Fed dá o próximo passo, BC aumenta o tom e Inter e Americanas se preparam para ir à NY

A volta à rotina do mercado financeiro após o feriadão vai ter que esperar mais um pouco. Mal deu tempo de desfazer as malas antes de encarar uma quarta-feira de muita instabilidade no Ibovespa.
O dia foi recheado de acontecimentos importantes. Não chegou a ser uma Super-Quarta, mas os olhos dos investidores não desgrudaram dos bancos centrais brasileiro e americano (o Federal Reserve).
O Fed (e o mercado financeiro) passou os últimos meses preparando o terreno para o anúncio que foi feito hoje: chegou a hora de reduzir a injeção de liquidez no mercado. O ritmo de compra de ativos começará a ser reduzido em US$ 15 bilhões ainda em novembro, mas a taxa básica de juros não deve ser alterada tão cedo.
Na coletiva após a decisão, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fez questão de garantir ao mercado que o ambiente ainda demanda medidas acomodatícias.
Depois de tanta antecipação, a oficialização nem doeu tanto assim. A quarta-feira que começou morna acabou em recorde triplo em Nova York — o S&P 500 avançou 0,65%, o Nasdaq subiu 1,04% e o Dow Jones avançou 0,29% — e um desfecho para o anúncio mais esperado dos últimos meses.
Enquanto Powell fala em manter a taxa básica de juros no nível atual por mais algum tempo, o Banco Central brasileiro já admite que pode ter que aumentar o ritmo de alta da taxa Selic para contornar os problemas fiscais.
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A ata da última reunião do Copom, divulgada na manhã de hoje, mostrou um tom mais duro que o comunicado da semana passada e chegou a pressionar a curva de juros.
O cenário mudou após o presidente da Câmara, Arthur Lira, convocar uma sessão para votar a PEC dos precatórios. Os juros futuros recuaram e o dólar caiu, mas a bolsa, que chegou a subir 1%, não manteve a força.
O dólar à vista recuou 1,42%, a R$ 5,5897, mas o Ibovespa sentiu o peso do desempenho negativo das empresas dos setores de mineração e siderurgia. Com isso, o principal índice da B3 fechou o dia com apenas uma leve alta de 0,06%, aos 105.616 pontos.
O mercado, no entanto, está confiante que um desfecho para a PEC dos precatórios seja encontrado ainda hoje, tirando do caminho a preocupação com o texto que libera o teto de gastos para novas despesas do governo.
A paralisação das reformas e dos processos de ajuste das contas públicas foi considerada um risco para a elevação da taxa Selic pelo BC. Esse sentimento aliado ao movimento do Fed trouxe alívio para a curva de juros.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
MENOS É MAIS
Americanas quer unificar as ações AMER3, LAME3 e LAME4 — e virar um nome de peso na bolsa. A companhia quer simplificar a estrutura e incorporar as Lojas Americanas, melhorando a governança e a liquidez.
AGORA VAI?
Ações da Oi (OIBR3 e OIBR4) disparam com recomendação da Superintendência do Cade a venda de ativos para rivais. Órgão recomenda efetivação do negócio, mas desde que Claro, TIM e Vivo adotem “remédios” para mitigar potenciais riscos concorrenciais.
ROXO OU LARANJA?
Inter aprova migração para a Nasdaq e vai competir com o Nubank pelos investidores em NY. Nubank e Inter serão listados em Nova York, mas darão acesso aos investidores brasileiros por meio de BDRs na B3; veja o que muda para o acionista do Inter com a migração.
CRYPTO NEWS
O bitcoin do Nubank ainda não é realidade — mas o banco digital já flerta com as criptomoedas em seu IPO. O Nubank pode gerar um precedente para aberturas de capital futuras que queiram usar o poder da sua comunidade a seu favor, assim como acontece no universo cripto.
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