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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Mercados hoje

Em dia de instabilidade na bolsa, aceno liberal do governo empolga — mas não por muito tempo

Em evento do Credit Suisse, Bolsonaro e Guedes reafirmaram o compromisso com o andamento das reformas e das privatizações, o que apaga a perspectiva negativa com a saída de Wilson Ferreira Junior da Eletrobras.

Jasmine Olga
Jasmine Olga
26 de janeiro de 2021
10:53 - atualizado às 17:25
Presidente da República, Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes, durante live nas redes sociais
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro ao lado do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, durante live nas redes sociais - Imagem: Marcos Corrêa/PR/Flickr Planalo

Depois de uma pausa para a celebração do aniversário da cidade de São Paulo, em que a B3 esteve fechada, os investidores encaram uma sessão volátil nesta terça-feira (26).

O dia começou com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a repercussão da renúncia do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior. Mas são as declarações de Guedes e Bolsonaro que deram fôlego aos investidores e novas tensões entre Estados Unidos e China que dão o ritmo dos negócios hoje.

A bolsa chegou a avançar 1,52% na máxima do dia, mas perdeu força com a piora do quadro no exterior. Por volta das 17h, o Ibovespa operava em queda de 0,71%, aos 117.395 pontos, pesando o compromisso do governo com as reformas e privatizações e a cautela externa.

Operando com os mesmos drivers, mas seguindo o caminho oposto está o dólar, que opera em queda firme de 3,44%, a R$ 5,3194, refletindo o tom mais “hawkish” da ata do Copom, com a perspectiva de uma alta dos juros no médio prazo. O fluxo de entrada de estrangeiros no país, assim como a expectativa pela manutenção do teto de gastos também influenciam o movimento.

Virando a mesa

O mercado tem grande expectativa para a privatização da Eletrobras. Mas, nos últimos tempos, os sinais são cada vez menos encorajadores. Na semana passada, o candidato do governo à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco, mostrou certa resistência em discutir a pauta.

A saída de Wilson Ferreira joga mais um balde de água fria no mercado, que também está cauteloso com o andamento das reformas. Por isso, as falas do presidente Jair Bolsonaro e de Paulo Guedes agora pela manhã trazem ânimo aos negócios.

Em evento do Credit Suisse, o presidente sinalizou que pretende acelerar leilões de concessões e privatizações, com uma aceleração do caledário. Além disso, Bolsonaro também reforçou o seu compromisso com o teto de gastos ao dizer que não irá permitir que "medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos permanentes".

Já o ministro da Economia afirmou que as reformas devem andar assim que o governo conseguir achar o seu "eixo político", acusando Maia de obstruir a votação dos projetos e com esperanças de que a eleição para o comando da Câmara e do Senado, que acontecem na semana que vem, destrave as pautas. Assim, os agentes financeiros domésticos ficam de olho nos passos dos candidatos às presidências da Câmara e do Senado. A fala do ministro também abre possibilidades de estímulos dentro do orçamento.

No entanto, Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, acredita que o mercado não está 100% comprado nas declarações de hoje e essa leitura pesa após a euforia inicial. "No fundo os investidores sabem que são palavras e que provavelmente teremos esse primeiro semestre empacado igual ao anterior, com discussões de como enfiar o auxílio emergencial no orçamento".

Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco modalmais, ressalta que a saída de Ferreira do comando da Eletrobras "impõe a leitura de que as privatizações podem demorar bastante, mesmo com a fala do ministro Paulo Guedes de que é preciso acelerar privatizações e limpar a pauta do Congresso".

Raio-x

No exterior, o dia também abriu no positivo, mas a cautela passou a falar mais alto ao longo do dia. A piora no quadro das bolsas americanas, que recuam neste momento, veio após a nova secretária do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, dizer que utilizará todas as ferramentas para proteger os EUA da interferência chinesa que comprometa a segurança nacional com a tecnologia 5G. Mais cedo, a temporada de balanços, com números que agradaram o mercado, ditava o ritmo dos negócios.

O avanço do vírus também preocupa e segue obrigando os países a adotarem medidas cada vez mais rígidas de distanciamento social, o que leva a uma necessidade de sinalização de novos estímulos.

Na Europa, as principais bolsas também sobem. Durante a madrugada, as principais praças asiáticas fecharam em queda.

Outra notícia que impacta positivamente os negócios foi a revisão para o crescimento da economia mundial feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a instituição, a expansão deve ser de 5,5%, ante os 5,2% divulgados anteriormente.

Para que a projeção se confirme, é necessário a continuidade dos programas de vacinação contra a covid-19 em todo o mundo.

De olho na Selic

Nesta terça-feira, os investidores também repercutem a ata da última reunião do Copom. Em documento divulgado agora pela manhã, alguns membros do Copom sugeriram o fim do termo "extraordinário" para designar os estímulos, sinalizando um processo de normalização.

A instituição também alertou para os possíveis impactos da segunda onda da pandemia do coronavírus na atividade econômica brasileira, com destaque para os efeitos do fim do auxílio emergencial. Com o documento em mãos, o mercado passou a antecipar a alta dos juros de junho para março de 2021.

Confira as taxas de negociação dos principais contratos do mercado de juros futuros hoje:

  • Janeiro/2022: de 3,39% para 3,44%
  • Janeiro/2023: de 5,17% para 5,09%
  • Janeiro/2025: de 6,78% para 6,63%
  • Janeiro/2027: de 7,47% para 7,32%

Sobe e desce

As ações da BR Distribuidora são o grande destaque positivo do dia, após informações de que Wilson Ferreira Junior, que acabou de renunciar à presidência da Eletrobras, deve ir para a companhia. Confira as principais altas do pregão desta terça-feira:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
BRDT3BR Distribuidora ONR$  23,37 11,82%
RADL3Raia Drogasil ONR$ 26,07 4,11%
HAPV3Hapvida ONR$ 18,05 3,86%
IGTA3Iguatemi ONR$ 33,69 3,19%
VVAR3Via Varejo ONR$ 14,64 3,17%

Com a leitura de que uma privatização é cada vez mais improvável, a Eletrobras lidera a lista de piores quedas do dia. Confira:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
ELET3Eletrobras ONR$ 27,60 -8,73%
ELET6Eletrobras PNBR$ 28,64 -6,34%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 11,09 -4,31%
GGBR4Gerdau PNR$ 24,54 -3,23%
IRBR3IRB ONR$ 6,71 -3,03%

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