Ibovespa cai abaixo dos 115 mil pontos com exterior misto e ruídos políticos; dólar opera em queda
O Ibovespa volta a se preocupar com ruídos políticos e acompanha o clima tenso observado no exterior

O dia começou positivo para a bolsa brasileira, mas o bom humor dos investidores não se sustentou nesta quarta-feira (15), já que os temores com o crescimento das principais economias do mundo parece cada vez mais real.
O IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, avançou 0,6%, acima do esperado pelo mercado, e deu algum ânimo ao Ibovespa no início das negociações, mas os Estados Unidos e a China dão sinais mistos sobre o estado de suas economias e essa preocupação pode se refletir também nas decisões de política monetária dos países.
O cenário político também volta a gerar incômodo. Com a pauta dos precaórios aida precisando de uma definição, os ministros Luiz Fux e Paulo Guedes voltaram a alfinetar um ao outro, trazendo preocupação para a preservação da trégua entre os Poderes.
Com Nova York conseguindo reverter o mau humor do início do dia, apoiado nas empresas de energia, a bolsa brasileira também se afastou das mínimas. Por volta das 16h, o principal índice da B3 operava em queda de 0,97%, aos 115.051 pontos. Já o dólar à vista opera em leve queda de 0,21%, após dados de atividade industrial dos Estados Unidos, cotado a R$ 5,2460.
O índice de atividade industrial Empire State veio praticamente o dobro do esperado pelo mercado, a 34,3 em setembro, frente às expectativas de aumento de 17,5. Outro dado importante do dia foi o de produção industrial dos EUA. O indicador subiu 0,4% em agosto ante julho, levemente abaixo das previsões de 0,5%. Depois de passar os primeiros minutos no vermelho, as bolsas em Wall Street se firmaram em recuperação e apresentam ganhos de quase 1%.
O mercado de juros, no entanto, interrompe a sequência de quedas e opera em alta nesta tarde:
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- Janeiro/22: de 7,01% para 7,03%
- Janeiro/23: de 8,86% para 8,97%
- Janeiro/25: de 10,04% para 10,14%
- Janeiro/27: de 10,47% para 10,56%
Desacelerando
Os dados da economia chinesa devem pesar no Ibovespa hoje. As vendas no varejo e a produção industrial do gigante asiático vieram mais fracos do que o esperado pelos analistas. Além disso, a pressão em cima do minério de ferro, que tem derrubado os preços da commodity no porto de Qingdao também deve afetar a Vale (VALE3) e outras siderúrgicas da bolsa.
Hoje, o minério de ferro fechou em queda de 4,13%, cotado a US$ 116,65 a tonelada. A demanda pela matéria prima pode estar comprometida pela retomada mais fraca das atividades de grandes potências como EUA e China.
Sobe e desce do Ibovespa
Em contrapartida, o petróleo Brent, utilizado como padrão pela Petrobras (PETR3 e PETR4), segue em trajetória de alta. Por volta das 10h, os futuros do Brent subiam 1,81%, a US$ 74,93 o barril. O movimento permite que as ações da Petrobras se recuperem da queda de mais de 1% registrada ontem.
O principal destaque do dia, no entanto, fica com as ações da Bradespar. A companhia fez uma oferta de redução de capital aos seus acionistas, com a entrega de ações da Vale. Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BRAP4 | Bradespar PN | R$ 65,15 | 7,44% |
PRIO3 | PetroRio ON | R$ 20,59 | 4,89% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 20,14 | 4,46% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 27,17 | 1,84% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 26,35 | 1,82% |
Depois de subir mais de 25% nos últimos dois pregões, as ações da Méliuz apresentam forte correção. Confira também as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CASH3 | Meliuz ON | R$ 7,18 | -6,75% |
BIDI11 | Banco Inter unit | R$ 65,28 | -3,23% |
BIDI4 | Banco Inter PN | R$ 21,41 | -2,86% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 24,62 | -2,76% |
BPAC11 | BTG Pactual units | R$ 26,93 | -2,53% |
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