Alibaba (BABA34) tem plano de listagem primária de ações em Hong Kong
Segundo o Alibaba, processo deve ser concluído até o fim deste ano e o plano é manter os papéis listados tanto na China quanto nos EUA
Há dias em que parece não haver limite para as ambições e planos das big techs chinesas, e um exemplo disso é o Alibaba (BABA34). Após um IPO badalado na NYSE em 2014, a gigante do comércio eletrônico informou que deseja fazer uma listagem primária de suas ações em Hong Kong.
Assim, o Alibaba teria dupla listagem — na China e nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, a empresa tem recibos de ações (BDRs), negociados com o código BABA34.
Segundo o Alibaba, o processo deve ser concluído até o fim deste ano, e o plano é manter os papéis da empresa listados tanto na China quanto nos EUA.
Mas a ideia não surgiu por acaso, já que empresas do gênero estão enfrentando maior pressão regulatória nos últimos meses. Estima-se que pelo menos 250 companhias chinesas, inclusive o Alibaba, cogitem sair do solo americano.
Uma das demandas das autoridades dos Estados Unidos é que reguladores do próprio país façam auditorias nas empresas chinesas. Até o momento, os dois países não chegaram a nenhum acordo.
De acordo com Daniel Zhang, CEO do Alibaba, o movimento busca promover uma base de investidores "mais ampla e diversificada", reforçando sua aposta na economia chinesa.
A reação das ações do Alibaba
Nesta manhã, as ações do Alibaba chegaram a subir 4,7% durante o pré-mercado americano. Em Hong Kong, os papéis subiram 6,5% nas máximas do dia.
Atualmente, o Alibaba possui um valor de mercado estimado em US$ 275,6 bilhões. Já as ações listadas nos Estados Unidos passam por queda de 14,93% no ano e baixa de 13,45% em um mês, pressionadas principalmente pelas questões regulatórias recentes.
As pressões chinesas
Há poucos meses, diante do crescimento mais lento da economia em três décadas, autoridades chinesas decidiram reduzir a repressão e oferecer estímulos financeiros para o setor de tecnologia, algo que pode beneficiar o Alibaba.
No fim de abril, quando o assunto ganhou destaque, investidores correram para comprar ações das big techs chinesas de olho na valorização futura que essas medidas poderiam trazer.
Entre as promessas do governo chinês estão a garantia de “cadeias de suprimentos em setores-chave” e respostas às demandas das empresas de investimento estrangeiras por um ambiente operacional de negócios mais simples.
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