Paulo Guedes e Jair Bolsonaro estiveram, nesta terça-feira, 7, em encontro de empresários promovido pela Confederação Nacional da Indústria. O presidente ressaltou que o ministro da Economia é "a confiança no mercado".
Apesar de ter sido fiador da candidatura de Bolsonaro junto a investidores, o ministro vem perdendo apoio e tem alfinetado analistas.
Paulo Guedes argumentou que o Brasil não deve entrar em uma nova recessão a despeito da alta de juros para combater a inflação.
"A inflação está subindo no mundo todo e o Banco Central está subindo os juros. Isso desacelera crescimento, mas não causa recessão, sobretudo porque a taxa de investimento do Brasil está chegando a 20% do PIB, que é o pico desde 2014", afirmou.
Mais uma vez, o ministro garantiu que a economia brasileira crescerá em 2022. "Quando olho para o futuro, não consigo ver o Brasil não crescer. Evidentemente há dificuldades pela frente, não somos ufanistas ou irreais. Mas temos que resistir e reagir ao ceticismo dos perdedores das eleições anteriores que atolaram o Brasil em crescimento um zero", completou.
Guedes reclamou que os analistas estrangeiros olham para o governo com o olhar "dos derrotados nas últimas eleições".
"Previram que íamos ficar em depressão e voltamos em V. Diziam que o V era de virtual, que eu estava imaginando. Agora dizem que estou imaginando um Brasil que não existe para 2022. O ceticismo vai sendo rolado ano após ano", afirmou.
Para Guedes, rejeitar a taxação de dividendos é sinal de "pouca inteligência"
O ministro disse que enviou as propostas de reformas para o Congresso, citando a administrativa e a tributária - que não têm previsão de serem votadas.
Repetiu também a avaliação de que não aprovar a proposta de taxação de 15% sobre os dividendos é um sinal de "pouca inteligência". "É neste momento que tínhamos que acenar com impostos mais baixos para as empresas, para trazer o dinheiro do mundo inteiro nas nossas novas fronteiras de investimentos: petróleo, gás natural, cabotagem, saneamento, energia, aeroportos, ferrovias e rodovias", completou.
Jair Bolsonaro, por sua vez, corroborou a avaliação do ministro ao afirmar que o Brasil "mais do que recuperou" a credibilidade no exterior.
“Brasil é uma certeza. E obviamente nós temos que estar confiantes aqui também", disse o presidente. "Não tem por que não sermos otimistas, estamos muito bem nas relações internacionais", acrescentou. "No futuro, vamos dar graças a Deus à forma como o Brasil está se comportando."
*Com informações de Estadão Conteúdo.