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Esquenta dos mercados: bolsa deve refletir taxa de juros mais alta em dia de leitura do PIB dos EUA

Placa do Banco Central do Brasil (BC), autoridade monetária que conduz as reuniões do Copom para a decisão da Selic

Viajar de avião é uma experiência que pode causar medo, temor e até mesmo prazer em algumas pessoas. Mas não existe ninguém que fique tranquilo quando o piloto usa o rádio para dizer: “mudamos a rota”. Os motivos podem ser os mais diversos: clima, combustível ou qualquer outro fator. No caso do Banco Central brasileiro, a tempestade inflacionária mudou o “plano de voo” da autoridade monetária

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Antes da decisão, o mercado estava apreensivo, mas uma coisa era certa: o BC ia elevar a taxa básica de juros acima dos 100 pontos-base projetados. Entre um avanço de 125 pontos-base e 150 pontos-base, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu subir a Selic de 6,25% para 7,75% na reunião da última quarta-feira (27)

A decisão foi divulgada depois do fechamento do mercado, o que deve influenciar os negócios hoje. Somado a isso, o exterior segue de olho na temporada de balanços dos Estados Unidos, enquanto o investidor brasileiro terá seus próprios balanços para digerir depois do fechamento do pregão. 

Na sessão de ontem (27), o Ibovespa encerrou o pregão em leve queda de 0,05%, a 106.363 pontos. O dólar à Vista recuou de 0,33%, cotado em R$ 5,551.

Saiba tudo que mexe com a bolsa nesta quinta-feira (28):

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Para cima

As estimativas do mercado para a alta da Selic foram confirmadas no aumento mais intenso da taxa básica de juros. Os investidores atribuem esse aperto monetário a uma inflação crescente e que não deve arrefecer tão cedo. 

Entretanto, o atual momento inflacionário se deve principalmente à alta dos combustíveis, energia elétrica e dólar, que estão mais relacionadas a pautas políticas do que de demanda dos consumidores. Mesmo assim, o movimento é bem visto pelos analistas. 

O Banco Central ganhou sua independência do governo há pouco tempo e os investidores estão otimistas de que essa autonomia da instituição monetária favoreça os mercados em detrimento de pautas políticas. O crédito mais caro, por exemplo, pode controlar a inflação, mas é uma medida impopular.

IGP-M e balanços

No campo dos indicadores, a FGV divulga o IGP-M de outubro, assim como a confiança dos serviços e comércios, no mesmo horário. O Índice Geral de Preços deve avançar 0,30% neste mês, de acordo com a mediana das projeções do Broadcast, e subir 21,36% na base anual. 

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O investidor brasileiro ainda deve ficar de olho nos balanços do dia, como Ambev, Petrobras e Vale (veja a agenda mais abaixo). A PEC dos precatórios foi adiada para terça-feira da semana que vem, o que deve aliviar a tensão dos mercados até lá. 

Balanços para lá e pra cá

No exterior, os investidores devem ficar atentos à temporada de balanços, que segue a todo vapor. Os resultados das empresas foram majoritariamente positivos no último trimestre, o que tem impulsionado as bolsas de Nova York

Dessa forma, os indicadores do dia são destaque. Pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos devem dar um panorama do desemprego local e hoje será divulgado o índice de preços ao consumidor (PCE, em inglês) no 2º trimestre.

O dado mensal, utilizado pelo Federal Reserve para decidir sobre sua política monetária, será divulgado amanhã, o que deve começar a elevar a cautela dos mercados hoje. Por último, mas não menos importante, a primeira leitura do PIB do terceiro trimestre deve movimentar os negócios hoje e ajustar a projeção de crescimento do país.

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Bolsas pelo mundo

Os principais índices asiáticos seguiram o fraco desempenho de Nova York e encerraram o pregão desta quinta-feira majoritariamente em baixa. Além de Wall Street pesar, o Banco do Japão cortou a previsão de crescimento do país de 3,8% para 3,4%, o que piorou o sentimento dos investidores na região. 

Já na Europa, as bolsas abriram sem direção definida, de olho nos balanços da região, como InBev, Airbus e Shell, além dos resultados do terceiro trimestre de empresas dos Estados Unidos. 

Por fim, os futuros de Nova York se recuperam do tombo de ontem e apontam para uma abertura com ganhos. Vale lembrar que os índices operam próximos de suas  máximas históricas, o que explica os movimentos de correção.

Agenda do dia

Balanços do dia

Confira o calendário completo aqui e os balanços do dia de hoje:

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