Governo de cidade chinesa assume o controle do estádio do Guangzhou Evergrande, estimado em mais de R$ 10 bilhões
Arena começou a ser construída em abril do ano passado, mas crise da Evergrande levou à paralisação da obra
A crise da megaincorporadora Evergrande tem levado a desdobramentos no mínimo curiosos.
Há apenas alguns dias, a endividada empresa chinesa fechou um acordo para vender sua produtora de filmes.
Algumas semanas antes, uma das apostas para a saída da crise era a unidade de carros elétricos da Evergrande.
Agora, a prefeitura de Guangzhou vai assumir o controle do estádio - ainda em fase de construção - do Guangzhou Evergrande, time de futebol de propriedade da empresa.
Pelo menos é que assegurou uma fonte no governo chinês à agência de notícias Reuters.
Mas espera aí?
A Evergrande não é uma incorporadora imobiliária? Sim, mas suas atividades vão muito além da construção.
Como é relativamente comum em países como China, Coreia do Sul e Japão, as grandes empresas espalham seus tentáculos por diversas outras atividades econômicas à medida em que vão crescendo.
No caso da Evergrande, além da produtora de cinema, do time de futebol e da unidade de carros elétricos, há ainda investimentos em parques temáticos, nos setores financeiro, de seguros, de saúde, na indústria alimentícia.
E esse estádio aí?
O estádio do Guangzhou Evergrande foi concebido com a pretensão ser o maior do mundo em capacidade de público – nos padrões atuais.
O projeto arquitetônico também é ousado. Quando pronta, a arena deve ter o formato de uma flor de lótus.
Estimada em 12 bilhões de renminbis (equivalente a US $ 1,86 bilhão, ou R$ 10,4 bilhões), a obra começou em abril do ano passado.
A expectativa era de que a construção fosse concluída no fim de 2022. Entretanto, a dívida de mais de US$ 300 bilhões da Evergrande resultou na paralisação da obra. Segundo uma das fontes consultadas pela Reuters, o canteiro está parado há cerca de três meses.
Como deve ficar
Agora, um órgão do governo municipal de Guangzhou assumiu o controle do estádio, mas já com a ideia de vendê-lo.
Enquanto não for encontrado um comprador, a prefeitura exercerá o controle do imóvel por meio de uma autarquia.
Evergrande também quer vender sua fatia no Guangzhou FC
Além do estádio, enquanto conta mais do que moedas para sair da crise, a Evergrande também tem planos de vender o Guangzhou FC, clube do qual é sócia desde 2010 junto com a grupo Alibaba, do bilionário Jack Ma.
O Guangzhou Evergrande é famoso entre os brasileiros pelas passagens de jogadores como Robinho (ex-Santos), Paulinho (ex-Corinthians) e Ricardo Goulart (ex-Cruzeiro e Palmeiras), além do técnico pentacampeão do mundo Luiz Felipe Scolari.
Nas últimas semanas, porém, a crise enfraqueceu bastante o time, que em anos recentes disputou em duas ocasiões o Mundial de Clubes da Fifa. Goulart e o técnico italiano Fabio Cannavaro foram as principais baixas.
*Com informações da Reuters.
Elon Musk e Warren Buffett na mira do Alibaba: Saiba como a chinesa quer brigar com a Tesla e a BYD
As companhias asiáticas anunciaram nesta manhã o lançamento de um centro de computação para treinar o software para automóveis autônomos
Alibaba (BABA34) tem plano de listagem primária de ações em Hong Kong
Segundo o Alibaba, processo deve ser concluído até o fim deste ano e o plano é manter os papéis listados tanto na China quanto nos EUA
Jack Ma foi preso? Ação da Alibaba despenca com notícia de prisão de um Ma – e não era o Jack
Posterior esclarecimento de que a pessoa presa não era Jack Ma levou à recuperação das ações da Alibaba na bolsa de Hong Kong
É a hora do Alibaba (BABA34)? Governo da China quer estimular a economia local e as big techs chinesas
Com crescimento mais lento da economia em três décadas, autoridades chinesas decidem reduzir a repressão e oferecer estímulos financeiros para o setor de tecnologia
A Alibaba aumentou seu programa de recompra de novo – e as ações dispararam em Hong Kong
Depois de ver suas ações atingirem a mínima histórica em 11 de março, a Alibaba elevou seu programa de recompra pela segunda vez em menos de um ano
Investidor superestima a China no curto prazo e subestima no longo prazo, diz Rodrigo Zeidan, professor da New York University Shangai
Em bate-papo com Jojo Washman, sócio-fundador da Vitreo, e com a jornalista Roberta Scrivano, ele também classifica a China como capitalista e fala do poder das fintechs no país
Tencent e JD.com anunciam separação, mas vão continuar amigas: Gigante da tecnologia oferece mais de R$ 90 bi em ações da empresa de e-commerce como dividendo e cede controle
Os acionistas da Tencent ganharão uma ação da JD.com para cada 21 ações que detiverem na carteira; Wal-Mart passará a deter a maior fatia
Crise das big techs chinesas atinge em cheio o SoftBank
Ações do grupo japonês de tecnologia caíram mais de 8% hoje, afetadas pelo noticiário envolvendo a Alibaba e a Didi
O que está por trás da ofensiva do governo da China contra os bilionários e detentores de grandes fortunas
Aperto regulatório, medidas contra a formação de monopólios e estímulo à filantropia estão entre as ações adotadas por Pequim para mitigar as desigualdades no país
Os 5 BDRs que têm tudo para voar alto com o consumo cada vez mais forte na China
As vendas no varejo na China sobem forte desde o começo do ano. Veja algumas empresas com forte exposição ao mercado chinês e com BDRs na B3
Leia Também
-
Fundo que detém direitos de músicas de Beyoncé e Shakira anuncia venda de US$ 1,4 bilhão a investidor
-
Invasão da China: como Biden e Trump querem frear os elétricos chineses liderados pela BYD nos EUA
-
Bitcoin (BTC) cai e atinge menor nível em quase um mês — mesmo depois de uma ótima notícia para o mercado de criptomoedas