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Jasmine Olga

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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

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Ibovespa acompanha Wall Street em queda de quase 3%; dólar vai a R$ 5,51 mesmo com atuação do BC

O dia parecia de recuperação, mas nem mesmo os números recordes apresentados pela Petrobras na noite de ontem ajudaram a bolsa brasileira nesta tarde.

Jasmine Olga
Jasmine Olga
25 de fevereiro de 2021
19:01 - atualizado às 12:47
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Se ontem "celebramos" a retomada dos 115 mil pontos após o desempenho catastrófico da bolsa brasileira na esteira da intervenção política na Petrobras, hoje o Ibovespa resolveu voltar mais algumas casas. 

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Ao invés de engatar o terceiro dia de recuperação, como deu a entender os primeiros minutos de negociações da bolsa brasileira, momento em que predominaram o peso das notícias positivas, os investidores se viram presos em uma corrente de pressões negativas que só aumentaram ao longo do dia e que levou a bolsa a perder o patamar dos 112 mil pontos em seu pior momento.

Não estamos falando somente da frustração com a PEC Emergencial, que deve abrir espaço no orçamento para o pagamento de mais uma rodada do auxílio emergencial mas ficou para a semana que vem e deve ser desidratada pelo caminho, e nem na falta de convencimento que os acenos do governo à agenda liberal trazem. Hoje o empurrãozinho veio do exterior. 

Além de algumas leituras mistas sobre o estado de recuperação da maior economia do mundo, os investidores estrangeiros abraçam os sinais de que os estímulos em larga escala já liberados (e o que ainda estão por vir, como o pacote de US$ 1,9 bilhão ainda sendo negociado no Congresso americano) devem vir acompanhados de uma pressão sobre a inflação, o que pode forçar os bancos centrais a apertarem as suas políticas monetárias antes do esperado. 

Essa percepção faz com que o mercado passe a precificar uma alta dos juros. Esse movimento não é nenhuma novidade e vem ganhando força desde o fim de 2020, mas nos últimos dias tem chamado ainda mais atenção. Com uma inclinação mais elevada da curva de juros, existe uma “fuga” da bolsa. 

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Hoje, os títulos americanos bateram as máximas em mais de um ano, o que levou a um desempenho ruim dos principais índices. O Nasdaq foi o pior deles, caindo 3,52%. O S&P 500 recuou 2,45% e o Dow Jones, que ontem renovou sua máxima, teve queda de 1,75%. 

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Durante a tarde, as bolsas europeias fecharam mistas. Mas por aqui não teve muito como o investidor escapar do efeito negativo de Wall Street, com a saída de mais de R$ 9 bilhões da B3 nesta quinta-feira. No fim do dia, o Ibovespa recuou 2,95%, aos 112.256 pontos - o menor nível desde 2 de dezembro. Na mínima do dia, o índice chegou a recuar mais de 3,30%. 

A inclinação da curva de juros americana, aliada aos nossos conhecidos problemas domésticos, teve um grande impacto no câmbio e também no nosso mercado de juros. Com a fuga dos investidores de moedas emergentes, o Banco Central chegou a atuar por meio de dois leilões no câmbio, totalizando US$ 1,5 bilhão, mas teve um impacto muito limitado. A divisa fechou o dia com alta de 1,72%, a R$ 5,5140. Na máxima, a cotação encostou em R$ 5,53.

Para os investidores, é cada vez mais certo que o aumento da taxa Selic, hoje em 2% ao ano, deve acontecer já na próxima reunião do Copom, em março. Confira os valores de fechamento das principais taxas negociadas hoje:

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  • Janeiro/2022: de 3,51% para 3,63%
  • Janeiro/2023: de 5,28% para 5,45%
  • Janeiro/2025: de 6,97% para 7,14%
  • Janeiro/2027: de 7,67% para 7,80%

O peso de Wall Street 

A influência negativa do mercado internacional não pôde ser ignorada no pregão desta quinta-feira. Em Nova York, os índices fecharam em queda expressiva, repercutindo a divulgação de dados mistos da economia americana e o recente aumento dos rendimentos dos títulos americano. O Índice de Volatilidade VIX, que normalmente mede a expectativa do mercado e é conhecido como um medidor do "medo" dos investidores, chegou a disparar mais de 30%.

O tradicional número de pedidos semanais de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado, mas o índice de preços de gastos com consumo (PCE) apresentou uma alta acima das expectativas nos Estados Unidos, o que alimenta novamente a preocupação com a escalada da inflação no país, pois alia recuperação econômica com a perspectiva de novos estímulos no horizonte. A questão é que o mercado teme que, caso a situação inflacionária saia de controle, os Bancos Centrais atuem e voltem a subir as taxas de juros antes do esperado. 

