Dirigente do Fed ‘amansa’ discurso e puxa recuperação das bolsas globais; Ibovespa sobe com commodites e dólar recua
As falas dos dirigentes do Fed ganham destaque e devem calibrar as expectativas do mercado nos próximos dias. Puxado pelas commodities, o Ibovespa retornou aos 129 mil pontos. O dólar recuou 1%
O reposicionamento de marca anda em alta entre as empresas brasileiras e não lembro mais a última semana que não tivemos pelo menos um anúncio do tipo. Mas essa não parece ser uma exclusividade local. Lá fora, parece que o movimento também é tendência entre os dirigentes do Federal Reserve.
Na semana passada, não foram só as projeções mais duras dos dirigentes do Banco Central americano com relação à inflação e a retomada da alta dos juros (em 2023) que pressionaram o mercado. James Bullard, presidente da distrital do Fed de St. Louis, chacoalhou Wall Street dois dias depois da decisão do Fed, em um momento em que os investidores começavam a se acomodar com a nova leitura de cenário.
Na sexta-feira, Bullard defendeu uma mudança na política monetária para que a inflação de fato recue. Hoje, o dirigente voltou a se pronunciar e apresentou uma mudança significativa no discurso. Ele afirmou que as autoridades monetárias "estão apenas no início" do processo de discussão e que "levará algum tempo" até que o processo seja colocado em andamento.
Mostrando que o assunto está longe de ser um consenso, Robert Kaplan, do Fed de Dallas, defendeu a discussão de um aperto monetário, mas o mercado decidiu focar em Bullard. Esse novo posicionamento foi o combustível para que as bolsas globais buscassem se recuperar da queda expressiva da semana passada. Nos Estados Unidos, o Nasdaq avançou 0,79%, o S&P 500 subiu 1,40% e o Dow Jones teve alta de 1,76%.
Por aqui, o Ibovespa também teve contribuições positivas do setor de commodities. Ainda que o minério de ferro tenha tido mais um forte recuo na China, a Vale e as siderúrgicas buscaram uma recuperação. O petróleo também impulsionou as ações da Petrobras. Não dá para deixar de citar também a Eletrobras, que teve um novo dia de alta enquanto aguardava o desfecho da discussão, na Câmara, da MP que abre caminho para a sua privatização.
O principal índice da bolsa brasileira teve alta de 0,67% aos 129.264 pontos. Com um recuo do Dollar Index e mais um dia de forte entrada de fluxo estrangeiro, o dólar à vista caiu 0,91%, a R$ 5,0227.
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Depois de uma semana de alta intensa, os principais contratos de DI fecharam em queda. Confira as taxas do dia:
- Janeiro/2022: de 5,63% para 5,58%
- Janeiro/2023: de 7,22% para 7,11%
- Janeiro/2025: de 8,31% para 8,35%
- Janeiro/2027: de 8,78% para 8,82%
O dia das commodities
O tombo do minério de ferro na China pressionou, mas não deixou a Vale e as siderúrgicas no vermelho nesta segunda-feira. Ao invés de seguir o movimento internacional, as companhias avançaram, buscando uma recuperação após as quedas recentes.
O gigante asiático segue tentando controlar o mercado da commodity. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) segue tentando reprimir a especulação no mercado à vista de minério de ferro. Para isso, a entidade abriu investigações para punir as irregularidades, com o objetivo de manter o bom funcionamento dos negócios.
O petróleo também teve um dia positivo, o barril do WTI para agosto teve alta de quase 3%. O Brent subiu quase 2%, puxando as ações da Petrobras.
É hoje?
Com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções dos investidores locais se voltaram mais uma vez para Brasília, onde a MP da Eletrobras voltou a ser discutida na Câmara.
O prazo está apertado e o tema deve ser aprovado até amanhã ou o texto perderá a validade. A plenária que deu início ao tema começou no fim da tarde. A expectativa é que a pauta seja aprovada depois dos dias difíceis e placar apertado no Senado.
Atualização: após o fechamento do mercado, a Câmara aprovou o texto-base da MP.
Sobe e desce
As ações do GPA são puxadas pela notícia de que Michael Klein, da Via, começou a montar posição acionária na companhia. A informação é da coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal "O Globo". Após o fechamento do mercado, a Broadcast informou que o grupo francês controlador da companhia, o Casino, contratou um banco para se desfazer da sua parte na empresa.
De olho no desdobramento das discussões em Brasília, as ações da Eletrobras tiveram mais um dia de forte alta. Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| PCAR3 | GPA ON | R$ 40,35 | 7,80% |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 28,25 | 5,06% |
| COGN3 | Cogna ON | R$ 4,78 | 4,60% |
| VVAR3 | Via Varejo ON | R$ 15,73 | 3,69% |
| ELET6 | Eletrobras PNB | R$ 47,56 | 3,73% |
Com exceção da Eletrobras, o setor elétrico esteve sob intensa pressão no pregão de hoje. A notícia de que a tarifa da bandeira vermelha pode ter uma alta de 60% pressiona as companhias. A medida deve ter um impacto negativo no já alto índice de inflação e aumentar os efeitos negativos da crise hídrica. Confira também as maiores quedas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| GNDI3 | NotreDame Intermédica ON | R$ 84,74 | -2,24% |
| CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 21,68 | -1,83% |
| ENBR3 | Energias do Brasil ON | R$ 18,83 | -1,77% |
| CMIG4 | Cemig PN | R$ 13,04 | -1,73% |
| B3SA3 | B3 ON | R$ 17,08 | -1,73% |
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