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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: impasse dos precatórios deve pressionar bolsa hoje antes dos dados do varejo nos EUA

Além disso, no radar ficam o risco fiscal antes da eleição de 2022 e os dados da economia dos Estados Unidos, com destaque para os pedidos de auxílio-desemprego

Renan Sousa
Renan Sousa
16 de setembro de 2021
7:52 - atualizado às 7:55
Ministro da economia, paulo guedes
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: MARCELO CHELLO/CJPRESS/AE/

O último pregão foi o melhor exemplo da frase “ganhou, mas não levou”. Os investidores ficaram animados com os dados dos EUA e do IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, mas não o suficiente para fazer a bolsa brasileira fechar no azul. O Ibovespa fechou em queda de 0,96%, aos 115.062 pontos e o dólar à vista refletiu os dados melhores do que o esperado lá fora e recuou 0,38%, a R$ 5,2375.

No cardápio desta quinta-feira (16), temos como plano de fundo nacional a crise política e fiscal, com a PEC dos precatórios em destaque, sem falar no enrolado desenrolar da reforma do Imposto de Renda. No panorama internacional, a desaceleração da economia chinesa e os indícios de cautela antes da reunião do Fed na próxima semana também pesam nos índices. Confira o que movimenta os mercados hoje:

Impasse dos precatórios

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não perdoou alfinetadas em todos os poderes em suas falas de ontem (15). Durante entrevista à Jovem Pan, Guedes afirmou que pediu ajuda ao judiciário para tentar amenizar o rombo de R$ 89 bilhões dos precatórios, dívidas que o governo tem com a justiça. 

O chefe da pasta da economia afirmou que os precatórios são um “meteoro” de 2022 que caiu no governo. Por falar no ano que vem, Paulo Guedes ainda considerou que a reeleição é o “maior erro político que já aconteceu no País”, e disse que o mecanismo cria uma “fixação” da classe política. Sem dar maiores detalhes, o ministro ainda afirmou que há pessoas que desejam “derrubar a economia para fazer política”. 

Tudo muito bem, mas...

Guedes tem atuado como um agente político para encaminhar pautas da Economia, antes que o cessar fogo entre os poderes acabe. Os indicadores fiscais, como as contas públicas e a prévia do PIB, podem ter melhorado, mas o mercado está de olho nas pautas populistas antes da eleição de 2022. 

A própria PEC dos Precatórios, por exemplo, se for aprovada, permitirá um parcelamento das dívidas do governo, o que abre um caminho para a aprovação do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) de R$ 300. Guedes afirmou que essa é a prioridade do governo e, mesmo sem a aprovação da PEC, o benefício pode chegar a esse valor como auxílio emergencial. 

“Dentro do teto e respeitando o limite fiscal”, reitera o ministro. A PEC precisa ser aprovada até o final de outubro para modificar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).

De olho nos EUA

No radar do investidor internacional, as vendas do varejo em agosto devem guiar os mercados no pregão de hoje. Depois de cair 1,1% em julho, as projeções do mercado indicam que o número deve cair mais 0,8% em agosto. 

Além disso, o mercado de trabalho dos Estados Unidos segue no radar há pouco menos de uma semana da reunião do Federal Reserve. Além dos dados da inflação desta semana, o Banco Central americano usa os números do emprego como balizador para tomar decisões sobre sua política monetária. 

Ainda no panorama internacional, a Evergrande, empresa do setor imobiliário da China, volta ao noticiário. O ministério de Habitação e Desenvolvimento do país avisou aos bancos que emprestaram dinheiro à incorporadora que a companhia não vai pagar os juros no dia 20 de setembro.

De maneira geral, a retomada econômica é plano de fundo para as duas maiores economias do mundo. Tanto China quanto Estados Unidos estão patinando para conseguir sustentar a volta das atividades e os indicadores mais fracos do que o esperado deixam isso bem claro. 

Bolsas pelo mundo

As principais praças da Ásia encerraram o pregão desta quinta-feira em baixa, puxados pelos relatos de que Evergrande, a gigante do setor imobiliário da China, não conseguirá honrar pagamentos de juros na próxima semana. A empresa estava na mira das autoridades chinesas desde o início da semana. 

Na Europa, as bolsas buscam recuperação após uma sessão de perdas ontem. Os investidores permanecem de olho em dados locais, mas atentos à divulgação das vendas do varejo nos EUA e pedidos de auxílio-desemprego. 

Por fim, os futuros de Nova York operam estáveis agora pela manhã, de olho nos dados locais de vendas do varejo e pedidos de auxílio-desemprego.

Agenda do dia

  • FGV: IGP-10 de setembro (8h)
  • FGV: Fundação Getúlio Vargas divulga relatório Icomex de agosto (8h)
  • Estados Unidos: Vendas no varejo em agosto (9h30)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio desemprego (9h30)
  • CNC: Intenção de consumo das famílias (ICF) de setembro (10h)
  • Ministério da Economia: Secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, participa de evento da Uqbar (18h)

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