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Como as empresas mentem para você sobre o crescimento exponencial

A palavra “exponencial” está batida. Todo mundo se diz exponencial. O Google é exponencial, a Amazon é exponencial… então toda empresa de tecnologia é exponencial? Não. Entenda as diferenças

17 de janeiro de 2021
6:31 - atualizado às 13:12
investimento turbo alta
Imagem: Shutterstock

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre tecnologia e investimentos. 

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Durante os últimos dias, me debrucei sobre o caso de investimentos de algumas empresas de tecnologia que se dizem “exponenciais”.

Uma das empresas que eu analisei afirma ter crescido suas receitas consistentemente num ritmo de 15% ao ano, ao longo dos últimos 10 anos. 

Apesar de valer pouco mais de R$ 1 bilhão, suas receitas estão muito longe disso, o que faz dos seus múltiplos muito parecidos com o de grandes empresas de software as service ao redor do mundo. 

Porém, essa empresa não é, nem nunca será exponencial. 

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Ela convenceu o mercado com uma narrativa que simplesmente não existe. E ela não é a única.

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A seguir, eu vou te explicar como as empresas de tecnologia contam histórias muito mais bonitas do que a realidade.

Exponencial?

A palavra “exponencial” está batida. Todo mundo se diz exponencial. 

O Google é exponencial, a Amazon é exponencial… então toda empresa de tecnologia é exponencial. 

Meu Deus, não!

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Especialmente no segmento de softwares, onde temos grandes cases globais e fantásticos como Salesforce, Adobe, DataDog e muitos outros, existe uma segmentação clara entre as companhias. 

Algumas delas possuem produtos escaláveis em sua essência. Esses produtos são de fácil implementação e hospedados na nuvem. 

Não existe qualquer preparação ou parametrização para você começar a utilizar um software de gerenciamento de projetos como o Asana, o Trello e outros.

É só plugar, pagar e usar. 

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E todas as empresas de tecnologia querem que você acredite que o produto delas funciona exatamente assim. 

Mas claro, não é o caso.

Especialmente para as empresas que trabalham no mercado B2B, ou seja, vendendo para clientes corporativos, os casos de escala são apenas uma minoria. 

Pegue a implementação de um software de gestão da SAP. Por exemplo, o seu famoso carro chefe, o ERP. 

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São necessários entre 12 e 24 meses para fechar a venda de um ERP da SAP para um novo cliente. É preciso convencer do estagiário ao CFO que vale a pena todo o trabalho de implementação e substituição do atual fornecedor da companhia. 

Depois da venda, são necessários entre 6 e 18 meses para implementação do software. Geralmente, o trabalho que começa no financeiro acaba impactando a empresa inteira. 

É um negócio de excelentes margens, mas que, convenhamos, não parece exponencial no sentido genuíno da coisa.

O caso que eu estava falando

Essa empresa “exponencial” que eu mencionei no começo do texto fecha entre 4 e 5 novos clientes por ano. 

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Só isso.

Está inserida num mercado altamente penetrado e com poucas avenidas de crescimento. 

Mesmo assim, ela cresceu 15% ao ano nos últimos 10 anos. 

Como?

Comprando crescimento. 

Vamos supor que você tenha uma receita anual de R$ 100 milhões e compre uma empresa que faz R$ 15 milhões de receitas anuais. 

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Sua receita cresceu 2% esse ano, para R$ 102 milhões. 

Claro, você vai consolidar essa empresa, incorporar os números dela ao seus resultados. 

Daqui cinco anos, quando um investidor que não conhece a história da companhia  for analisar seus números superficialmente, o que ele verá? 

Que entre 2020 e 2021, a receita saiu de R$ 100 milhões para 117 milhões. 

Uau!

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Repetida isso todos anos e pronto! Você é uma empresa cujos dados financeiros dizem ser exponenciais. 

Para os influenciadores digitais que não se dão ao trabalho de gastar semanas estudando a história da empresa, seu mercado, seu negócio e recomendam investimentos com #, a conclusão é óbvia: “exponencial”.

Leia também:

Arnaldo, pode isso?

Apenas para que fique claro, não há nada de errado numa empresa de baixo crescimento crescendo via aquisições. 

Inclusive, é um dos únicos caminhos.

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Mas isso precisa estar claro para os investidores. Uma empresa como essa não oferece prospectos exponenciais e portanto, não deveria ser precificada como uma empresa exponencial. 

Em muitos casos, as companhias não fazem questão nenhuma de corrigir a percepção errada dos investidores, e ainda a fomentam.

Quando estiver pensando em investir numa empresa de tecnologia, tome bastante cuidado para não comprar um caso de “fusões e aquisições” pelo preço de um caso de crescimento exponencial. 

Contato

Espero ter te ensinado a escapar desse truque tão comum utilizado pelas empresas para dourarem a pílula das suas histórias. 

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Se você gostou dessa coluna, pode acompanhar o meu trabalho também através do Tela Azul, o podcast semanal e gratuito, sobre tecnologia e investimentos, que eu toco com meus amigos André Franco e Vinicius Bazan.

https://open.spotify.com/episode/0aijOmnSVbjBefKfKmvRiR?si=kMI0pkQjTXyToFpI8swU9w

Você pode nos ouvir no Spotify, e entrar em contato com dúvidas e ideias no e-mail telaazul@empiricus.com.br.

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