Efeito Lula livre na bolsa – 2022 já começou?

No Brasil morre-se de tudo - inclusive morre-se muito de covid -, mas não se morre de tédio. Os mercados locais começaram o dia castigados pelos temores dos investidores em relação ao avanço da pandemia no país, hoje no seu pior momento.
Como se todas as incertezas em relação ao combate ao coronavírus por aqui não fossem suficientes, no meio da tarde fomos surpreendidos com a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou todas as condenações do ex-presidente Lula relacionadas à Operação Lava Jato.
Imediatamente, o Ibovespa, que já vinha tendo um dia bastante negativo em razão das incertezas quanto à pandemia, aprofundou a queda e, no pior momento do dia, chegou a cair 4,28%. No fechamento, o principal índice da B3 recuava quase 4%.
Também vimos reflexos no risco-país, nos juros e no dólar, todos apontando para cima. A moeda americana fechou a R$ 5,77.
A decisão de Fachin faz com que Lula volte a ser elegível. Isso significa que o petista poderia se candidatar à próxima eleição presidencial, em 2022.
Os investidores imediatamente precificaram o temor de que a corrida eleitoral seja antecipada em Brasília e acabe por contaminar a agenda de reformas do governo. Mais do que isso, a decisão de Fachin coloca um componente a mais de incerteza na longa lista de quem arrisca investir seu dinheiro em ativos brasileiros.
Leia Também
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Hoje não faltaram comentários nas redes sociais de que o Brasil não é para amadores, e talvez nem mesmo para profissionais. Ou de que, no Brasil, até o passado é incerto, frase cuja autoria também é incerta, mas que é frequentemente atribuída ao economista e ex-ministro Pedro Malan.
Com ou sem pandemia, reformas ou “Lula livre”, é essa insegurança jurídica e institucional que, no fim das contas, deixa o investidor pessimista, torna o mercado brasileiro tão volátil e pesa contra a nossa moeda. O mercado é ansioso, e não há nada pior para um ansioso do que não saber o que esperar do futuro.
A Jasmine Olga explica os acontecimentos de hoje e como eles afetaram os mercados nesta matéria.
IMPOSTO DE RENDA 2021
• O Seu Dinheiro lançou nesta segunda-feira, em parceria com a Empiricus, o Guia Definitivo do Imposto de Renda 2021, nosso curso completo que ensina, passo a passo, a preencher a declaração de imposto de renda. Veja como se inscrever, pagar menos IR e engordar a sua restituição.
MERCADOS
• 2021 pode ser mais um ano perdido para a maioria das empresas, mas o setor de frigoríficos deve ver um aumento da demanda por carne na China. E o Credit Suisse recomenda uma ação para aproveitar o momento.
EMPRESAS
• Em meio à valorização do petróleo no mercado internacional, a Petrobras anunciou hoje novos reajustes nos preços dos combustíveis, o sexto para a gasolina e o quinto para o diesel em 2021.
•O governo federal apresentou suas indicações para o conselho de administração da Petrobras, depois que a intervenção do presidente Jair Bolsonaro no comando da companhia fez cinco integrantes pedirem para não serem reconduzidos ao colegiado.
• Temendo ser espremida do mercado caso a Unidas e a Localiza se unam, a Movida entrou como parte interessada na solicitação do Cade para que a fusão das duas locadoras de veículos não seja aprovada.
ECONOMIA
• O ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou hoje os valores da nova rodada de auxílio emergencial, dizendo que, se for necessário mais do que os R$ 44 bilhões reservados para os pagamentos, o governo tem "protocolo para isso".
• Os economistas voltaram a revisar para cima as projeções para a inflação de 2021 e estimam que o dólar deve fechar o ano em R$ 5,15. Confira as previsões trazidas pelo Relatório Focus.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair