Bolsa deve olhar Petrobras e Eletrobras, em dia de agenda fraca e ressaca da Super Quarta
As bolsas pelo mundo ainda operam em baixa, sentindo as decisões do BC americano, em dia de noticiário fraco

Os ecos das decisões dos Bancos Centrais ainda reverberam nas bolsas pelo mundo. Os principais índices internacionais ainda não se acostumaram com o atual período de alta da inflação nos Estados Unidos. O Federal Reserve já anunciou que irá aumentar os juros até 2023, antes do esperado pelo mercado.
O presidente da instituição, Jerome Powell, assumiu que a inflação está escalando de maneira mais forte do que o esperado no país. Isso se deve à força da campanha de vacinação e retomada das atividades, mas pode levar a um “superaquecimento” da economia.
Por aqui, a decisão do Banco Central brasileiro veio de acordo com o esperado, uma alta de 0,75 pontos percentuais. Entretanto, as perspectivas para o futuro não deixam escapar que a Selic possa chegar a até 7,0% no final do ano.
Esse tom agressivo contra a alta dos preços do BC deve afastar os temores de uma velha conhecida dos brasileiros: a inflação, que vem dando as caras nos últimos meses, de acordo com dados do IBGE.
Com a agenda mais esvaziada para o pregão desta sexta-feira (18), as movimentações das empresas devem agitar os negócios, enquanto as bolsas repercutem os ecos da Super Quarta.
Fechamento de ontem
Nesse cenário, o pregão da última quinta-feira (17) foi marcado por uma queda forte do índice brasileiro. O Ibovespa encerrou o dia aos 128.057 pontos, uma queda de 0,93%. O dólar à vista também encerrou os negócios em baixa de 0,74%, a R$ 5,0225.
Leia Também
Estatais
A Petrobras protocolou nesta quinta-feira (17) o pedido de registro da oferta secundária (follow on) de 436,8 milhões de ações ON da BR Distribuidora (BRDT3). De acordo com o prospecto preliminar, a operação pode chegar ao valor total de R$ 11,542 bilhões.
Além disso, a aprovação da MP que viabiliza a privatização da Eletrobras também foi aprovada no final da tarde de ontem. Agora, a MP irá para a Câmara, para uma votação que deve ocorrer na segunda-feira (21), tendo em vista que o texto tem prazo máximo de aprovação até terça-feira (22).
A American Depositary Receipes (ADR) da Eletrobras disparou 6,48% na sessão estendida ontem da bolsa de Nova York, o que sinaliza que as ações da empresa devem avançar na B3.
Autonomia do BC
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje o julgamento da ação que questiona a autonomia do Banco Central. A contestação foi apresentada pelo PT e PSOL e pede a derrubada da legislação que concedeu autonomia para a instituição.
Entre os pontos da lei, estão os mandatos fixos para dirigentes do BC. A s legendas apontam que houve uma ação direta de inconstitucionalidade que, além de ferir Constituição, esvazia os poderes do governo federal na elaboração da política monetária do país.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão de maneira mista na manhã desta sexta-feira (18). A ressaca pós Super Quarta atingiu as bolsas da região por mais tempo do que se imaginava e, para completar, o BC do Japão manteve sua política monetária mesmo com o cenário hawkish (propenso à retirada de estímulos) do Fed.
Já as bolsas da Europa caem majoritariamente, após dados preocupantes da inflação alemã e do varejo britânico desanimarem, em meio ao cenário de mudança de tom do Federal Reserve.
Por fim, os futuros de Nova York operam de maneira mista, sem maiores indicadores econômicos pela frente.
