🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO

Commodities dão força extra e bolsa fecha o dia em alta firme enquanto NY fica no vermelho

Com o exterior negativo, restou ao setor de commodities e energia salvar o Ibovespa da cautela. O dólar à vista aproveitou e teve um dia de leve queda

Jasmine Olga
Jasmine Olga
11 de maio de 2021
18:43 - atualizado às 11:00
Imagem: Shutterstock/Andrei Morais

É um pássaro? É um avião? Não, é o minério de ferro na casa dos US$ 230 puxando todo o setor de mineração e siderurgia, evitando assim (mais uma vez) que o Ibovespa ceda e feche o dia no vermelho. 

Nesta missão de levar a bolsa brasileira na direção contrária dos índices em Wall Street a colaboração das ações da Eletrobras foi essencial. Com mais um sinal positivo de que a privatização está no caminho certo, o mercado foi às compras, colocando tanto as ações ON quanto as PNB no carrinho. 

O dia prometia ser de holofotes para a ata da última reunião do Copom e os dados de inflação, mas não teve jeito. As commodities roubaram a cena. E não foram só as metálicas não. A Petrobras também avançou quase 2% - o petróleo teve um dia bem volátil, mas acabou fechando em alta. 

Missão dada é missão cumprida e o Ibovespa fechou o dia nas máximas, com alta de 0,87%, aos 122.964 pontos. O placar parece folgado, mas para chegar até aqui foi um caminho com muitos obstáculos. Lá fora, o temor de uma pressão inflacionária nos Estados Unidos segue firme e forte, deixando Wall Street no vermelho e levando o retorno dos Treasuries a ter mais uma disparada. Sem falar no tradicional risco-Brasília, que nunca sai de moda. 

O dólar à vista foi sustentado pelo apetite por risco doméstico e o fluxo estrangeiro para o setor de commodities e acabou cedendo 0,18%, a R$ 5,2227. Mas, assim como na bolsa, o dia foi de alta volatilidade - a moeda americana foi de uma alta de quase 1% na máxima para um fechamento em queda.

Na reta final do pregão a queda das bolsas americanas deu uma amenizada. O comentário de um dos dirigentes do Federal Reserve agradou o mercado e fortaleceu o movimento de recuperação que já vinha desde o meio da tarde. James Bullard afirmou que a inflação em 2021 não deve superar os 3% e, no longo prazo, deve ficar dentro da meta. 

Mas não deu tempo de reverter o quadro. Depois de uma queda expressiva na sessão de ontem, o Nasdaq recuou apenas 0,09%. Já o Dow Jones teve queda de 1,36% e o S&P 500 caiu 0,87%. O comentário, no entanto, não teve impacto nos juros americanos, que acabaram fechando em alta. 

No Brasil, os contratos de DI mais curtos tiveram um dia de queda expressiva, em ajuste após a divulgação da ata do Copom. Confira as taxas de fechamento: 

  • Janeiro/2022: de 4,84% para 4,78%
  • Janeiro/2023: de 6,65% para 6,50%
  • Janeiro/2025: de 8,16% para 8,07%
  • Janeiro/2027: de 8,69% para 8,66%

Tônico de força

O minério de ferro continua protagonizando voos cada vez mais altos. Com a demanda em alta, a produção reduzida e os atritos entre China e Austrália - que podem prejudicar o abastecimento da segunda maior economia do mundo -, a commodity alcançou a casa dos US$ 230. Desde o início da pandemia o rali segue e parece longe de parar. 

Quem não tem do que reclamar são a Vale e as siderúrgicas. Em conjunto, elas possuem uma representação muito expressiva no Ibovespa, o que explica o saldo positivo da bolsa brasileira mesmo em meio às constantes tensões em Brasília e problemas fiscais. 

Hoje, no entanto, Brasília também ajudou a impulsionar o principal índice da bolsa para cima. O governo voltou a sinalizar avanços no processo de privatização da Eletrobras. 

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sinalizou mais uma vez para a capitalização da companhia e afirmou que a estimativa é de que a privatização seja concluída até janeiro de 2022. A Câmara dos Deputados vota a medida provisória que abre caminho para a operação na próxima semana. Confira os principais destaques do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
ELET3Eletrobras ONR$ 39,576,54%
ENEV3Eneva ONR$ 16,204,85%
ELET6Eletrobras PNBR$ 39,824,54%
VALE3Vale ONR$ 118,723,51%
GGBR4Gerdau PNR$ 37,653,49%

Quem não conseguiu surfar essa onda foi o setor tech - que acompanhou o Nasdaq - e o varejo - um dos maiores dependentes da rápida vacinação da população. Confira também as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
TOTS3Totvs ONR$ 31,80-3,69%
LCAM3Locamérica ONR$ 25,71-2,13%
UGPA3Ultrapar ONR$ 19,44-2,11%
RADL3Raia Drogasil ONR$ 26,83-2,04%
HGTX3Cia Hering ONR$ 28,17-1,85%

Otimista, mas depende

A ata do Copom sinalizou que a instituição está preocupada com o avanço da pandemia e reafirma que a vacinação (que ainda patina no país) terá efeito significativo na retomada econômica. 

Enquanto isso, o IPCA, índice oficial de inflação, desacelerou na passagem de março para abril. “Aparentemente soa como um alívio, mas no acumulado é preocupante”, afirma Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, lembrando que nos últimos 12 meses o índice acumula alta acima do centro da meta. 

Para a economista, o cenário ainda preocupa principalmente porque o ambiente global - com excesso de estímulos fiscais e monetários - é mais inflacionário e a pressão das commodities deve ser sentida. Dois pontos mais uma vez reforçados pela ata do Copom, assim como foi no comunicado. 

O Banco Central se mantém otimista com a retomada da economia no segundo semestre. Para a autoridade monetária, a economia deve se recuperar na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos "de forma mais abrangente". 

Abdelmalack, no entanto, é menos otimista. Embora a economista enxergue uma janela de oportunidade na taxa de câmbio com a superação do orçamento, ela também acredita que os últimos seis meses do ano devem ser marcados pela retomada da preocupação com o político-fiscal. 

Na última reunião, o Copom elevou a taxa básica de juros, de 2,75% para 3,50% e sinalizou mais uma vez com uma “normalização parcial” da Selic. O mercado agora segue atento para sinais de que o ciclo de alta esteja chegando ao fim - o que, segundo as projeções, deve ocorrer na faixa dos 5,5% ao ano. 

  • O Seu Dinheiro preparou um comparativo entre as duas últimas atas do Copom. Confira aqui.

*Colaborou: Rodrigo Barreto, analista da Necton

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar