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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO

Bolsa descola do exterior e fecha pregão pós-carnaval em alta, mas dólar também se valoriza e vai a R$ 5,41

Embora o Ibovespa tenha ido na direção contrária de seus pares internacionais, o dólar acompanhou o movimento global e subiu 0,7%

Jasmine Olga
Jasmine Olga
17 de fevereiro de 2021
19:30 - atualizado às 19:53
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A Quarta-feira de Cinzas de 2021 não lembra nem de longe a de 2020. Enquanto no ano passado o pós-carnaval foi marcado por pânico e forte "ajuste" para seguir o comportamento do exterior nos dias que a bolsa brasileira esteve fechada, hoje (17) o Ibovespa foi na contramão dos seus pares internacionais.

Depois de dois dias de folga, os negócios foram retomados às 13 horas desta quarta-feira, mas sem necessidade de grandes ajustes pois lá fora as negociações também foram mais limitadas nos últimos dias e não reservaram grandes surpresas. Ainda que questões com relação ao auxílio emergencial e nossa saúde fiscal sigam indefinidas e sem respostas, a sessão não teve grandes movimentações.

O que possibilitou que o Ibovespa tivesse um desempenho positivo foi o segmento de commodities. Destaque também para a Embraer, que subiu mais de 14% apoiado em “conversas”, sem mais detalhes, com a Lufthansa. 

Com a alta do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional, as empresas, de grande peso no índice, brilharam. Com isso, o Ibovespa reverteu a cautela inicial e encerrou o dia em alta de 0,78%, aos 120.355,79 pontos. 

No Brasil, os investidores locais também repercutiram a leitura do mercado de que a taxa Selic deve subir consideravelmente até o fim do ano. Segundo economistas ouvidos pelo Banco Central para o Relatório Focus, a taxa básica de juros deve fechar ano a 3,75%, após a escalada da inflação.

No câmbio, foram os pontos de cautela que falaram mais alto. Além das costumeiras preocupações com a questão fiscal e a situação da pandemia - com problemas na vacinação em diversos estados -, também tivemos bons dados da economia americana, o que fortaleceu a divisa frente a moedas emergentes. O dólar à vista terminou o dia em alta de 0,76%, a R$ 5,4152.

O mercado de juros futuros chegou a abrir o dia em forte alta, mas reduziu o movimento com a virada positiva dos negócios no país. Ainda assim, a percepção do risco fiscal e a cautela em escala global falaram mais forte, seguindo a mesma tendência vista na semana passada. Confira as taxas de fechamento de hoje:

  • Janeiro/2022: de 3,36% para 3,38%
  • Janeiro/2023: de 4,96% para 5,01%
  • Janeiro/2025: de 6,52% para 6,58%
  • Janeiro/2027: de 7,19% para 7,25%

Bagunçando a agenda

No cenário doméstico, a expectativa era de que a retomada do auxílio emergencial fosse uma prioridade em Brasília, com a definição das formas de financiamento e as regras para a nova rodada do estímulo, mas o dia terminou sem respostas para as perguntas do mercado. 

A decretação da prisão do deputado Daniel Silveira, do PSL, acabou “bagunçando” o calendário legislativo. Nesta tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão de prisão em flagrante do deputado, por acusações que envolvem discurso de ódio, apologia ao AI-5 e ataques aos ministros do Supremo. 

Agora, a prisão ainda precisa passar pelo crivo da Câmara dos Deputados, o que dá uma bagunçada no andamento do calendário esperado pelo mercado e deixa as definições sobre auxílio emergencial e reformas para depois. Segundo Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos, esse é um dos temas a ser observado nos próximos dias. 

O brilho delas

O motor do Ibovespa hoje foi o desempenho do setor de commodities, que se ajustou ao comportamento dos mercados internacionais nos dias em que as negociações estiveram suspensas no país. 

O segmento de maior destaque foi o de siderurgia e mineração. A Usiminas subiu mais de 5% e os papéis da CSN e da Vale avançaram quase 3%. 

Os resultados das principais concorrentes da Vale no exterior ajudaram a aumentar as expectativas pelos números da empresa brasileira.  

A BHP, maior mineradora do mundo, registrou o seu maior lucro em sete anos, enquanto a Rio Tinto teve um crescimento de 22% em seu lucro líquido, a US$ 9,77 bilhões no ano passado. 

