O Inter (BIDI4/BIDI11) está de malas prontas para deixar a B3 e listar ações nos Estados Unidos. Mas, enquanto ainda está por aqui, o banco digital aproveitou para lucrar R$ 19,2 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 8 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
No acumulado nos primeiros nove meses do ano, o lucro consolidado chegou a R$ 58,3 milhões e também se afastou do número negativo de R$ 13,8 milhões visto entre janeiro e setembro de 2020.
De acordo com o banco, o resultado se deve a um crescimento nas receitas de operação de crédito e ao aumento expressivo de transações realizadas no Marketplace.
O Inter também celebrou no período a marca de 14 milhões de clientes, um salto de 94% na comparação com o terceiro trimestre do ano anterior. A média de abertura de contas digitais aumentou 56% e foram cerca de 33 mil novos cadastros por dia útil em setembro.
Mudança para os EUA
Apesar das conquistas financeiras, os acionistas também anseiam por novos detalhes sobre a listagem do banco digital nos Estados Unidos. A reorganização prevê que quem possui ações do banco receberá BDRs na mesma proporção que detém hoje. Ou seja, os direitos econômicos não mudam, apenas o poder de influência nas futuras assembleias.
Hoje o Inter possui ações preferenciais (BIDI4) e units — certificados que representam duas ações PN e uma ON negociados na B3. O pedido de registro de Programa de BDRs Nível I Patrocinado está em análise final pela CVM, segundo o banco.
Mas quem decidir não aceitar a mudança poderá optar por receber a sua parte em dinheiro. O valor a ser recebido nesse caso ainda será estabelecido em um laudo de avaliação. O documento será elaborado por uma instituição independente indicada pelos membros independentes do conselho de administração do Inter.