Solução para precatórios anima a bolsa brasileira, juros aliviam e Ibovespa sobe mais de 1%; dólar recua a R$ 5,28
A incerteza em torno dos problemas financeiros da gigante chinesa Evergrande persistem, mas as bolsas globais buscam recuperação após as perdas da véspera. Ibovespa

Apesar das incertezas em torno da insolvência da incorporadora chinesa Evergrande ainda assombrarem os mercados globais, os investidores se permitem um dia de mais otimismo após uma segunda-feira sangrenta.
Com a proximidade das decisões de política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que serão divulgadas amanhã, os investidores já começam a voltar os seus olhares para as reuniões do Copom e do Fomc. As bolsas americanas reagem com volatilidade, alternando entre perdas e ganhos.
O Ibovespa, no entanto, mostra mais fôlego que Wall Street, principalmente após os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciarem um acordo para encaminhar a pauta dos precatórios. A proposta orquestrada pelos Poderes tem como objetivo respeitar o teto de gastos, com o saldo restante de R$ 50 bi sendo transferido para o ano seguinte.
Lira e Pacheco também falaram sobre a importância de garantir que o Auxílio Brasil, novo programa social do governo, entre em vigor ainda em 2021 para auxiliar as famílias carentes. O total destinado ao aumento do Bolsa Família virá da arrecadação com a elevação do Imposto sobre Transações Financeiras (IOF).
Com uma possível solução para uma das maiores dores de cabeça da saúde fiscal brasileira, a bolsa brasileira aproveitou para subir com mais força do que Wall Street. Por volta das 15h30, o principal índice da B3 subia 1,36%, aos 110.321 pontos. O dólar à vista recua 0,82%, a R$ 5,2878.
A solução encontrada para a dívida federal bilionária agrada também o mercado de juros, que opera em queda na véspera do Copom. Confira:
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- Janeiro de 2022: de 7,08% para 7,09%.
- Janeiro de 2023: de 9,00% para 8,90%
- Janeiro de 2025: de 10,14% para 9,96%
- Janeiro de 2027: de 10,55% para 10,37%
Sem forças para seguir
Após dias de fortes perdas e uma desvalorização de mais de 60% em três meses, o minério de ferro fechou praticamente estável, em leve alta de 0,05%, mas ainda abaixo dos US$ 100 a tonelada.
A Vale e as siderúrgicas até ensaiaram uma recuperação no início do pregão, mas não conseguiram segurar o movimento e agora operam entre as maiores quedas do dia.
Fica em segundo plano também o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU. O presidente usou o seu tempo para defender o seu governo e responder a críticas envolvendo o controle da pandemia e desmatamento.
Sobe e desce do Ibovespa
As ações da Méliuz, companhia que tem exibido forte volatilidade desde o desdobramento dos seus papéis, voltaram a ter forte alta nesta terça-feira. Outro destaque é a Via, que repercute bons números do seu marketplace. Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CASH3 | Meliuz ON | R$ 7,25 | 8,37% |
VIIA3 | Via ON | R$ 8,57 | 8,62% |
COGN3 | Cogna ON | R$ 3,01 | 4,88% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 21,60 | 4,85% |
YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 25,19 | 4,44% |
Na ponta contrária, as siderúrgicas afundam novamente, mesmo com a estabilidade do minério de ferro. Confira as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
GGBR4 | Gerdau PN | R$ 23,79 | -2,38% |
CSNA3 | CSN ON | R$ 28,28 | -2,08% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 11,06 | -1,69% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 13,49 | -1,68% |
IRBR3 | IRB ON | R$ 4,81 | -1,43% |
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