Ibovespa opera em queda firme com agravamento da pandemia e tensão na Turquia
Pandemia gera instabilidade política por aqui. No exterior, tensões na Turquia azedam os negócios
A semana começa com tensão no mercado brasileiro. A situação preocupante da pandemia do coronavírus no país e as incertezas políticas na Turquia, com consequências para o mercado emergente, pesam sobre o índice local, que deixa de lado o bom humor visto em Nova York - onde as bolsas renovaram suas máximas intraday.
Ainda que a bolsa tenha aliviado a queda na última hora, o sentimento que predomina ainda é o de aversão ao risco. Por volta das 16h15, o Ibovespa operava em queda de 0,84%, aos 115.195 pontos. O dólar à vista tem alta de 0,31%, a R$ 5,5024.
Mesmo com a recente elevação na taxa de juros brasileira, o mercado segue precificando uma alta ainda maior da inflação. Além disso, o relatório Focus desta segunda-feira trouxe também uma elevação da projeção para a Selic - que passou de 4,5% ao ano para 5%. Essa leitura também se reflete no mercado de juros futuro, que opera em alta. Confira as taxas do dia:
- Janeiro/2022: de 4,60% para 4,64%
- Janeiro/2023: de 6,21% para 6,33%
- Janeiro/2025: de 7,56% para 7,80%
- Janeiro/2027: de 8,04% para 8,32%
Descontrole
A escalada de mortes em decorrência da covid-19 tem levado a uma cobrança pública de diversos setores da sociedade para o controle da situação, incluindo economistas e membros do Congresso. No domingo (21), renomados economistas assinaram uma carta aberta em que pedem medidas mais efetivas no combate à pandemia.
A falta de perspectiva para o andamento da vacinação no país e a necessidade de medidas mais enérgicas para conter o vírus por parte dos Estados respingam em Brasília, com a pressão aumentando cada vez mais sobre o Executivo. O presidente Jair Bolsonaro segue condenando as novas restrições impostas pelos governadores, ao mesmo tempo que busca destacar que tem negociado a compra de novas doses de vacinas contra a covid-19.
A situação da pandemia na Europa também pesa sobre os mercados, com uma terceira onda de contágio ganhando contornos mais firmes, em meio a uma crise com relação à vacinação no continente. O Velho Continente voltou a aplicar a vacina da AstraZeneca após a confirmação que o imunizante não causava trombose nos pacientes, mas ainda assim as bolsas do continente operam sem uma direção definida.
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Efeito dominó
A tensão com relação ao ritmo de vacinação na Europa não é a única preocupação no mercado internacional. Uma crise com origem na Turquia mina o desempenho positivo dos mercados nesta segunda-feira, principalmente nos países emergentes.
A decisão do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de trocar o presidente do BC do país pela terceira vez desde 2019, após uma alta na taxa básica de juros para 19% ao ano, visando conter o avanço da inflação, não pegou bem no mercado.
O mercado acredita que a crise desencadeada por lá pode afetar os outros mercados emergentes. A Lira turca tem uma desvalorização expressiva nesta segunda-feira e, segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o que pode mexer bastante com o Brasil, já que estamos em uma situação mais vulnerável e também acabamos de passar por um ajuste na taxa de juros.
A crise levou as bolsas asiáticas a fecharem sem uma direção única. Na Turquia, o principal índice fechou com queda superior a 9%.
Para Marcio Lórega, analista técnico da Ativa Investimentos, a atuação do presidente turco gera uma forte instabilidade política e econômica que acaba sendo gerada e causa preocupação com relação a uma mudança de postura na condução da taxa de juros. O novo presidente do BC é uma figura crítica à alta de juros, o que pode gerar problemas inflacionários e fiscais que podem contaminar o restante da Europa.
A situação foi amenizada pelo ministro de Finanças da Turquia, que afirmou que o cenário vai continuar seguindo as regras do mercado.
De olho no Fed
Nos Estados Unidos, os investidores passam mais um dia atentos aos juros e aos sinais de que a política monetária do país deve se manter inalterada.
Mais cedo, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, voltou a declarar que o banco central americano irá apoiar a recuperação da economia do país pelo tempo que for necessário. Com isso, os juros futuros, que seguem uma tendência de alta expressiva nas últimas semanas, passaram a recuar. Aproveitando o momento, bolsas americanas operam com alta significativa, puxadas principalmente pelo desempenho das ações do setor de tecnologia.
Sobe e desce
Com o cenário pessimista com relação à pandemia, as empresas do setor de consumo e turismo recuam nesta manhã. Além disso, a nova queda do minério de ferro no mercado internacional pesa sobre as mineradoras e siderúrgicas. Confira os piores desempenhos da sessão de hoje.
| CÓDIGO | NOME | R$ | VAR |
| EMBR3 | Embraer ON | 13,49 | -7,03% |
| AZUL4 | Azul PN | 39,85 | -5,10% |
| PRIO3 | PetroRio ON | 89,84 | -4,35% |
| GGBR4 | Gerdau PN | 27,49 | -4,02% |
| CSNA3 | CSN ON | 34,23 | -3,88% |
Ainda que o cenário atual preocupe, os frigoríficos e empresas do setor de construção avançam em bloco Confira também os melhores papéis do dia:
| CÓDIGO | NOME | R$ | VAR |
| PCAR3 | GPA ON | 29,48 | 4,13% |
| CYRE3 | Cyrela ON | 25,61 | 2,77% |
| BEEF3 | Minerva ON | 10,02 | 2,14% |
| MRFG3 | Marfrig ON | 16,28 | 2,01% |
| JHSF3 | JHSF ON | 7,18 | 1,99% |
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