O rendimento do T-note de 10 anos foi a 1,5% nesta tarde, o maior nível em um ano. Nos últimos dias, diversos dirigentes do Federal Reserve, incluindo o presidente da entidade, Jerome Powell, reforçaram que os estímulos devem se manter nos níveis atuais até que a economia de fato se recupere, e que o banco central americano não vê risco inflacionário no longo prazo, ainda que estude tolerar um nível acima do inicialmente divulgado. Mesmo assim, a alta das taxas dos títulos acompanha a recuperação. 

A economista Camila Abdelmalack, da Veedha Investimentos, explica que essa "fuga" do risco ocorre nesses momentos porque a alta nos rendimentos dos títulos públicos de longo prazo acaba deixando as ações menos atraentes. Ao mesmo tempo, essa é uma situação que entra no radar com o impulso da atividade econômica, o que, embora alimente a inflação, também beneficia as ações mais cíclicas. 

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Um aceno mais ou menos

Depois de deflagrar uma grande crise no mercado brasileiro com a indicação de um general para o comando da Petrobras, o governo segue tentando dar sinais de que a pauta liberal segue viva e de que o presidente Jair Bolsonaro está comprometido com ela. 

Depois de entregar o texto da medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras, ontem foi a vez de Bolsonaro entregar um projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios. 

Para a economista da Veedha Investimentos, esses acenos vieram para acalmar o investidor, mas ainda é difícil comprar a imagem de um governo com atuação mais pró-mercado. "Essa MP não significa uma privatização no curto ou no médio prazo. O cenário ainda exige cautela”, lembra. 

O risco de desidratação

Em meio aos acenos liberais do governo, a PEC Emergencial, que estava inicialmente prevista para ser votada hoje, e que deve destravar o pagamento de uma nova rodada de auxílio emergencial à população mais carente, patina, pressionando ainda mais a questão fiscal no país. 

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Durante a tarde, o que era rumor virou realidade. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou que a PEC só deve ser votada na próxima quarta-feira (3). A questão é que o texto entregue pelo relator do parecer, o senador Marcio Bittar, não agradou e trouxe questões polêmicas, como a retirada do piso para gastos com saúde e educação. 

O texto é o caminho mais rápido para permitir o pagamento do auxílio emergencial, e a falta de definição sobre ele, além do risco de fatiamento da proposta não agradam, já que arrastam o problema. Cresce a chance de que apenas as cláusulas de calamidade, sem contrapartidas no curto prazo para financiar as medidas, sejam aprovadas.

Em entrevista coletiva nesta tarde, Pacheco confirmou que o ponto mais polêmico do texto e que deve ser rejeitado é a retirada do piso para gastos com saúde e educação, mas que existem outros aspectos remanescentes que podem ser aprovados sem polêmicas. O senador espera que a Casa aprove a pauta em dois turnos já na quarta-feira.

E a Petro?

A Petrobras, que chegou a trazer certo alívio ao Ibovespa no começo da sessão, acabou sendo pega na maré. Os investidores começaram o dia de forma bem positiva, repercutindo o balanço do quarto trimestre, após a empresa registrar um lucro de R$ 7,1 bilhões em 2020. O lucro no último trimestre do ano foi de quase R$ 60 bilhões.

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Mas o presidente Jair Bolsonaro, que tem se esforçado para não mostrar uma faceta mais intervencionista, voltou a falar da estatal, cobrando previsibilidade na política de preços e defendendo o nome do indicado do governo para o comando da companhia, o general Joaquim Silva e Luna.

Ao longo do dia, o ainda presidente da companhia, Roberto Castello Branco, rebateu algumas críticas do presidente Bolsonaro e disse ter entregado a recuperação prometida.

Com isso, as ações da companhia passaram para o campo negativo e fecharam o dia em queda significativa. Enquanto as ações ordinárias (PETR3) recuaram 3,87%, as preferenciais (PETR4) tombaram quase 5%.

Sobe e desce

Algumas notícias corporativas chegaram a movimentar de forma positiva o Ibovespa nesta tarde, como o anúncio de uma joint venture entre a BR Distribuidora e as Lojas Americanas. No entanto, o clima negativo pesou e apenas três papéis fecharam o dia no azul. Confira:

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CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
MULT3Multiplan ON         R$ 19,960,45%
VIVT3Telefônica Brasil ON         R$ 44,520,29%
FLRY3Fleury ON         R$ 26,970,00%

Na ponta negativa da tabela, a queda mais expressiva ficou com a Weg, já que os investidores parecem ter optado por uma realização de lucros recentes após os bons resultados trimestrais apresentados pela companhia.

Outra empresa que divulgou os seus números recentemente e acabou não se dando bem foi a Ultrapar. Embora o lucro tenha vindo acima do esperado pelo mercado, outras linhas do balanço preocupam os analistas, como o Ebitda. Confira as principais quedas do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
WEGE3Weg ON         R$ 79,50-8,30%
UGPA3Ultrapar ON         R$ 19,68-7,52%
CSNA3CSN ON         R$ 34,66-6,70%
EMBR3Embraer ON         R$ 12,27-6,34%
PCAR3GPA ON         R$ 84,75-6,18%

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