Bolsa deve reagir a nova ameaça de interferência na Petrobras após fala de Bolsonaro
Investidores também acompanham decisão da Câmara sobre a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL) por apologia ao AI-5 e ataques ao STF
À espera de novas doses da vacina contra o coronavírus e atento à nova crise política em Brasília, o mercado deve iniciar os negócios nesta sexta-feira com as atenções voltadas para a Petrobras.
Os investidores devem reagir à fala do presidente Jair Bolsonaro, que anunciou a redução de tributos federais sobre o diesel, por dois meses, e sobre o gás de cozinha, para sempre.
Não satisfeito, Bolsonaro voltou a despertar o risco de interferências na Petrobras, dizendo que “algo iria acontecer”, sem especificar exatamente o quê.
Para fechar o cenário interno, hoje ocorre no Congresso a sessão para julgar a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL), o que deve atrasar ainda mais o andamento de pautas econômicas na Câmara.
Bolsonaro e Petrobras
Em uma nova rodada de afirmações sobre combustíveis, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) disse que irá zerar os tributos federais que incidem no preço do diesel. A medida passa a valer em primeiro de março e terá duração de dois meses.
Bolsonaro também zerou os tributos sobre o gás de cozinha, mas em caráter permanente. "Hoje à tarde, reunido com a equipe econômica, tendo à frente o ministro Paulo Guedes, decisão nossa, a partir de 1º de março agora, não haverá mais qualquer tributo federal no gás de cozinha, ad aeternum", afirmou.
Leia Também
Sem entrar em maiores detalhes, o presidente também afirmou que “alguma coisa” irá acontecer com a Petrobras. O velho fantasma da intervenção do governo na estatal voltou a ficar aparente, o que deve ser encarado de maneira pessimista pelos investidores.
Nem a equipe econômica ou o ministro da Economia se pronunciaram sobre a fala do presidente até o momento.
Enquanto isso, na Câmara...
A Câmara decide hoje se mantém o deputado Daniel Silveira (PSL) preso por apologia ao Ato Institucional número 5, o AI-5, e ataques ao STF. Parlamentares estão receosos em manter a prisão de Silveira, pois isso abriria um precedente para que outros membros do Congresso também pudessem ser detidos, o que não é possível hoje graças à imunidade parlamentar.
Mas isso não é necessariamente o problema para o mercado. O que aperta o calo da bolsa é o atraso na aprovação do pacote de reformas. A Câmara deveria ter julgado ontem essa pauta, abrindo caminho para outros debates sobre a meta fiscal. O receio é de que o tema se arraste e atrase ainda mais temas importantes para a retomada econômica.
Vacinação
O ministério da Saúde deve revisar o plano de distribuição de doses de vacina contra o coronavírus relativas ao mês de fevereiro. O ministro Eduardo Pazuello terá de lidar com o atraso do Instituto Butantã na entrega dos imunizantes.
O Instituto afirmou, em nota, que montou uma força-tarefa para acelerar a produção e envio das doses para os estados, mas acusa o ministério de atraso para a compra de insumos e pede mais logística por parte de Pazuello. Das 11,3 milhões de vacinas que estavam previstas para chegar em fevereiro, o Butantã deverá entregar apenas 30% do total, aproximadamente 2,7 milhões.
Fechamento
A cautela do investidor e a menor liquidez do mercado é um fenômeno que acontece antes e depois dos feriados. Com o carnaval e o fim do ano novo lunar acabando na mesma semana, o mundo inteiro colocou o pé no freio e ligou o alerta de aversão ao risco.
Ao fim do dia de ontem, o Ibovespa interrompeu uma sequência de três altas e recuou 0,96%, aos 119.198 pontos. Já o dólar à vista refletiu as tensões em Brasília e ganhou força, subindo 0,48%, a R$ 5,441.
Exterior
Os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos acabaram frustrando os investidores de Wall Street na quinta-feira e acabaram reforçando a cautela, fazendo as bolsas de Nova York encerrarem o pregão de ontem no vermelho. Mas agora pela manhã os futuros de Wall Street ensaiam uma recuperação e operam em alta.
O desempenho das commodities lá fora também deve influenciar as cotações das ações brasileiras. O rali observado nas últimas semanas deu uma pausa ontem, com a visão de que a alta na demanda não ocorra de maneira tão elevada devido a dificuldade de retomada da economia global.
Agenda do dia
Para hoje, devem ser divulgados os dados da FGV/Ibre do monitor do PIB de dezembro de 2020 (sem hora definida) e está marcada a sessão de julgamento da prisão de Daniel Silveira (17h).
Após o fechamento, o EDP divulgará dados do seu balanço trimestral, enquanto IRB e JHSF fazem teleconferência sobre seus balanços divulgados ontem.
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
