Esquenta dos mercados: relatório da inflação, taxa de desemprego e exterior positivo devem movimentar bolsa hoje
Para conseguir segurar o barco do Ibovespa, os indicadores locais e internacionais precisam ajudar — e o dragão da inflação deve mostrar as garras

Assim como um navio em alto mar, o Ibovespa conseguiu segurar a vela durante a tempestade, com fortes dados locais, e encerrar o pregão acima dos 111 mil pontos. Na última quarta-feira (29), o principal índice da B3 fechou em alta de 0,89%, aos 111.106 pontos.
O Caged gerou mais vagas do que o esperado (372 mil frente às projeções de 300 mil) e o IGP-M, índice conhecido como a “inflação do aluguel”, apresentou deflação de 0,64% (contra queda de 0,43% das projeções). O cenário global não ajudou o câmbio e o dólar fechou em alta de 0,11%, a R$ 5,4303.
O pregão desta quinta-feira (30) deve exigir força nos braços dos marinheiros, que devem enfrentar um possível “apagão” nas contas do governo americano, além de digerir diversos dados no exterior, como inflação e PIB dos Estados Unidos.
No cenário local, a inflação também é destaque, com a divulgação do Relatório Trimestral da Inflação (RTI) pelo Banco Central agora pela manhã. A coletiva do presidente do BC depois do anúncio deve ficar no radar do investidor.
Depois do Caged, o IBGE deve divulgar a PNAD Contínua, com a taxa de desemprego do último trimestre, que ainda deve permanecer acima dos 13%. Saiba o que movimenta a bolsa hoje:
Olha o gás!
Na noite da última quarta-feira (29), o conselho de administração da Petrobras aprovou a destinação de R$ 300 milhões para a criação de um programa social de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade. A estatal irá subsidiar insumos essenciais, com foco no gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha.
Leia Também
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
O programa deve valer durante 15 meses, aproximadamente até o final de 2022. A medida ocorre em meio a questionamentos sobre o preço dos combustíveis por entes da federação, como o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Dados do dia: desemprego e RTI
O investidor brasileiro deve ficar de olho em uma série de indicadores importantes nesta quinta-feira. O Banco Central deve divulgar o Relatório Trimestral da Inflação (RTI), que deve trazer a visão da autoridade monetária sobre o cenário de juros e inflação altos, bem como a trajetória das commodities e projeções das atividades.
Logo em seguida, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, participam de coletiva sobre RTI.
Ao mesmo tempo, o IBGE divulga hoje a PNAD contínua, que deve trazer a taxa de desemprego do trimestre encerrado em julho. De acordo com projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast, as expectativas variam de 13,7% a 14,35%. No trimestre anterior a julho, o desemprego ficou em 14,1%.
Economia dos EUA
A possibilidade de um calote na dívida dos Estados Unidos segue no radar do investidor internacional. Um possível “apagão” nas contas públicas deixaria milhões de beneficiários do programa social na mão, bem como cessar o pagamento de restituição de impostos e até mesmo salário de funcionários públicos.
A Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, tenta convencer o Congresso de aumentar o teto da dívida, para que esses pagamentos parem. Entretanto, a Casa Legislativa é bem dividida quanto ao tema e a aprovação da medida não deve ser simples.
Esse impasse com o teto da dívida ocorre em um momento delicado da retomada econômica dos Estados Unidos após a pior fase da pandemia de covid-19. Apesar disso, na madrugada no Brasil, o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, afirmou que há acordo para evitar o shutdown.
Nesse cenário, o maior endividamento dos EUA pressiona a curva de juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, e pode afetar o desempenho das bolsas de Nova York por tempo indeterminado.
Fique de olho: auxílio-desemprego, leitura do PIB e inflação
Nesta quinta-feira devem ser divulgados os pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos. Esse dado é importante para ajudar o Federal Reserve a decidir sobre a política de juros e início da retirada de estímulos da economia, o chamado tapering.
Ainda hoje, a terceira leitura do PIB do segundo trimestre também deve movimentar os negócios e trazer um norte mais bem definido da retomada da economia norte-americana. Por último, mas não menos importante, a inflação do trimestre, medida pelo PCE e pelo Núcleo do PCE também deve servir como prévia para o dado de amanhã, quando serão divulgados os índices de preços ao consumidor do mês e o acumulado do ano.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta quinta-feira majoritariamente em alta, após um pregão misto em Nova York. Os números da manufatura chinesa vieram em linha com o esperado, apontando para uma expansão dos negócios próxima da estabilidade.
De maneira semelhante, as bolsas da Europa seguem em busca da recuperação após as perdas do início da semana e sobem pela manhã, de olho em dados locais.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para um pregão de ganhos, de olho nos dados locais de inflação e na terceira leitura do PIB.
Agenda do dia
- Banco Central: Relatório trimestral da inflação (8h)
- IBGE: Taxa de desemprego da PNAD Contínua (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio desemprego (9h30)
- Estados Unidos: Terceira estimativa do PIB do 2º trimestre (9h30)
- Estados Unidos: Inflação do primeiro trimestre, medido pelo PCE e Núcleo do PCE (9h30)
- FGV: Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) de setembro (10h15)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretor de política econômica, Fabio Kanczuk, participam de coletiva do RTI(11h)
- Conselho Monetário Nacional: Início da reunião do CMN (15h)
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições