Sem Guedes no prato principal, investidor deve se contentar com turbulência na Câmara
Enquanto você termina seu café e tenta conectar o fone para a próxima reunião online, veja o que mais pode afetar os mercados nesta quinta-feira (18)

Você chega na padaria e pede um café preto e um pão na chapa. Em seguida, chega na sua mesa um pedaço de melão e um chá fraco de limão, sem açúcar. Esse foi o sabor de quem esperava a volta do carnaval com boas notícias vindas de Paulo Guedes e sua equipe econômica e ganhou turbulências políticas na Câmara.
Com a prisão de um membro do antigo partido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), investidores temem que o embate entre a Câmara e o STF tire o foco do que realmente importa: os pacotes de reformas, discussões sobre o auxílio emergencial e novos imunizantes para a campanha de vacinação do país.
No exterior, a ata do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, não se deixou abalar pelos dados da inflação, que vieram acima do esperado. A Europa também segue sentindo os efeitos dos balanços divulgados esta manhã.
Enquanto você termina seu café e tenta conectar o fone para a próxima reunião online, veja o que mais pode afetar os mercados nesta quinta-feira (18):
Prisão de parlamentar
O tema que deve ser custoso para a política nacional é a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar publicou um vídeo no qual ataca o Supremo Tribunal Federal (STF) e faz apologia ao Ato Institucional número 5, o AI-5, da época da ditadura militar.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentou acalmar os ânimos com o STF, mas não funcionou. Daniel Silveira, que possui imunidade parlamentar, deve ser julgado pelo plenário da Câmara, que dirá se ele deve permanecer preso ou não. Integrantes do Congresso temem que isso abra um precedente para que outros representantes do legislativo também possam ser presos durante o mandato.
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Enquanto isso, os debates sobre as reformas seguem paralisados na Casa. Os investidores temem que esse fato atrase ainda mais as PECs que tratam das questões fiscais.
Vacinação
Com diversos estados e municípios parando suas campanhas de imunização por falta de vacinas, governadores seguem fazendo pressão no ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele reafirmou que pretende imunizar toda a população brasileira até o final deste ano e apresentou um cronograma que não animou.
Nesse plano, ele inclui vacinas como Sputnik V, Covaxin e Moderna, que ainda não foram compradas pelo país. O ministro prometeu entregar 230,7 milhões de doses de vacinas até julho e 454,9 milhões em 2021 inteiro.
Fechamento de ontem
O segmento das commodities deu o tom do mercado ontem (17), com destaque especial para os setores de mineração e petróleo. O bom desempenho de empresas com ações no exterior enquanto a bolsa não abria por aqui foi positivo para empresas como Vale, CSN e Usiminas.
Também a Petrobras teve seu dia de glória ontem, impulsionada pela alta do preço do petróleo WTI e após o anúncio do fechamento de refinarias depois de uma forte nevasca no estado norte-americano do Texas. Somado a isso, ainda há rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) pode voltar a elevar a produção, com uma confiança maior na recuperação dos preços.
Com as siderúrgicas e petroleiras em alta, o Ibovespa encerrou o pregão de ontem com alta de 0,78%, aos 120.355,79 pontos e o dólar à vista, seguindo a tendência mundial de valorização da moeda, também terminou com ganhos de 0,76%, a R$ 5,4152.
Internacional
Após o feriado do ano lunar chinês, as bolsas da Ásia voltaram a operar e fecharam sem direção definida, em um movimento de realização de lucros. Wall Street também encerrou o dia de maneira mista, com os investidores repercutindo de maneira cautelosa os dados do varejo e inflação de ontem.
Na divulgação de ata, o Federal Reserve informou que manterá a política de compra de ativos até atingir suas metas de geração de emprego e renda. No mesmo documento, o comitê do Fed afirmou que segue monitorando o panorama da crise, e pode alterar suas políticas em caso de riscos para as metas.
O que realmente está no radar do investidor norte-americano é a aprovação do pacote de ajuda fiscal do presidente Joe Biden que, segundo os democratas, deve estar melhor delimitado no final de semana. Enquanto isso, o tom nas bolsas do exterior deve ser de cautela.
Na Europa, os índices ainda estão digerindo o balanço das empresas, como Carrefour, que reportou um lucro 43% menor em 2020, Airbus, que também encerrou o ano no vermelho, e Credit Suisse, com o primeiro prejuízo trimestral (de outubro a dezembro) desde 2017. Assim, os índices europeus operam no vermelho.
Agenda do dia
Hoje, a FGV divulga o índice de preços ao consumidor (IPC) da segunda quadrissemana de fevereiro e a segunda prévia do índice geral de preços (IGP-M) no mesmo horário (8h).
Ainda no país, o Banco Central mostrará os dados do fluxo cambial da semana do dia 8 até o dia 12 deste mês (14h30).
Empresas
O grupo Carrefour Brasil divulgou que teve lucro 43% menor no ano de 2020 do que em 2019. As vendas líquidas anuais recuaram 2,3%, mas considerando a taxa de câmbio constante, houve aumento de 4,3% nas vendas.
O Carrefour pretende garantir redução de custos adicional de 2,4 bilhões de euros anualmente até 2023, assim como obter fluxo de caixa livre de mais de 1 bilhão de euros por ano a partir deste ano. Às 10h, executivos comentam o balanço aqui no Brasil em teleconferência.
A Airbus também não teve os melhores resultados no acumulado de 2020, mas conseguiu encerrar o quarto trimestre com ganhos de 1,83 bilhão de euros e a receita somou 19,75 bilhões.
Após o fechamento, IRB e JHSF também divulgam seus balanços.
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