A alta do petróleo no mercado internacional foi impulsionada por questões climáticas. Uma nevasca no estado americano do Texas prejudicou a produção da commodity nos Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, a redução deve ser de cerca de 3,5 milhões de barris por dia.

Esse cenário compensa em partes os rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode voltar a elevar a produção, com uma confiança maior na recuperação dos preços. Em meio a informações de que a Arábia Saudita deve reduzir o seu corte na produção, o ministro de Energia Abdulaziz bin Salman disse que os produtores de petróleo devem seguir cautelosos. 

Nesta terça, o petróleo WTI para março teve alta de 1,82%, a US$ 61,14. Já o Brent, utilizado como referência para a Petrobras, teve alta de 1,56%, a US$ 64,34.

As ações da PetroRio tiveram um salto superior a 9%. Já os papéis da Petrobras não chegaram a figurar entre as maiores altas do índice, mas tanto as ações ordinárias quanto as preferenciais subiram mais de 4%. 

Ofuscado pelo exterior

Lá fora, a semana também foi mais curta, com feriados na Ásia e nos Estados Unidos, o que limitou a liquidez global na segunda-feira e o tamanho do “ajuste” pelo qual o Ibovespa teria que passar após duas sessões e meia de pausa. 

Desde o início do dia, o clima nos mercados internacionais era de cautela. As bolsas asiáticas (que operaram parcialmente) fecharam em baixa, realizando parte dos lucros recentes, e as bolsas na Europa recuaram, refletindo uma preocupação com o ritmo da inflação no continente. 

Nos Estados Unidos, nem mesmo os bons números da economia americana, divulgados na parte da manhã, foram capazes de reverter o viés de queda. As vendas no varejo tiveram um desempenho acima do esperado, em uma alta de 5,3%, segundo dados do Departamento do Comércio divulgados agora pela manhã. A previsão era de alta de 1,2%.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI), um dos indicadores de inflação, subiu acima do esperado, com alta de 1,3% em janeiro, ante previsão de 0,4%. A produção industrial, medida pelo Federal Reserve, também veio acima das expectativas, com alta de 0,9%, contra previsão de 0,5%.

A expectativa dos investidores era pela ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, mas que acabou não mexendo significativamente com os negócios. O Banco Central americano acabou reforçando que deve seguir com uma política monetária acomodatícia, estimulando a economia americana e sem reduzir o seu ritmo de compra de ativos. Na visão do Fed, a economia americana demonstrou um ritmo melhor de crescimento nos últimos meses. 

O Dow Jones renovou pelo segundo dia a sua máxima histórica, ao fechar em alta de 0,29%. O restante dos índices americanos, no entanto, não conseguiu se recuperar. Ao fim do dia, o Nasdaq teve um recuo de 0,58% e o S&P 500 encerrou a sessão próximo da estabilidade, com leve baixa de 0,03%. 

Desempenho de gala

O setor de commodities brilhou, mas quem realmente se destacou nesta quarta-feira foram os papéis da Embraer, após comentários do CEO da Lufthansa, uma das maiores companhias aéreas da Europa. 

Em evento online, Carsten Spohr disse que sua companhia irá buscar uma reestruturação de frota para lidar com o impacto do coronavírus no setor aéreo. Além das gigantes Boeing e Airbus, o executivo citou que a companhia brasileira também está envolvida nas conversas. 

As ações dos frigoríficos também foram destaque, após um relatório do Citibank revisar as projeções para o setor. Confira as maiores altas do pregão de hoje:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
EMBR3Embraer ON       R$ 11,5014,09%
PRIO3PetroRio ON       R$ 87,119,45%
USIM5Usiminas PNA       R$ 15,015,78%
BEEF3Minerva ON       R$ 10,075,11%
MRFG3Marfrig ON       R$ 15,224,18%

O destaque negativo do dia ficou por conta das empresas do setor de energia e da Weg, em um movimento de antecipação pelo balanço e rotação de carteiras. Confira: 

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
ENEV3Eneva ON       R$ 69,86-3,31%
RADL3Raia Drogasil ON       R$ 25,04-3,25%
WEGE3Weg ON       R$ 83,95-3,14%
EGIE3Engie ON       R$ 44,58-2,88%
EQTL3Equatorial ON       R$ 22,95-2,59%

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