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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO

Ibovespa engata segunda alta consecutiva, mas tempo segue fechado em Brasília

O Orçamento segue empacado e a situação fiscal preocupa, mas NY e as commodities vieram para salvar o dia e fazer o Ibovespa fechar a sessão no azul

Jasmine Olga
Jasmine Olga
13 de abril de 2021
18:29 - atualizado às 20:41
chuva, arco-íris
Imagem: Shutterstock

Se você vive na cidade de São Paulo, deve saber bem o que significa olhar para o céu nublado ao acordar e não ter a mínima ideia do que esperar do clima até o fim do dia. A versão 2021 da bolsa brasileira também costuma ser assim, imprevisível. 

O dia começou no vermelho e a bolsa chegou a cair 0,65%. Mesmo com o cenário político tenso em Brasília e a preocupação com as contas públicas nas alturas, o Ibovespa conseguiu fechar o segundo dia consecutivo em alta. A inflação americana até ameaçou azedar o dia, mas o Federal Reserve mais uma vez apagou o incêndio, garantindo que o cenário de estímulos deve seguir inalterado e patrocinando um alívio do dólar em escala global. 

A recuperação veio conforme os juros dos Treasuries engataram uma queda expressiva em Nova York e o setor de commodities se firmou em alta por aqui. O Ibovespa fechou a sessão longe das máximas - com as questões domésticas impedindo voos mais altos -, mas com um avanço de 0,41%, aos 119.297 pontos, maior nível desde 18 de fevereiro. 

O recuo dos juros dos títulos do Tesouro americano favoreceu as moedas emergentes nesta tarde, mas o dólar desacelerou quase completamente a queda na reta final, recuando 0,08%, a R$ 5,7176, bem longe da mínima do dia, que foi de R$ 5,6641. Poderia ter sido melhor. 

Álvaro Azevedo, sócio da Vero Investimentos, lembra que questões como a má gestão da pandemia e das contas públicas pesam sobre as nossas perspectivas de crescimento e acabam levando a uma descorrelação maior entre o mercado brasileiro e o resto do mundo. 

Falando em andar descolado, enquanto os juros futuros americanos entraram em queda, os brasileiros seguiram subindo. A preocupação com a deterioração das contas públicas falou mais alto, principalmente na ponta mais longa da curva. Confira as taxas de fechamento do dia:

  • Janeiro/2022: de 4,72% para 4,78%
  • Janeiro/2023: de 6,55% para 6,71%
  • Janeiro/2025: de 8,25% para 8,41%
  • Janeiro/2027: de 8,93% para 9,02%

O discurso colou?

Nos últimos meses, o Federal Reserve vem reforçando de diversas formas que acredita que a pressão inflacionária gerada pela recuperação econômica deve ser passageira e insuficiente para que os estímulos monetários sejam retirados ou simplesmente diminuídos. 

Hoje o dia começou com tensão justamente por causa da inflação. A repercussão negativa da decisão de suspender a vacina da Johnson & Johnson para investigação de alguns efeitos colaterais relatados no país foi só a cereja no bolo. 

O índice de preços ao consumidor (CPI) americano apresentou um avanço de 0,6% em fevereiro, marginalmente acima da mediana das expectativas do mercado. Em um primeiro momento o número fez pressão sobre a curva de juros, mas a situação mudou de quadro após um leilão bem-sucedido realizado pelo Tesouro americano e pelos novos (velhos) sinais do Federal Reserve de que um aperto na política monetária não está nos planos.

O presidente do Fed, Jerome Powell, falou sobre o assunto no fim de semana e afirmou que a alta de juros para este ano faz parte de um cenário muito improvável. Hoje foi a vez de outros dirigentes do Fed reforçarem o recado. Além disso, a distrital de Nova York anunciou uma expansão no seu programa de compra de ativos, o que animou os investidores. 

Nos lustres do castelo

Em Brasília, os sinais também seguem os mesmos - e isso não é uma boa notícia. O Orçamento de 2021 segue sendo o principal ponto de tensão doméstica, pressionando tanto o lado político quanto o fiscal. O presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado a vetar trechos da pauta pela equipe econômica, para evitar crimes de responsabilidade. Os investidores estão no aguardo da sanção presidencial, para saber se ela deve ocorrer com ou sem veto.

Uma das saídas pode ser uma nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê um aporte de até R$ 18 bilhões em obras patrocinadas por parlamentares fora do teto de gastos, mas a ideia não agrada o mercado, já que seria uma forma de contornar o limite. 

Outro elemento que pressiona o cenário político-fiscal é a CPI da Covid. A leitura no Plenário do Senado do requerimento de criação da CPI da Covid estava prevista para esta terça-feira (13). O temor do mercado é que o assunto monopolize a atenção do Congresso e deixe de lado pautas como as reformas e privatizações. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito deve investigar ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e o colapso da saúde no estado do Amazonas no começo do ano. O temor do mercado é que o assunto monopolize a atenção do Congresso e deixe de lado pautas como as reformas e privatizações. Parlamentares ligados ao presidente tentam contornar a situação tentando adiar e incluir governadores e prefeitos na investigação. 

E mais uma vez o dia foi salvo…

… graças às commodities, as meninas superpoderosas da bolsa brasileira. O bom desempenho das empresas do setor, principalmente as empresas do setor siderúrgico, que vivem um bom momento, puxaram o Ibovespa para cima. 

Mas o dia também foi de alta para o petróleo, que avançou com uma melhora na projeção de demanda feita pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Por tabela, as ações de Petrobras e PetroRio fecharam em alta.

VÍDEO: Estamos em um novo ciclo de alta de commodities?

Em termos absolutos, as grandes estrelas do dia foram as varejistas, após o país apresentar crescimento do volume de vendas em fevereiro. O dado foi animador, afinal, o país vive um recrudescimento das medidas de isolamento social e o pagamento do auxílio-emergencial só foi retomado na última semana. 

As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) também merecem destaque, após o controlador da empresa, o grupo francês Casino, anunciar que estuda realizar uma oferta de ações da empresa de e-commerce na qual o Pão de Açúcar tem participação. Na visão dos analistas, o movimento deve destravar valor das ações do GPA. Veja os detalhes nesta matéria do Ivan Ryngelblum.

Já a alta das ações da Cogna ocorre logo após a companhia anunciar mudanças em sua gestão. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
LAME4Lojas Americanas PNR$ 24,079,31%
BTOW3B2W ONR$ 68,988,97%
COGN3Cogna ONR$ 4,335,87%
PCAR3GPA ONR$ 39,115,70%
YDUQ3Yduqs ONR$ 32,674,38%

O recuo dos papéis da Eneva se deve a venda de um bloco de 27 milhões de ações feita pelo BTG Pactual, o equivalente a 10% da posição do banco na companhia. Confira os piores desempenhos do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
ENEV3Eneva ONR$ 16,78-7,09%
MRVE3MRV ONR$ 17,99-2,76%
CIEL3Cielo ONR$ 3,75-2,09%
MRFG3Marfrig ONR$ 17,86-2,08%
ECOR3Ecorodovias ONR$ 11,47-1,97%

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