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Cotações por TradingView
Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Adeus B3?

Balanço da Natura (NTCO3) caiu como uma bomba sobre as ações, que derreteram mais de 15%; companhia estuda listar papéis nos EUA

A Natura (NTCO3) pode seguir o exemplo do Inter e transferir sua listagem primária de ações para Wall Street, mantendo a negociação no Brasil por meio de BDRs

Larissa Vitória
Larissa Vitória
12 de novembro de 2021
14:22 - atualizado às 19:02
Frasco de perfume com logo da Natura
Frasco de perfume com logo da Natura - Imagem: Shutterstock

Balanço trimestral com queda nos principais indicadores financeiros, início de um programa de recompra de ações e estudo para trocar a B3 pela Bolsa de Valores de Nova York (NYSE): os acionistas da Natura (NTCO3) têm muito o que digerir nesta sexta-feira (12).

Porém, pelo que indicam as ações, algo entre as informações divulgadas ontem à noite não caiu bem entre os investidores e gera um grande mal-estar no mercado. Os papéis da Natura &Co (NTCO3) amargaram uma queda brusca de 17,54% hoje, a R$ 33, segunda maior queda do Ibovespa no dia.

Entre a enxurrada de anúncios, um chama bastante a atenção. A Natura pode seguir o exemplo do Banco Inter (BIDI11) e transferir sua listagem primária de ações para a bolsa norte-americana, mantendo a negociação no Brasil por meio de BDRs — títulos que representam os papéis.

De malas prontas para partir?

Para fazer a troca, a empresa estuda a criação de uma nova holding domiciliada no Reino Unido. A escolha pelas terras da Rainha Elizabeth é estratégica: o grupo já possui uma presença relevante no país, que sedia duas de suas marcas, a The Body Shop e a Avon.

Há cinco objetivos centrais por trás da nova listagem, conforme explica a companhia em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM):

  • Aumentar a visibilidade e alcance da Natura, além de amplificar sua agenda de sustentabilidade;
  • Aumentar o acesso a investidores globais e diversificar ainda mais sua base acionária;
  • Expandir a cobertura por analistas de mercado;
  • Melhorar a liquidez das ações e acessar novas fontes de financiamento;
  • E alinhar sua estrutura corporativa e de capital à presença operacional global.

Números fracos provocam dor de estômago 

Apesar da possível saída da B3, os candidatos mais prováveis a levarem a culpa pela azia dos investidores são os números trazidos pelo balanço do terceiro trimestre da empresa, muitos deles com queda em relação ao mesmo período do ano passado e abaixo das expectativas dos analistas.

O lucro líquido, por exemplo, ficou em R$ 273 milhões, com recuo de 28,5% na comparação anual. A receita líquida também caiu 2,4%, para R$ 5,5 bilhões.

O desempenho fraco é resultado, principalmente, da queda na arrecadação das divisões Natura Brasil (-16,5%) e Avon Brasil (-18,4%). Segundo a companhia, o movimento também é explicado pela base recorde utilizada para comparação: no terceiro trimestre do ano passado a receita havia crescido 20%.

Para o JP Morgan, que recomenda venda para os papéis da Natura, os resultados refletem ainda três fatores principais:

  • a mistura entre competidores de primeira linha e um cenário macroeconômico fraco no Brasil;
  • alta na inflação da matéria-prima e desalavancagem operacional, parcialmente compensada pelas sinergias com a Avon;
  • e investimentos em crescimento represados, especialmente em marketing, durante a pandemia.

O BTG Pactual concorda que o trimestre não foi como o esperado, especialmente nas operações nacionais, mas segue otimista em sua análise da empresa. O banco de investimentos manteve a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 70 — o potencial de alta é de 112% em relação à cotação atual.

“Com uma estrutura melhor após dois aumentos de capital no ano passado, digitalização contínua dos representantes de vendas, oportunidades de vendas cruzadas com a Avon e captura rápida de sinergias, estamos otimistas quanto ao case de investimento da Natura”, escrevem os analistas em relatório divulgado hoje.

Recompra de ações não evita mal-estar

Os analistas do JP Morgan já esperavam que os números não seriam bem recebidos pelo mercado, mas apostavam que o anúncio do programa de recompra de ações evitasse uma queda brusca.

A Natura pretende recomprar até 37,5 milhões de ações nos próximos 12 meses, montante que equivale a 4,44% dos papéis em circulação.

O objetivo é, de acordo com a companhia, “maximizar a geração de valor para os acionistas por meio de uma administração eficiente de sua estrutura de capital”.

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