Petrobras e Vale pesam sobre Ibovespa após balanços e bolsa se firma em queda; dólar sobe
O balanço da Petrobras agradou, mas os comentários do presidente Jair Bolsonaro não – e isso pesa sobre o Ibovespa

Se nos últimos dias a temporada de balanços ajudou os negócios a pender para o lado positivo, hoje a situação se inverte e o Ibovespa começa o dia com dificuldade para se firmar no campo positivo.
Ontem, após o fechamento do mercado, tanto Vale quanto Petrobras divulgaram os seus resultados do terceiro trimestre. A mineradora lucrou menos que o esperado e ainda encara uma nova queda do minério de ferro, já a estatal passa pelo ‘efeito Bolsonaro’.
Após ter ventilado a possibilidade de que a petroleira fosse privatizada, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a companhia, dizendo que a companhia deveria lucrar menos, o que foi visto como uma nova ameaça à política de preços da estatal.
Com as empresas com maior peso do Ibovespa no vermelho, o principal índice da bolsa opera instável. Por volta das 14h30, o recuo era de 0,64%, aos 104.971. Ainda pressionado pelas questões fiscais sem solução, o dólar à vista sobe 0,50%, a R$ 5,6430.
Os balanços do dia
Entre as maiores quedas do dia temos Petrobras, Vale, Usiminas e Alpargatas, empresas que apresentaram os seus balanços de ontem para hoje.
Enquanto Vale e Usiminas repercutem números que vieram abaixo do esperado pelo mercado e a queda de quase 5% do minério de ferro, a Petrobras segue repercutindo as disputas políticas em torno da empresa, mesmo com um lucro acima das expectativas. Mais cedo os governadores aceitaram congelar o ICMS dos combustíveis para tentar reduzir a elevação dos preços por algum tempo.
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Já a Alpargatas recua mesmo após ter apresentado um lucro 30 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Mas tem também aqueles balanços que empolgaram, como o caso da Marfrig. Por tabela, as empresas do setor de proteína animal apresentam alta firme, na expectativa de bons números nos próximos dias.
Os fantasmas no armário
Embora os balanços corporativos tenham grande influência no dia de hoje, as questões políticas e fiscais que reinaram nos últimos dias seguem de pano de fundo e encaminham o Ibovespa para um encerramento de mês no vermelho.
O desfecho para a PEC dos precatórios, que deve abrir espaço no orçamento para os novos gastos do governo, ficou para a semana que vem. Além disso, ainda existe impasse para a aprovação da reforma do imposto de renda no Senado. Todos esses fatores seguem estressando a curva de juros, mas hoje o dia é de alívio marginal, devolvendo parte do exagero dos últimos dias. Confira as taxas do dia:
- Janeiro de 2022: de 8,46% para 8,37%
- Janeiro de 2023: de 12,48% para 12,22%
- Janeiro de 2025: de 12,73% para 12,29%
- Janeiro de 2027: de 12,66% para 12,30%
Sobe e desce do Ibovespa
Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
JBSS3 | JBS ON | R$ 39,30 | 4,86% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 26,31 | 4,57% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 23,69 | 4,13% |
FLRY3 | Fleury ON | R$ 19,05 | 3,87% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 9,44 | 3,85% |
Confira também as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
GETT11 | Getnet units | R$ 4,37 | -6,02% |
ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 40,75 | -5,65% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 13,64 | -4,82% |
DXCO3 | Dexco ON | R$ 15,46 | -4,03% |
CASH3 | Meliuz ON | R$ 3,44 | -3,64% |
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