Agenda do dia
Confira os principais destaques para esta sexta-feira (18):
- Supremo Tribunal Federal: Suprema Corte começa hoje o julgamento virtual sobre a autonomia do Banco Central
- Estados Unidos: Diretora do FMI, Kristalina Georgieva participa de evento do Instituto Brookings sobre precificação de carbono (11h)
- Estados Unidos: Poços de petróleo em operação (14h)
Com real digital do Banco Central, bancos poderão emitir criptomoeda para evitar “corrosão” de balanços, diz Campos Neto
O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, ainda afirmou que a comissão será rigorosa com crimes no setor: “ fraude não se regula, se pune”
O real digital vem aí: saiba quando os testes vão começar e quanto tempo vai durar
Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores
O ciclo de alta da Selic está perto do fim – e existe um título com o qual é difícil perder dinheiro mesmo se o juro começar a cair
Quando o juro cair, o investidor ganha porque a curva arrefeceu; se não, a inflação vai ser alta o bastante para mais do que compensar novas altas
Banco Central lança moedas em comemoração ao do bicentenário da independência; valores podem chegar a R$ 420
As moedas possuem valor de face de 2 e 5 reais, mas como são itens colecionáveis não têm equivalência com o dinheiro do dia a dia
Nubank (NUBR33) supera ‘bancões’ e tem um dos menores números de reclamações do ranking do Banco Central; C6 Bank lidera índice de queixas
O banco digital só perde para a Midway, conta digital da Riachuelo, no índice calculado pelo BC
Economia verde: União Europeia quer atingir neutralidade climática até 2050; saiba como
O BCE vai investir cerca de 30 bilhões de euros por ano; União Europeia está implementado políticas para reduzir a emissão de carbono
A escalada continua: Inflação acelera, composição da alta dos preços piora e pressiona o Banco Central a subir ainda mais os juros
O IPCA subiu 0,67% em junho na comparação com maio e 11,89% no acumulado em 12 meses, ligeiramente abaixo da mediana das projeções
Focus está de volta! Com o fim da greve dos servidores, Banco Central retoma publicações — que estavam suspensas desde abril
O Boletim Focus volta a ser publicado na próxima segunda-feira (11); as atividades do Banco Central serão retomadas a partir de amanhã
Greve do BC termina na data marcada; paralisação durou 95 dias
Os servidores do Banco Central cruzaram os braços em abril e reivindicavam reajuste salarial e reestruturação da carreira — demandas que não foram atendidas a tempo
Vai ter cartinha: Banco Central admite o óbvio e avisa que a meta de inflação para 2022 está perdida
Com uma semana de atraso, Banco Central divulgou hoje uma versão ‘enxuta’ do Relatório Trimestral da Inflação
Greve do BC já tem data pra acabar: saiba quando a segunda mais longa greve de servidores da história do Brasil chegará ao fim — e por quê
A data final da greve dos servidores do BC leva em consideração a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem previsão de acordo para a categoria
O fim da inflação está próximo? Ainda não, mas para Campos Neto o “pior momento já passou”
O presidente do BC afirmou que a política monetária do país é capaz de frear a inflação; para ele a maior parte do processo já foi feito
O Seu Dinheiro pergunta, Roberto Campos Neto responde: Banco Central está pronto para organizar o mercado de criptomoedas no Brasil
Roberto Campos Neto também falou sobre real digital, greve dos servidores do Banco Central e, claro, política monetária
O Banco Central adverte: a escalada da taxa Selic continua; confira os recados da última ata do Copom
Selic ainda vai subir mais antes de começar a cair, mas a alta do juro pelo Banco Central está próxima do pico
A renda fixa virou ‘máquina de fazer dinheiro fácil’? Enquanto Bitcoin (BTC) sangra e bolsa apanha, descubra 12 títulos para embolsar 1% ao mês sem estresse
O cenário de juros altos aumenta a tensão nos mercados de ativos de risco, mas faz a renda fixa brilhar e trazer bons retornos ao investidor
Sem avanços e no primeiro dia de Copom, servidores do BC mantêm greve
A greve já dura 74 dias, sem previsão de volta às atividades; o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve comparecer à Câmara para esclarecer o impasse nas negociações com os servidores
Precisamos sobreviver a mais uma Super Quarta: entenda por que a recessão é quase uma certeza
Não espere moleza na Super Quarta pré-feriado; o mundo deve continuar a viver a tensão de uma realidade de mais inflação e juros mais altos
Greve do BC: Vai ter reunião do Copom? A resposta é sim — mesmo com as publicações atrasadas
A reunião do Copom acontece nos dias 14 e 15 de junho e os servidores apresentaram uma contraproposta de reajuste de 13,5% nos salários
Nada feito: sem proposta de reajuste em reunião com Campos Neto, servidores do BC seguem em greve
Mais uma vez, a reunião do Copom de junho se aproxima: o encontro está marcado para os dias 14 e 15 e ainda não se sabe em que grau a paralisação pode afetar a divulgação da decisão
Inflação no Brasil e nos EUA, atividade e juros na Europa; confira a agenda completa de indicadores econômicos da semana que vem
Nesta semana, o grande destaque no Brasil fica por conta do IPCA, o índice de inflação que serve de referência para a política monetária do BC