🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO

Brasília força Ibovespa a pisar no freio e bolsa quase zera ganhos após avançar mais de 2%; dólar fica estável

No exterior, as bolsas tiveram dias de ganho expressivo, com os mercados repercutindo de forma positiva a aprovação do pacote de estímulos americano e uma nova opção de vacina

Jasmine Olga
Jasmine Olga
1 de março de 2021
19:45 - atualizado às 20:27
freio
Imagem: Shutterstock

O saldo do dia poderia ter sido bem diferente se Brasília tivesse dado uma trégua e permitisse que o cenário internacional desse as cartas nesta segunda-feira (01).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Poderia”. Porque na última hora de pregão o principal índice da bolsa brasileira quase zerou os ganhos do dia com a notícia que o governo pode fazer o setor financeiro pagar a conta do aumento dos combustíveis. 

De tão frequentes, as reviravoltas no mercado financeiro com base em ruídos que surgem na capital federal quase nem surpreendem mais. Ao invés da alta de cerca de 2%  que se desenhava ao longo do dia (e que foi a norma no exterior), o Ibovespa fechou a sessão com avanço de apenas 0,27%, aos 110.334 pontos. 

Mesmo no melhor momento da bolsa, o câmbio custou a acompanhar o movimento de alívio com o mesmo fôlego, pesando mais as incertezas locais. No fim do dia, a moeda americana ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,09%, cotada a R$ 5,6006. O dólar futuro disparou e se aproximou dos R$ 5,63.

Com o cenário internacional favorável, o mercado de juros brasileiro chegou a apresentar uma alta menos acentuada no meio da tarde, mas o que prevaleceu foi a cautela. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para 2025 fechou o dia no maior patamar desde o fim de abril de 2020. Confira as taxas de fechamento:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Janeiro/2022: de 3,74% para 3,88%
  • Janeiro/2023: de 5,59% para 5,80%
  • Janeiro/2025: de 7,23% para 7,47%
  • Janeiro/2027: de 7,84% para 8,07%

Mais do mesmo (e um pouco mais)

A notícia que chacoalhou o mercado na reta final e fez com que o Ibovespa colocasse o pé no freio foi a de que o governo estuda aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro líquido (CSLL) dos bancos como uma forma de compensar a desoneração do diesel e do combustível que foi prometida aos caminhoneiros, com a alíquota subindo de 20% para 23%

Leia Também

O mercado reagiu de forma negativa ao que pode ser vista como mais uma intervenção do governo para financiar medidas populistas e jogou para o primeiro plano outras preocupações que já dificultavam o ambiente de negócios brasileiro. 

O primeiro setor afetado é o financeiro - o índice que mede o desempenho do segmento (IFNC) recuou 1,32% hoje - já que a medida deve afetar diretamente o lucro dos bancos, com queda de cerca de R$ 3 bilhões. Mas o impacto não deve se limitar somente a essas empresas. 

“Se não fosse esse cenário de incerteza, mesmo com a queda do setor financeiro hoje poderíamos ter caminhado para uma alta melhor”, afirma o analista técnico da Ativa Investimentos, Marcio Lórega, já que o setor de commodities sustentavam o Ibovespa na tarde de hoje. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas as pontas soltas em Brasília seguem soltas e de certo mesmo não temos quase nada. O que se arrasta semana após semana são as dúvidas com relação à recuperação da economia, a deterioração do cenário fiscal e o prosseguimento da agenda econômica. 

É bom lembrar que o setor financeiro tem sido um dos últimos a tentar emplacar uma recuperação pós-crise e esse novo baque pega as companhias ainda fragilizadas. As ações de Bradesco e Itaú recuaram cerca de 3% nesta tarde, enquanto  o Santander recuou 1,20%. 

As outras preocupações são velhas conhecidas. A PEC Emergencial, que está marcada para ser votada na próxima quarta-feira (3) e que é o caminho mais rápido para liberar uma nova rodada do auxílio emergencial, vem sofrendo sucessivos desgastes no meio do caminho e começa a se ventilar mais um adiamento, o que amplia as incertezas com relação ao cenário fiscal brasileiro. O texto provocou polêmica ao propor a desvinculação de gastos mínimos para saúde e educação. O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) já se declarou a favor da desvinculação total dos gastos. 

Uma nova baixa na equipe de Paulo Guedes também aumentou a tensão no mercado doméstico. Na manhã desta segunda-feira, o secretário de coordenação e governança das empresas estatais (Sest) do Ministério da Economia, Amaro Gomes, pediu para deixar o cargo. A saída ocorre em um momento pouco oportuno para a agenda liberal, já que o governo tenta a todo custo segurar o valor do combustível - que hoje sofreu um novo reajuste por parte da Petrobras

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma história diferente

Em Nova York, o dia começou com alta forte e assim seguiu até o fim do dia. A alta dos retornos dos títulos americanos, que provoca uma fuga de recursos da bolsa, segue, mas hoje teve um efeito mais limitado sobre as negociações. Eles chegaram a cair no início das negociações, mas retomaram a trajetória positiva logo em seguida e assim seguiram até o fim do dia. O T-note de 2 anos avançou 0,121%, o de 10 anos teve alta de 1,429% e o T-bond de 30 anos subiu mais de 2,210%. 

Ainda assim, as novidades com relação a aprovação de uma vacina contra o coronavírus em dose única e o otimismo com a aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão na Câmara americana falaram mais alto. O grande destaque ficou com o Nasdaq, que subiu mais de 3% hoje. O S&P 500 e o Dow Jones também tiveram um dia de forte alta, subindo respectivamente 2,38% e 1,95%.  

Nos últimos dias, o segmento de tecnologia é um dos que mais tem sofrido com a alta dos retornos dos títulos americanos - que acompanham o aumento dos juros futuros dos EUA, o que torna esse tipo de investimento muito atraente para os investidores de todo o mundo. Assim, os recursos que antes iam para ativos de maior risco, como as bolsas, passam a ir para os de menor risco.

O temor é que a aprovação dos pacotes de estímulos levem a um superaquecimento da economia americana, puxando a inflação e obrigando o Federal Reserve a alterar sua política de juros antes do esperado. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Hoje, no entanto, essa foi uma preocupação secundária no exterior e o foco foram os aspectos positivos da aprovação do pacote, ainda que tenha influenciado sobre os mercados emergentes, como o brasileiro. A pauta agora segue para o Senado e deve sofrer alterações na cláusula de aumento do salário mínimo, ponto que prejudica o apoio dos republicanos ao projeto. Segundo a proposta original, o salário mínimo sairia de US$ 7,25 por hora para US$ 15 por hora. 

O mercado também recebeu positivamente a notícia de aprovação da vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19, que permite a imunização contra a doença com apenas uma dose, diferente das outras opções disponíveis até agora. Tivemos também novidades positivas sobre a retomada da economia americana, com o índice de gerentes de compras do país (PMI) veio acima das expectativas dos analistas, subindo 60,7 em janeiro. A projeção era de uma alta de 58,9.

Refletindo esse cenário, as bolsas da Ásia também tiveram alta expressiva, ainda que o índice de atividade industrial chinês tenha caído ao menor nível dos últimos nove meses. Na Europa, o dia também foi de alta generalizada, com os investidores de olho no bom desempenho do PMI da Zona do Euro.

Sobe e desce

Durante a maior parte do dia, as operadoras de saúde Hapvida (HAPV3) e Notre Dame Intermédica (GNDI3) lideraram as altas do dia após as companhias anunciarem detalhes do acordo para a combinação dos negócios, no que deve criar a maior operadora de saúde do país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As companhias chegaram a subir mais de 10%, mas, na reta final, as ações do setor de commodities voltaram a falar mais alto, com a PetroRio assumindo a ponta da tabela e a Klabin sendo mais uma vez impulsionada pela perspectiva de alta do preço da celulose no mercado internacional.

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
PRIO3PetroRio ON         R$ 88,235,53%
HAPV3Hapvida ON         R$ 16,325,29%
KLBN11Klabin units         R$ 30,764,38%
VALE3Vale ON         R$ 98,574,28%
JBSS3JBS ON         R$ 26,833,91%

O Grupo Pão de Açúcar foi o grande destaque negativo do dia. Com a cisão do seu braço de atacado, o Assaí (ASAI3), as ações do GPA passaram por uma correção de valor. Enquanto os papéis tiveram queda de mais de 60%, a “novata” Assaí fez uma estreia estrondosa, com ganhos superiores a 360% fora fo Ibovespa.  Confira também as principais quedas do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
PCAR3GPA ONR$ 23,33-65,84%
CIEL3Cielo ONR$ 3,38-6,11%
YDUQ3Yduqs ONR$ 28,73-4,61%
HYPE3Hypera ONR$ 31,45-4,06%
SBSP3Sabesp ON R$ 35,43-3,72%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

ONDA DE REVISÕES CONTINUA

Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação

17 de novembro de 2025 - 15:53

Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?

17 de novembro de 2025 - 15:15

Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%

15 de novembro de 2025 - 16:23

Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX

ESTRATÉGIA DOS GESTORES

Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina

15 de novembro de 2025 - 15:30

Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973

14 de novembro de 2025 - 18:44

Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar