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Jasmine Olga

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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

Fechamento da semana

Guedes avança sobre dividendos e mercado não recebe bem a notícia; Ibovespa apaga ganhos da semana, mas dólar recua 2%

A nova etapa da reforma tributária ainda será alvo de muita discussão, mas já gerou estresse no mercado. A bolsa fechou em queda de mais de 1% e o dólar subiu.

Jasmine Olga
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25 de junho de 2021
19:13 - atualizado às 19:25
Montagem com Leão, moedas e imagem do Congresso ao fundo, simbolizando a reforma do IR e dividendos
Imagem: Shutterstock/Montagem Andrei Morais

Pelo menos por hoje, o dragão da inflação foi engolido pelo Leão da Receita Federal. A preocupação com a alta dos preços em escala global até ditou o ritmo dos mercados nas primeiras horas do dia, mas foi só a equipe econômica entrar em campo para o jogo mudar. 

Perto do aniversário de um ano do envio da primeira fase da reforma tributária ao Congresso (e que ainda se encontra em discussão), o ministro da Economia Paulo Guedes apresentou a sua proposta de alterações no imposto de renda para pessoa física, jurídica e investimentos, mexendo em um tema ‘caro’ aos investidores - a tributação de dividendos. 

A proposta aumenta o limite de isenção para aqueles que recebem até R$ 2,5 mil e passa a tributar dividendos recebidos pela pessoa física em 20% na fonte. Para compensar a mudança, o projeto também reduz a alíquota do IRPJ em cinco pontos percentuais.O mercado não gostou. 

Após a apresentação do projeto, a bolsa renovou seguidas vezes a mínima do dia, chegando a recuar mais de 2%. Nicolas Borsoi, economista da Nova Futura Investimentos, aponta que tanto o fim da isenção para proventos como também para aplicações em fundos imobiliários acaba reduzindo a atratividade desses investimentos para a pessoa física. 

No fim do dia, a pressão foi minimizada e o Ibovespa fechou a sessão em queda de 1,74%, aos 127.255 pontos. O maior “empurrão” veio principalmente do setor bancário, que tradicionalmente é um bom pagador de proventos. O desempenho do índice nesta sexta-feira apagou os ganhos da semana e fez a bolsa recuar 0,90% no período. 

Freio na descida

No dólar à vista, outro fator estressor vindo de Brasília fez com que a moeda devolvesse parte do forte recuo da semana: a CPI da covid escuta hoje o deputado Luis Miranda, que acusa o governo federal de irregularidades na compra das vacinas Covaxin. 

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Na busca por proteção e antecipando problemas para o governo Bolsonaro, os investidores se voltaram para o dólar, que fechou o dia em queda de 0,67%, a R$ 4,9377. Ainda assim, a divisa conseguiu preservar o recém-conquistado patamar dos R$ 4,90, acumulando uma queda de 2,58% na semana.

Para Alexandre Almeida, economista da CM Capital, a perspectiva de juros mais elevados no país tem sustentado o bom fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil, sustentando o alívio no câmbio. 

Leão mais voraz?

Pela manhã, o ministro da Economia Paulo Guedes entregou ao presidente da Câmara, Arthur Lira a 2ª parte da proposta tributária do governo. O texto trata de mudanças no imposto de renda para pessoa física, jurídica e investimentos. Confira aqui os principais pontos da proposta.

Segundo a Receita, a tributação de dividendos deve aumentar a arrecadação em R$ 54,9 bilhões em 2023 e R$ 58,1 bi em 2024. Já a redução da alíquota do IRPJ reduz o montante arrecado em R$ 18 bi. 

Embora a proposta tenha azedado o humor dos investidores, é bom lembrar que o assunto ainda está em fase inicial de discussão. Para Rafael Passos, sócio da Ajax Capital, ainda é preciso esperar os próximos meses para tirar uma conclusão mais assertiva. Para Passos, a reforma tributária ainda tem muito chão para andar, mas a aproximação entre Congresso e a equipe econômica é uma articulação muito positiva para o mercado.

Borsoi, da Nova Futura, aponta que essa demora e prolongamento das discussões gera mais incertezas. O caráter amplo do texto também é motivo de preocupação. “O investidor quer fugir da incerteza e essa proposta é bastante ampla, bastante conflituosa. Abre espaço para debate, então é natural que o investidor queira esperar a negociação no Congresso e se desfazer das posições”. 

Para o economista da CM Capital, o tema deve exercer apenas uma pressão de curto prazo nos negócios. Nas próximas semanas, os agentes financeiros devem voltar a focar na trajetória das taxas de juros ao redor do globo para conter a inflação. 

Pressionando para baixo

O setor financeiro, tradicionalmente um segmento com bom histórico de pagamento de dividendos, pressionou para baixo  o Ibovespa, com os principais bancos do país registrando perdas na casa dos 3%. Vale lembrar que nesta semana também tivemos a aprovação do aumento da CSLL, o que também pesou sobre os papéis nos últimos dias. 

A Petrobras também exerceu uma pressão negativa no índice hoje, mesmo com a alta do petróleo no cenário internacional —  a commodity subiu antecipando a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Rumores apontam que a entidade pode aumentar a oferta a partir de agosto. 

No caso da petroleira brasileira, o depoimento do CEO da companhia, general Joaquim Silva e Luna, gerou estresse, ainda que o comandante da estatal pouco tenha falado ao longo de três horas na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. 

No rastro do dragão

A Super Quarta foi na semana passada, mas os últimos dias continuaram sendo dominados pelo mercado de juros e o temor da futura postura dos Bancos Centrais para conter uma pressão inflacionária.

Nesta sexta-feira (25), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, veio em linha com o esperado e acelerou 0,83% em junho, acumulando uma alta de 8,13% em 12 meses. Se não fosse a tensão envolvendo o Leão, o provável é que o número fosse recebido com mais otimismo com o mercado, que vem reduzindo suas expectativas para a Selic após o tom mais ameno do BC brasileiro na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) ontem (24). 

Esse tom mais brando - que deflagrou um movimento de queda nos principais contratos de DI - veio apenas dois dias depois da divulgação da ata da última reunião do Copom. No documento, o Banco Central mostrou uma postura mais dura, que fez boa parte do mercado aumentar a aposta para a alta da Selic. 

Por isso, os últimos dias foram de ajustes. Para a CM Capital, no entanto, nada mudou, e a casa segue com uma expectativa de alta de cem pontos base na reunião de agosto. No radar está o possível reajuste dos combustíveis e da tarifa de energia elétrica, que devem pressionar os índices de inflação. Nas reuniões subsequentes, no entanto, o esperado é que o BC já observe um arrefecimento inflacionário e aposte em uma redução do ritmo de alta até chegar aos 7% ao fim de 2021

O dia começou com alívio no mercado de juros, mas a deterioração do cenário local após a divulgação da proposta de Guedes reduziu o ritmo de queda dos DIs mais curtos, com os vencimentos mais longos operando em alta. Confira as taxas de fechamento:

  • Janeiro/22: de 5,72% para 5,66%
  • Janeiro/23: de 7,22% para 7,14%
  • Janeiro/25: de 8,15% para 8,16%
  • Janeiro/27: de 8,53% para 8,58%

Tecla SAP

A preocupação com a inflação americana também segue sendo o principal motor das bolsas americanas. Hoje a atenção ficou com os dados de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), o indicador utilizado pelo Federal Reserve na análise de cenário macroeconômico.

A alta foi de 0,4% em maio ante abril, com o núcleo do PCE avançando 0,5%, ambos abaixo da expectativa dos analistas. O número que salta aos olhos é o acumulado em 12 meses, que subiu a 3,9%, bem acima da meta de 2% ao ano do Fed.

Com isso, a bolsa americana teve um dia calmo. O Dow Jones subiu 0,69% e o S&P 500 teve um novo recorde de fechamento com uma alta de 0,33%. A exceção foi o Nasdaq, com um recuo de 0,06%. 

Nos últimos dias, no entanto, essa não foi a tônica dos negócios. Preocupados com os próximos passos do Fed e ainda tentando entender os sinais mistos da economia americana, os agentes financeiros tendem a reagir exageradamente a cada novo pronunciamento de um dirigente do Fed. 

Pelos próximos meses, além do olho no BC americano, os investidores também devem ficar de olho no Senado. O acordo bipartidário para o pacote de infraestrutura do governo Biden chegou, mas o tema está longe de ser esgotado.

 O plano de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão ainda não está em sua forma final. As negociações continuam no Senado, onde pode existir resistência dos próprios democratas, que apoiam um montante maior. O valor será financiado com o reaproveitamento de fundos federais não utilizados no combate à pandemia, parcerias público-privadas e a elevação de impostos já anunciados pelo governo.  

Dias melhores

Com CPI da covid, denúncias de corrupção e projeto de tributação polêmico, Brasília já viveu dias melhores  — e nem faz tanto tempo assim. 

Na segunda-feira (21), a MP da privatização da Eletrobras finalmente teve a sua etapa final e foi mais uma vez apreciada na Câmara após as alterações feitas no Senado. Segundo o cronograma do governo, a capitalização deve ser concluída até fevereiro de 2022.

Sobe e desce

A alta das empresas ligadas ao minério de ferro foi expressiva nos últimos dias, deixando o setor no topo da tabela de melhores desempenho da semana.

De olho na recuperação econômica e a reabertura com o andamento do processo de vacinação, os papéis da CVC também se destacam.Confira:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
BRAP4Bradespar PNR$ 73,079,08%
CVCB3CVC ONR$ 27,656,96%
GGBR4Gerdau PNR$ 30,846,05%
CSNA3CSN ONR$ 43,555,19%
VALE3Vale ONR$ 112,405,06%

Confira as ações com os piores desempenhos da semana:

CÓDIGONOMEVALORVARSEM
ABEV3Ambev ONR$ 16,95-9,65%
ECOR3Ecorodovias ONR$ 11,88-7,62%
TIMS3Tim ONR$ 11,77-7,47%
MULT3Multiplan ONR$ 24,04-6,68%
CIEL3Cielo ONR$ 3,67-6,62%

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