or (RDOR3) abriu o seu capital no ano passado, levantando R$ 11,4 bilhões. A empresa chegou à B3 avaliada em cerca de R$ 112 bilhões e está em busca de garantir sua posição como maior grupo hospitalar do país.
Para não ficarem para trás, a Hapvida (HAPV4) e a NotreDame Intermédica (GNDI3) anunciaram no final de semana que chegaram a um acordo para deixarem de brigar entre elas por ativos e combinarem os negócios, em transação que deve criar a maior operadora de saúde do país.
Fora que existem outros grandes nomes do setor prestes a realizar IPO para se fortalecerem financeiramente – os grupos Hospital Care, Kora Saúde e Rede Mater Dei.
Além de ser dona das redes de medicina diagnóstica Delboni e Lavoisier, a Dasa também atua no segmento hospitalar. No ano passado, ela adquiriu a rede de hospitais Leforte, em São Paulo.
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
