O voo raso do dragão chinês e outros destaques do dia

A recuperação em V da economia povoa o imaginário do mercado financeiro desde os primeiros momentos da crise gerada pelo coronavírus, mas ela se mostra cada vez mais difícil de ser alcançada.
A China, primeiro foco da covid-19, foi a responsável por alimentar essa esperança. Enquanto o gigante asiático retomava as suas atividades, o resto do mundo fechava suas fronteiras. O que ninguém esperava é que a pandemia não seria superada tão facilmente.
Com uma política de “covid zero”, o governo chinês tenta impedir a todo custo que novas ondas da doença não atinjam níveis preocupantes. Mas isso tem um custo: em vez de uma recuperação em V, temos um avanço desigual dos indicadores, o que dificulta a previsão de crescimento para a economia global.
E a origem do mau humor global foram os dados do varejo chinês, que cresceu 8,5% em julho, abaixo dos 11,4% esperados. Com o resultado, o BC da China segue injetando recursos na economia, mostrando que a recuperação total ainda está longe de ser atendida.
Com uma desaceleração no gigante asiático, as empresas ligadas ao setor de commodities são impactadas pela perspectiva de queda na demanda. Um dos efeitos já pode ser sentido na queda do preço do vergalhão de aço, que atingiu a mínima em 10 anos.
A volta do Talibã ao controle do Afeganistão trouxe instabilidade ao Oriente Médio e o barril do petróleo também patinou. Depois de passar o dia no vermelho, as bolsas em Wall Street buscaram recuperação e fecharam o dia com sinais mistos, mas o Ibovespa mais uma vez foi na direção contrária.
Afinal, Brasília deve ter uma semana pesada pela frente: a reforma do Imposto de Renda deve entrar na pauta para votação amanhã; além disso, há a discussão em torno da PEC dos Precatórios. Também não dá para deixar de fora as novas ameaças do presidente Jair Bolsonaro aos ministros do STF.
Leia Também
A leve melhora em Nova York afastou o principal índice da bolsa brasileira das mínimas, mas, ainda assim, o Ibovespa fechou abaixo dos 120 mil pontos, com grande influência do setor de commodities. O recuo foi de 1,66%, a 119.180 pontos.
A cautela também refletiu no câmbio e no mercado de juros, principalmente na última hora de negociações. O dólar à vista, que passou o dia instável, encerrou a sessão com um avanço de 0,68%, a R$ 5,2807. O noticiário corporativo também segue quente:
- A Méliuz registrou uma forte queda após o seu balanço do segundo trimestre;
- A Ultrapar anunciou a venda da sua subsidiária Oxiteno e os analistas já comentaram a operação;
- A NotreDame Intermédica anunciou um investimento minoritário na startup NeuralMed;
- A Ânima Educação mostrou melhora nos seus resultados financeiros e operacionais no segundo trimestre.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do pregão e as ações com o melhor e o pior desempenho.
ENGORDANDO A CARTEIRA
Segunda prévia do novo Ibovespa inclui Duratex (DTEX3) e Petz (PETZ3)
As duas juntam-se à Alpargatas (ALPA4), Inter (BIDI4), Banco Pan (BPAN4), Méliuz (CASH3) e Rede D’Or (RDOR3) como postulantes ao índice; a versão definitiva sai em 2 de setembro.
FIM DO RALI?
Itaú BBA corta recomendação para CSN ON (CSNA3) e Usiminas PNA (USIM5)
Para o banco, a estabilização nos preços do minério e a queda na demanda por aço na China devem afetar as siderúrgicas; Gerdau PN (GGBR4) segue com indicação de compra.
A RENDA FIXA VIVE
Tesouro Direto volta a oferecer retornos acima de 10% ao ano
O título do governo prefixado com vencimento em 2031 já tem rentabilidade bruta de dois dígitos.
BAD TRIP
Ações da CVC (CVCB3) caem forte após balanço do segundo trimestre
A empresa teve prejuízo líquido de R$ 175 milhões; o resultado também abalou as ações de companhias aéreas, como Gol PN (GOLL4) e Azul PN (AZUL4).
MAIS UM GIGANTE?
Ações da Alliar (AALR3) disparam após oferta bilionária da Rede D’Or
Papéis subiram quase 20% hoje, fechando a R$ 11,32; a proposta da Rede D’Or foi de R$ 11,50, avaliando a empresa em R$ 1,36 bilhão.
MERCADOS
Sinqia (SQIA3) está barata e vale a pena: ação pode valorizar até mais de 40%. Entenda os fundamentos no material que nosso repórter Victor Aguiar preparou para você. É só clicar aqui.
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido
Onda de euforia nas bolsas: Ibovespa busca novos recordes na esteira do acordo entre EUA e China
Investidores também estão de olho no andamento da temporada de balanços e na agenda da semana
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25