Início da vacinação dá fôlego ao Ibovespa e bolsa tem alta firme; dólar recua
Em dia de Wall Street fechada, o mercado deve refletir uma liquidez menor. Os investidores também repercutem os dados do IBC-Br
O governo de São Paulo não perdeu tempo e iniciou a sua campanha de vacinação no domingo (17), minutos após a Anvisa liberar o uso emergencial da CoronaVac, produzida em parceria com o Instituto Butantan, e da vacina produzida pela AstraZeneca, em conjunto com a FioCruz.
Em um dia de baixa liquidez, já que Wall Street está fechada para a celebração do Dia de Martin Luther King, os investidores também não perdem tempo e já repercutem de forma positiva o início da imunização no país.
O Ibovespa começou o dia com fôlego, chegando a marcar 122.585,82 pontos, mas desacelerou durante a tarde. Segundo Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, pela manhã tivemos o vencimento de opções sobre ações, o que pode ter provocado uma correção nos ativos durante a tarde.
Por volta das 17h, o principal índice da bolsa brasileira, operava em alta de 0,97%, aos 121.518,07 pontos. O dólar fechou o dia estável, com leve alta de 0,01%, a R$ 5,3047.
Durante a manhã, no entanto, o dólar e a bolsa chegaram a operar com certa instabilidade após o presidente Bolsonaro evidenciar que existem sérios atritos entre o governo federal e o estado de São Paulo com relação à vacina. O presidente chegou a declarar que "a vacina é do Brasil" e "não é de nenhum governador".
Os juros futuros também operam em queda com o avanço da vacinação na país. Confira as taxas de fechamento de hoje:
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- Janeiro/2022: de 3,345% para 3,26%
- Janeiro/2023: de 5,035% para 4,99%
- Janeiro/2025: de 6,63% para 6,47%
- Janeiro/2027: de 7,11% para 7,10%
Dia D
O dia D enfim chegou e a população brasileira começa a ser imunizada contra a covid-19, se juntando a mais de 50 países que já possuem campanhas de vacinação em andamento.
São Paulo deu a largada, mas outros estados devem começar a imunização já nas próximas horas. Mais cedo, houve uma cerimônia de distribuição de doses que contou com a presença de governadores e do ministro da Saúde.
O mercado financeiro recebe essa notícia de braços abertos pois acredita que o início da vacinação é suficiente para o país abrir mão de novos estímulos fiscais e abafar até mesmo uma discussão sobre uma nova rodada do auxílio emergencial.
Mas nem tudo são flores. O ministério da Saúde, liderado pelo militar Eduardo Pazuello, e o governo como um todo, seguem em atrio com o governador de São paulo, João Doria.
Com as vacinas aprovadas, agora os investidores aguardam mais informações sobre o processo — como a velocidade de imunização e a logística — e monitoram as disputas políticas em torno da pauta.
Sem crise
Mesmo em um ano conturbado como 2020, a China teve um desempenho positivo da sua economia — o único entre as grandes economias. O gigante asiático cresceu 2,3% em 2020, mesmo com a crise do coronavírus, acima do que os analistas estavam projetando. Nos últimos três meses do ano a alta foi de 6,5% ante o mesmo período do ano anterior.
A China foi o primeiro país a ser afetado pelo coronavírus e conseguiu conter a situação enquanto o restante do mundo ainda aprendia como lidar com o coronavírus.
Com o bom desempenho da economia chinesa, vale a pena ficar de olho nas empresas ligadas à commodities — a Gerdau e a Vale possuem desempenho positivo, mesmo em dia de vencimento de opções, o que normalmente pressiona as blue chips. É que a China é grande compradora dessas empresas e uma recuperação econômica significa uma necessidade maior de matéria-prima.
Outro dado chinês divulgado na noite passada, mas que cresceu abaixo do esperado, foi o termômetro do Varejo. As vendas subiram 4,6% em dezembro.
Digerindo números
Logo pela manhã, os investidores digeriram os dados do IBC-Br, ‘Prévia do PIB do BC’, que mostrou sinais de desaceleração, mas veio acima do projetado pelos analistas.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou crescimento de 0,59% em novembro, na comparação com o mês anterior, quando cresceu 0,75%, dado que foi revisado para baixo.
Raio-x
Mesmo com um bom desempenho da economia chinesa, as bolsas asiáticas fecharam mistas, sem uma direção definida.
Enquanto as bolsas chinesas registraram ganhos, o restante do continente esteve mais cauteloso, refletindo a situação da pandemia do coronavírus na região.
Na Europa, a cautela com o avanço do coronavírus foi o que predominou, mas, ao fim do dia, as bolsas do velho continente fecharam majoritariamente em alta. O índice pan-eurooeu Stoxx 600 fecgou em alta de 0,20, a 408,68 pontos.
Os negócios também são afetados com o feriado nos Estados Unidos, que deixa Wall Street fechada e deve manter a liquidez do mercado baixa nesta segunda-feira (18).
Sobe e desce
Com menos nuvens pesadas no céu, os investidores aproveitam o momento para voltar a apostar naquelas ações vistas como as grandes "vencedoras" da crise. Esse é o caso da Weg, que lidera disparado a lista de maiores altas do dia. Só neste mês, a fabricante de motores já se valorizou mais de 20%.
Na semana passada, o BTG Pactual, que é o principal destaque, anunciou que fará uma oferta pública primária de ações, que pode movimentar R$ 2,353 bilhões.
Confira as maiores altas do Ibovespa nesta tarde:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| WEGE3 | Weg ON | R$ 91,41 | 6,09% |
| BPAC11 | BTG Pactual units | R$ 93,99 | 5,90% |
| NTCO3 | Natura ON | R$ 52,28 | 5,85% |
| HAPV3 | Hapvida ON | R$ 18,28 | 5,66% |
| SUZB3 | Suzano ON | R$ 64,09 | 4,81% |
Com um ambiente positivo nos negócios, poucos papéis recuam nesta tarde.
O destaque negativo fica com as ações do Carrefour. Durante o fim de semana, o Carrefour Global e a canadense Couche-Tard anunciaram o encerramento das negociações, após o governo francês se opor ao negócio. Confira também as principais quedas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| EQTL3 | Equatorial ON | R$ 22,98 | -1,63% |
| CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 19,98 | -1,53% |
| ENGI11 | Engie units | R$ 47,89 | -1,05% |
| UGPA3 | Ultrapar ON | R$ 22,52 | -0,71% |
| ENBR3 | Energias do Brasil ON | R$ 20,29 | -0,64% |
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