Leilão da Cedae e dados da economia americana devem movimentar bolsa hoje
Ameaça de greve dos caminhoneiros e reforma tributária e administrativa também estão no radar
Chegou o último dia da semana, mas o descanso só começa depois das 18h. A manhã desta sexta-feira (30) promete ser agitada, não pelo número de indicadores, mas pela importância deles.
A inflação americana, chamada de PCE e núcleo do PCE (sigla em inglês para índice de preços ao consumidor) deve ser divulgada oficialmente hoje. A expectativa é de que o índice avance 0,3% na comparação mensal e acumule 1,8% de variação no ano.
Os dados preocupam os investidores porque podem fazer disparar os juros futuros do país. E a alta dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, já se provaram um bom “tira-gosto” de apetite de risco. Com a postura atual do Federal Reserve, o BC americano, a taxa de juros não deve ser alterada e o mercado deverá engolir a informação a seco.
Além disso, no Brasil serão divulgados dados do emprego da PNAD Contínua. É esperado que a taxa de desemprego fique entre 14,30% e 15,30% no trimestre encerrado em fevereiro. Ainda no Brasil, os dados do setor público consolidado não devem repetir o mesmo desempenho de março.
O investidor ainda deve ficar de olho no avanço da CPI da Covid e na convocação de ex-ministros da Saúde para coleta de depoimentos. Somado a isso, o leilão da Cedae foi remarcado para hoje, após um embate jurídico.
Confira esses e outros destaques para o dia de hoje:
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Fechamento
No pregão de ontem, o Ibovespa entrou na contramão do mundo e caiu, em um movimento de realização de lucros. O principal índice da bolsa brasileira recuou 0,82%, aos 120.065 pontos, enquanto o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,3365, uma queda de 0,47%.
Imposto no diesel
Os caminhoneiros exigem a extensão do prazo para isenção dos impostos federais PIS/Cofins. A categoria sofreu com os reajustes da Petrobras no preço do diesel e chegou a ameaçar outra greve. O pedido foi feito pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Reforma tributária
Por falar em impostos, o governo e o Congresso devem buscar um acordo sobre o fatiamento da proposta de reforma tributária. A começar pela unificação do PIS/Cofins no modelo de tributação do Imposto sobre Valor Agregado.
O texto deve ser fatiado em quatro partes para ser apreciado pela Casa. Também está no radar do governo o andamento da reforma administrativa que, de acordo com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), “entrará em votação agora em maio".
Sorriso largo
A combinação de estímulos fiscais e política acomodatícia do Federal Reserve, o BC americano, está dando otimismo para as bolsas de Nova York. A terceira proposta trilionária de Joe Biden agora está voltada para educação e cuidados com a infância. No valor de US$ 1,8 trilhão, os esforços para a retomada econômica se somam ao pacote de US$ 2,3 trilhões em infraestrutura e de US$ 1,9 trilhão em medidas de combate aos efeitos da pandemia.
De acordo com a Casa Branca, a grande maioria desse montante será paga com impostos para os mais ricos. Mas nem isso consegue tirar o otimismo das bolsas norte-americanas.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos fecharam em baixa na manhã desta sexta-feira. A decepção com os dados de manufatura chinesa e as preocupações com o avanço da covid-19 na Índia e no Japão desanimou os investidores por lá.
Já na Europa, as bolsas operam sem direção única. O foco está dividido entre divulgação de balanços e dados econômicos do continente. A Zona do Euro entrou em recessão técnica pela segunda vez no ano de 2021. O PIB do bloco encolheu 0,6%, abaixo das expectativas de recuo de 0,8% na produção. Já a inflação subiu 1,6% em abril.
Por fim, os futuros de Nova York operam em queda nesta manhã. Depois dos ganhos no pregão de ontem, Wall Street deve reagir ao balanço da Amazon, com alta de 224% no 1º trimestre, e do Twitter, que decepcionou com lucro de US$ 68 milhões.
Agenda do dia
Confira os principais indicadores e eventos para esta sexta-feira (30):
- IBGE: Taxa de desemprego de fevereiro (9h)
- Banco Central: Setor público consolidado de março (9h30)
- Estados Unidos: PCE e Núcleo do PCE, sigla para a inflação americana (9h30)
Empresas
- ExxonMobil divulga seu balanço antes da abertura do mercado
- Chevron divulga seu balanço antes da abertura do mercado
- A CVM pediu explicações à Vale sobre a fala do presidente Eduardo Bartolomeu sobre a separação da unidade de metais básicos e um possível IPO
- A Usiminas aprovou o pagamento de dividendos
- A B3 informou mudanças no alto escalão, além de um desdobramento de ações de 1 para 3
- A XP Investimentos iniciou a cobertura dos laboratórios Aliar, Fleury e Pardini com recomendação neutra
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