Esquenta dos mercados: bolsas devem digerir ‘Super Quarta’ hoje, de olho no pagamento de juros da Evergrande e agenda local pesada
O tapering ficou para depois, o que é um duplo sinal para o investidor; já o BC brasileiro deve ter um impacto neutro no Ibovespa hoje
Os planos de voo do Copom e do Fomc vieram alinhados entre si e com o mercado. O tapering, a retirada de estímulos da economia americana, deve ser anunciado na próxima reunião e a Selic subiu de acordo com as projeções de especialistas — e deve subir ainda mais.
Sem maiores turbulências, no pregão da última quarta-feira (22), o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,84%, aos 112.282 pontos, enquanto o dólar comercial avançou 0,34%, a R$ 5,3041.
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Voltando ao assunto do dia, depois da “Super Quarta”, os investidores internacionais devem ajustar suas carteiras ao novo cenário e se preparar para as próximas reuniões dos BCs. Enquanto isso, saiba o que esperar desta quinta-feira (23):
Tapering ficou para depois
A taxa de juros dos Estados Unidos ficou entre 0% e 0,25%, como esperado pelo mercado. E outra notícia também animou os índices pelo mundo: a retirada de estímulos da economia, movimento conhecido como tapering, deve ser discutida na próxima reunião do Fomc, o Copom americano.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante a coletiva após a divulgação da política monetária, reforçou que os estímulos são uma ferramenta essencial para a recuperação da economia dos EUA, mas confirmou que a desaceleração das compras com conclusão na metade do ano que vem deve ser apropriada.
Dessa forma, o mercado, de maneira geral, deve aproveitar a injeção de dinheiro na economia por parte do Banco Central americano por mais tempo. Powell deixou para meados do ano que vem o prazo para o fim da compra de ativos, mas o anúncio efetivo da retirada deve ser feito na próxima reunião, em novembro deste ano.
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Por outro lado…
Os estímulos à economia seguem pressionando a inflação e a curva de juros americana, o que colocou os investidores em compasso de “otimismo cauteloso” com o tapering. A variante delta e a baixa vacinação nos EUA podem pressionar a retomada da economia e exigir ainda mais estímulos para não paralisar as atividades.
Esses dados devem ser acompanhados de perto pelos investidores e servir de base para a decisão nas próximas reuniões do Fomc.
Para esta quinta-feira, o investidor deve ficar de olho nos pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos e no índice do gerente de compras do país. O chamado PMI mede a atividade econômica: o dado acima de 50 indica expansão das atividades e, abaixo, retração.
O remédio do BC: um bom plano de voo
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em um ponto percentual, o que fez a Selic sair de 5,25% para 6,25% no ano. A entidade ainda contratou um novo aumento para outubro, também de 100 pontos base.
O BC brasileiro segue de olho na alta dos preços ao consumidor, medido pelo IPCA, que já chega a 9,68% nos últimos 12 meses. Com isso, a autoridade monetária elevou a projeção de inflação de 6,50% para 8,50% em 2021.
Para conseguir atingir a meta, a Selic deve sofrer novos aumentos. O “plano de voo” do presidente do BC, Roberto Campos Neto, é de uma constante alta na taxa básica de juros, sem “reagir a cada indicador”, como afirmou em evento do BTG.
Sem maiores indicadores para o dia, os investidores devem ficar de olho na arrecadação federal e nos desdobramentos das propostas do governo no Congresso.
Foi remarcada para hoje a votação do parecer da reforma administrativa na Comissão Especial da Câmara. Um impasse entre o governo e a oposição travou a análise do texto na Casa.
Precatórios: com acordo, mas sem texto
Os presidentes Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do Senado, e Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, afirmaram que devem reaproveitar um texto sobre precatórios que já tramita na na Câmara dos Deputados para acelerar a resolução do problema.
A ideia é aprovar a proposta em até 20 dias, mas a PEC ainda precisa ser lapidada para se adequar às necessidades da atual gestão do Planalto. Os precatórios são dívidas do governo, reconhecidas pela justiça, que devem impactar em R$ 89 bilhões o Orçamento para 2022.
Reforma do IR fora da geladeira
O espaço aberto no Orçamento deve servir para pagar o Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família, em R$ 300 na média, o que é mal visto pelo mercado em geral. O parcelamento dos precatórios é essencial para o aumento do benefício, o que não é positivo no longo prazo para quem precisa receber as dívidas do governo nem sustentar o valor do auxílio por mais tempo.
Ainda no Congresso, o Senado deve analisar a proposta de reforma do Imposto de Renda na próxima semana. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da Casa, senador Otto Alencar (PSD-BA), finalmente indicou o relator: o senador Ângelo Coronel (PSD-BA).
Bolsas pelo mundo
Após a Super Quarta e o anúncio dos próximos passos do tapering, as bolsas asiáticas encerraram o pregão majoritariamente em alta na manhã desta quinta-feira. As atenções do mundo seguem em Evergrande, que deve honrar o pagamento de juros sobre bônus, que vencem hoje.
Na Europa, o Fed também aliviou as tensões dos negócios e os índices do velho continente sobem majoritariamente. Os investidores também devem digerir os índices do gerente de compras (PMI, em inglês) da região ao longo do dia.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para um dia de ganhos, após a decisão do Fed de adiar o tapering.
Agenda do dia
- FGV: IPC-S de setembro (8h)
- Estados Unidos: Índice de atividade nacional de agosto (9h30)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio desemprego (9h30)
- CNI: Sondagem industrial da utilização da capacidade instalada em agosto (10h)
- Estados Unidos: Índice do gerente de compras (PMI, em inglês), industrial, de serviços e composto (preliminar) de setembro (10h45)
- Receita Federal: Arrecadação federal de agosto (14h)
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